YouTube diz que PL 2630 ameaça liberdade de expressão e criadores no Brasil

247 – O YouTube, plataforma de vídeo e transmissão ao vivo do Google, votou nesta terça-feira (25) o Projeto de Lei 2630/20, que trata do combate às fake news. A plataforma alertou que o projeto, divulgado por meio do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), pode “ter enormes implicações para toda a internet, agregando criadores de conteúdo do YouTube”.

Leia a plataforma na íntegra:

No final desta semana, uma nova edição do Projeto de Lei 2630/20, também conhecido como “Lei de Notícias Falsas”, pode ser aprovada e ter enormes implicações para toda a internet, adicionando criadores de conteúdo do YouTube.

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Enquanto legislamos para lidar com situações exigentes existentes, como a desinformação, o discurso de ódio, os ataques à democracia ou o extremismo na Internet, estamos envolvidos no facto de um processo legislativo apressado significar que todas as partes, incluindo os criadores de conteúdos, não tiveram tempo suficiente para expressar a sua opinião. Preocupações. .

Ao contrário do texto discutido no ano passado, a edição que recentemente circulou informalmente inclui aspectos ambíguos, que não foram amplamente debatidos, e que teriam sérias consequências acidentais. Entre eles, alguns criadores de conteúdo estariam isentos de obedecer às nossas regras sobre desinformação ou até mesmo dar autoridade máxima do governo sobre o que pode e o que não pode estar no YouTube. A aprovação deste projeto de lei através de um procedimento acelerado tornará muito mais complicado para problemas como esses e evitará um resultado desastroso.

Hoje, compartilhamos com a rede de autores do YouTube nossas 3 considerações mais sensatas sobre o PL 2630/20 para que você possa ver como esses ajustes terão um efeito em seus negócios:

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1. La PL pode criar exceções para a aplicação de nossas políticas, desigualdades entre criadores.

Desde a criação do YouTube, um dos nossos princípios fundamentais tem sido que as nossas políticas sobre o que pode e o que não pode ser partilhado no YouTube aplicam-se a todos, desde as pessoas mais difíceis do mundo até ao remetente pela primeira vez. Este projeto de lei busca substituir isso, através da concessão de isenções a contas consideradas “de interesse público”, o que seria imune às nossas regras de moderação. As regras do YouTube, sejam elas relacionadas a discurso de ódio, desinformação ou qualquer outra coisa, merecem ser aplicadas a todos, adicionando contas conectadas a entidades públicas ou funcionários do governo.

2. O governo teria poderes para as facetas indispensáveis da plataforma sem um conjunto transparente de regras.

O PL 2630/20 dá ao governo a força para reivindicar um “protocolo de segurança” de emergência que permitiria ao YouTube ter a força de delinear tudo, desde a remoção de conteúdo até como o produto funciona para os espectadores. O PL não especifica em que casos esse protocolo pode causar, nem estabelece limites, o que significa que os criadores podem descartar seu conteúdo sem qualquer explicação ou opção de recurso.

Na ausência de limites transparentes sobre o que o governo pode controlar, essa disposição também pode ser abusada sem problemas, o que significa que o conteúdo válido também pode ser removido sem muita explicação. Além disso, “protocolos de segurança”, as plataformas possivelmente seriam culpadas de conteúdo postado através de outras pessoas em seus sites. Na prática, isso significa que, para evitar penalidades legais, instalações como o YouTube serão incentivadas a remover agressivamente o conteúdo por medo de serem responsabilizadas. Nesse cenário, a liberdade de expressão perde: milhões de criadores de conteúdo no Brasil, que vêm ao YouTube todos os dias para expressar suas ideias e participar de debates importantes, provavelmente terão suas avaliações removidas da plataforma.

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3. O YouTube possivelmente seria forçado a remover grandes quantidades de conteúdo válido a serem atingidos por ações judiciais.

O PL 2630/20 ainda exige que o YouTube tome “medidas preventivas” contra conteúdo ilegal, sem oferecer uma definição transparente do que isso significa. Na prática, novamente, o YouTube estaria na posição de ter que remover conteúdo válido para evitar ser tributado. através de ensaios que seguem o procedimento que temos ultimamente.

Para você ter uma ideia, já estamos removendo conteúdo que viola as diretrizes da comunidade do YouTube em grande escala. Só no Brasil, em 2022, o YouTube removeu mais de um milhão de vídeos que violavam nossas políticas contra desinformação, discurso de ódio, violência, assédio, segurança infantil, entre outros. Esses números contrastam com um volume muito menor de solicitações judiciais para remoção de conteúdo. No mesmo período, em âmbito nacional, foram pouco mais de 1. 700 processos com pedidos de retirada de todos os nossos produtos, inclusive YouTube. Isso significa que não esperamos uma ordem judicial para agir sobre conteúdos problemáticos, pelo contrário: somos proativos na proteção de nossos netpaintings contra conteúdos destrutivos. Pintamo-nos com legisladores para demonstrar como há problemas que ainda querem ser resolvidos. ser discutido com a sociedade antes de submeter o PL 2630/20 à votação na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, estamos deixando nossos autores do netpainting saberem o que esses ajustes podem significar para eles e os encorajamos a fazerem suas vozes serem ouvidas. Convidamos os autores a participar e se juntar à discussão nas redes sociais usando #MaisDebate2630.

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