Na próxima semana começa um estudo (investigação epidemiológica) sobre os pontos de ameaça e o número de populações de abelhas (Apis mellifera) portadoras do ácaro Varroa destructor (causa da varroose) nas colmeias do Rio Grande do Sul. O estudo, que deve durar até o final de maio, prevê escalar 375 imóveis, localizados em 97 municípios.
As amostras serão compostas por duzentas abelhas extraídas da colmeia, que serão analisadas no Centro Nacional de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal (CEPVDF) Desidério Finamor. Durante as visitas, os técnicos são treinados para também realizar a vigilância ativa da pequena colmeia. besouro (Aethina tumida).
De acordo com Gustavo Diehl, coordenador do programa nacional de aptidão apícola do Seapi, um dos principais motivos para a realização do estudo é a falta de estudos sobre o tema, no entanto, o ácaro pode causar danos significativos à apicultura. “Nos países onde piorou, os apicultores não podem mais produzir sem o uso de produtos químicos. Se chegássemos a esse ponto, seria muito destrutivo, porque uma das razões pelas quais o mel brasileiro é mais valorizado é que eles não querem usar produtos químicos para combater doenças, diz Gustavo.
O exame é uma iniciativa da SEAPI de vigilância e advocacia em aptidão animal e estudos e diagnósticos agrícolas por meio de seu Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal. A iniciativa conta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o instrutor de apicultura da UFRGS (aposentado) Aroni Sattler.
*Supervisão de Nereida Vergara