LISBOA (Reuters) – O ministro da Defesa do Brasil prometeu nesta quarta-feira que o ataque de 8 de janeiro em Brasília, no qual apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro vandalizaram a sede da Tri-Power, “nunca mais”.
“Acho que não pensamos que isso poderia acontecer lá”, disse o ministro da Defesa, José Mucio, à Reuters em uma entrevista na capital portuguesa, Lisboa.
Apoiadores de extrema direita de Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal uma semana depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo em 1º de janeiro, protestando contra sua vitória eleitoral em outubro e pedindo um golpe militar.
Bolsonaro negou a responsabilidade pelos distúrbios, que geraram comparações com a invasão do Capitólio em 2021 por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.
Um inquérito policial está em andamento para identificar os outros indivíduos que participaram, financiaram ou incentivaram os roubos. O Congresso brasileiro também se prepara para abrir uma comissão parlamentar mista de inquérito.
O general da reserva Marco Gonçalves Dias renunciou ao cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (ISG) na semana passada, depois que uma reportagem da CNN incluiu imagens dele passando pelo Planalto nos ataques de 8 de janeiro.
‘FALTA DE CONFIANÇA’
Fontes próximas a Lula disseram que o GDias, como é chamado, facilitou a invasão, mas imagens divulgadas pela CNN Brasil mostraram outros funcionários do GSI, como um capitão do exército, distribuindo água aos invasores.
“A discussão agora é se esse comando (GSI) continua com um militar ou se é um civil”, disse Mucio. “Temos tantos distúrbios e tantos confrontos pela frente, que já estamos administrando, que não entramos em detalhes, mas essa é uma opinião não pública. “
“Eu acho que você pode até mover (sua cabeça) pouco a pouco, para se converter tão abruptamente”, acrescentou. ou a materialização da falta de confiança”.
Múcio disse a Lula para decidir.
O Congresso tem um número crescente de funcionários aposentados e até mesmo da ativa que demonstram suas credenciais militares ou policiais a partir de seu apelo à lei e à ordem.
Em um esforço para desencorajar a politização das forças de segurança, o ministério de Múcio apresentou recentemente um projeto de lei que restringiria a candidatura de oficiais do exército e da polícia a cargos eletivos.
“Acho que (a legislação) será aprovada (pelo Congresso), é qualquer coisa diferente de combinar”, disse Mucio. “Política com políticos. As forças (de segurança) com os militares. “
Múcio em Portugal com outros ministros como parte da escala estatal de Lula na Península Ibérica, o primeiro na Europa desde que ele assumiu o cargo.
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