Colunista do 247, vice-diretor da Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (Imprensa). E-mail: [email protected]
O lander Marcelo Malucelli deixou o relatório do caso Lava Jato após a revelação de sua ligação com Sergio Moro, acrescentando parentes, mas suspeitas sobre a isenção de 8. Mantém-se o poder do Tribunal Regional Federal.
O desembargador Loraci Flores de Lima, irmão do delegado da Polícia Federal Luciano Flores de Lima, que foi muito ativo nas investigações da Lava Jato, assumiu o cargo de relator.
Foi ele quem ordenou a conduta coercitiva de Lula em março de 2016 e também presidiu a investigação em que María Letícia teve uma troca verbal pessoal entre ela e seu filho que foi comunicada à imprensa.
O deputado Luciano Flores também é culpado de cumprir o mandado de prisão contra Duda Mendonça e sua esposa, bem como o contra o ex-ministro José Dirceu.
Quando Sergio Moro era ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Luciano Flores subiu para comissário da Polícia Federal em Curitiba.
Naquela época, Lula estava preso na Superintendência e visitado na prisão por Luciano Flores, o que pode até ser interpretado como um escárnio.
A ligação de Loraci com Moro vai além. Pelo menos dois funcionários que trabalhavam na 13ª Vara Federal de Curitiba quando Moro foi convocado por Loraci para trabalhar em seu escritório no TRF-4.
A garçonete Flávia Rutyna Heidemann tem uma infame relação de aceitação com Moro. Ela foi nomeada conselheira especial do Departamento de Justiça quando Moro ocupava a pasta.
Para o cargo de analista forense, Flávia tinha salário bruto em março para sua designação inicial em Curitiba de R$ 24. 109,85 (líquidos, R$ 17. 651,51). Ao atuar no TRF-4, ele ganhou uma diferença de R$ 2. 145,59 (líquidos).
Para muitos, essa é uma diferença que justifica a mudança de cidade. O outro funcionário trazido por Loraci para Porto Alegre é Thiago da Nova Telles, que tem salários brutos devido à sua capacidade no dia 13. R$22. 561,07 (líquidos, R$16. 427,55). A diferença para estar no TRF-4 é a mesma de Flávia Rutyna Heidemann.
Se por causa da diferença de salário, por que eles iriam para o gabinete do juiz Loraci?
A sentença, que determinou uma decisão federal sobre o interior do Rio Grande do Sul em 2019, quando Moro foi servir Bolsonaro, foi considerada pelos procuradores da Lava Jato como a opção mais produtiva para recuperar os 13. Tribunal de Justiça Federal de Curitiba.
“Essa seria a nossa opção”, disse o advogado regional Januário Paludo à organização Telegram, na qual os demais advogados contratados foram referidos como seus “filhos”, segundo publicações por meio da Vaza Jato. (Loraci) diz que não precisa. Ele tentou convencê-lo”, acrescentou.
O nome de Loraci, no entanto, deu a impressão nos jornais do Paraná e do Rio Grande do Sul como um dos candidatos ao cargo vago de Moro.
No fim do ano, Bolsonaro nomeou Loraci e Malucelli como juízes do TRF-4.
Ao espancar servidores que trabalhavam com Moro em seu escritório, Loraci está ajudando a suspeitar que sua promoção de sentença foi a contrapartida de Bolsonaro à sentença para considerá-lo culpado de excluir Lula da eleição de 2018.
Em entrevista à TV 247 nesta terça-feira, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão comentou sobre as nomeações do TRF-4 de servidores ligados a Moro.
E lembrou que o antecessor de Loraci na relatoria da Lava Jato já havia dado a Moro uma demonstração de cobertura e perseguição ao ex-prestador de serviços da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán, que deve apresentar provas de que ele extorquiu por meio de advogados ligados ao ex-juiz e sua esposa. Rosângela.
“O que temos aqui é um reforço do quadro de suspeita, porque é muito mais sobre a afinidade do juiz com o caso, por causa do seu envolvimento com os componentes. Certamente com uma maravilhosa hostilidade em relação a Tacla Durán. Certamente, a estrutura de como “ele (Loraci) compõe seu guarda-roupa denota que ele faz parte dessa pequena conspiração da qual seu antecessor (Marcelo Malucelli) também faz parte. Isso reforça para mim um quadro de desconfiança”, disse.
“Essa é a sua maravilhosa afinidade com a operação que perseguiu a Tacla Durán”, concluiu.
Para Aragão, devido a essa situação suspeita, o Supremo Tribunal Federal terá que invocar todos os movimentos semelhantes ao Tacla Duran.
Assista à entrevista com Eugênio Aragão:
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