Há 500 anos, os nativos de MS guiaram os europeus no caminho de Peabiru antes da escravidão.

Este sábado, 22 de abril, tem algum simbolismo. De fato, completam-se 523 anos da chegada dos portugueses às terras brasileiras, procedimento conhecido como “Descobrimento do Brasil”, mas que hoje divide revistas devido à sua nomenclatura, afinal, antes da chegada das capitanias europeias, o território já era habitado por povos locais. Portanto, fica a pergunta: o que aconteceu em Mato Grosso do Sul nessa época de conquista de terras brasileiras?De acordo com registros antigos, as comunidades indígenas do estado tomaram conta da famosa Estrada do Peabiru e até ajudaram os europeus a procurar tesouros. A era da conquista, até que foram, claro, escravizados.

Segundo o historiador Eronildo Barbosa da Silva, o sul de Mato Grosso integra o mítico Caminho de Peabiru, chamado de origem guarani que descreve a antiga direção indígena que seguia o Peru. , especialmente para a extração de metais valiosos.

Além disso, vale ressaltar que os primeiros registros antigos de “homens não índios” na região de Mato Grosso do Sul datam de 1524, quando os europeus cruzaram o domínio pela Trilha do Peabiru de Santos, São Paulo.

“Quando os portugueses chegaram aqui [região de MS], havia povos indígenas de etnias que viviam da caça e da pesca, eles coletavam índios que habitavam as regiões ribeirinhas. Os índios aqui usaram o Caminho de Peabiru para conversar com os índios do que mais tarde se tornaria a América Latina, países latino-americanos que eram colônias do Império Espanhol. “

Dessa forma, os povos indígenas de Mato Grosso do Sul e São Paulo, por exemplo, se uniram aos povos indígenas do Peru e da Bolívia, reunindo-se em determinadas épocas do ano.

Os primeiros portugueses a chegar ao território brasileiro ficaram fascinados pela estrada que ligava o Oceano Atlântico aos Andes, em um caminho da costa de São Paulo ao Peru. Historiadores estimam que o Caminho de Peabiru teve uma extensão de 3 mil quilômetros e atravessamos florestas, rios, pântanos e cachoeiras. Em um desses tópicos Mato Grosso do Sul.

“Essas terras ao sul de Mato Grosso são conhecidas pelas coroas espanhola e portuguesa. Quando os primeiros conquistadores passaram por aqui, eles foram acompanhados por povos indígenas. Foram os povos indígenas que mostraram aos portugueses o caminho para o Império Inca, nas terras altas do Peru, e os povos onde há ouro e prata”, explicou o historiador.

Assim, a Trilha do Peabiru foi utilizada pelas comunidades indígenas que habitavam a região de Mato Grosso do Sul e aqui os europeus descobriram a oportunidade de obter ajuda no projeto de extração mineral.

“A região que conhecemos hoje como Mato Grosso do Sul, quando era ocupada por portugueses e espanhóis, uma das primeiras regiões por onde passaram estrangeiros. Assim, os rios Miranda e Paraguai foram os rios utilizados para o procedimento de conquista de ouro e prata da Bolívia, Peru e México. “

A direção foi usada por muito tempo até que, em meados do século XVI, os conquistadores descobriram um “atalho” que ligava o Oceano Atlântico ao Pacífico sem precisar passar pelo Brasil. Assim, o Caminho Peabiru caiu em desuso.

Mato Grosso do Sul, uma vasta região de povos indígenas, onde existiam várias tribos. Na época da invasão portuguesa em 1500, a população da região dominava o barro, comunicava-se através de desenhos como hieróglifos e tinha alguma interação com outros povos. Após eventos anteriores, os nativos do estado estavam destinados ao trabalho escravo.

“Há um celeiro de índios aqui porque havia muitos índios. No século XVII, os indígenas foram escravizados para o mercado de São Paulo e Rio de Janeiro”, diz o historiador.

Além disso, não havia animais de fazenda ou cavalos em 1500, uma vez que os animais foram trazidos para o território anos mais tarde e os povos nativos viviam no estágio de formação.

Atualmente, Mato Grosso do Sul é um estado indígena devido ao número de povos indígenas que vivem lá, com outro modo de vida.

De acordo com a Sesai/MS (Secretaria Especial de Saúde Indígena), a população indígena totaliza 80. 459 habitantes, estão presentes em 29 municípios e são reabastecidas por meio de 8 etnias: Guarani, Kaiowá, Terena, Kadwéu, Kinikinaw, Atikun, Ofaié e Guató.

Aqueles em sua língua materna, a saber: Guarani, Terena, Kadwéu, Guató, Ofaié e Kikikinaw.

É de vital importância notar que a região de Mato Grosso do Sul despertou o interesse dos conquistadores. Durante muito tempo, o território esteve sob domínio espanhol.

A história da formação dos primeiros povos de Mato Grosso do Sul está ligada à colonização europeia ocorrida a partir de 1500. Tordesilhas. O território tem gerado muito interesse pelo ouro. Em 1534, foi fundado o Adelantado da província do Rio da Prata, abrangendo os estados existentes de MT, MS, GO, RS e um componente gigante do PR, SC, MG e SP, além da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Em seguida, a província foi dividida em província do Rio da Prata e província do Paraguai, cujas terras de MS passaram a fazer parte da atual província até 1750, quando passaram para o domínio de Portugal pelo Tratado de Madri e pertenciam ao Brasil. desde meados do século XVIII.

Enquanto isso, formava-se o que seria o primeiro povoado de Mato Grosso do Sul, Santiago de Xerez, fundado pelo espanhol Ruy Díaz Guzmán. Foi construído às margens do rio Ivinhema, onde permaneceu até 1599, e se moveu perto dos rios Miranda e Aquidauana até 1632. Hoje restam apenas ruínas da cidade.

De acordo com os estudos do professor Pereira, o domínio existente de Coxim nasceu em 1729 sob o chamado de Belliago e a região serviu de ponto de encontro para movimentos de São Paulo ao norte de Mato Grosso.

Entretanto, ainda na década de 1770, o capitão João Leme do Prado descobriu as ruínas da extinta cidade de Santiago de Xerez, onde descobriu o Presídio Nossa Senhora do Carmo do Mondego, mais tarde conhecido como Presídio de Miranda, resultando na formação da vila onde hoje se encontra a cidade.

O domínio onde hoje se encontra o povoado de Corumbá foi ocupado em 1778 e denominado Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque.

Segundo registros antigos, a colonização do domínio hoje conhecido como Mato Grosso do Sul começou por volta de 1830, dando um novo impulso aos antigos povoados de Miranda, Corumbá e Arraial de Belliago, que mais tarde se tornaram Coxim. um movimento migratório pelo domínio da colônia de Dourados – Rio Brilhante, que seria ocupada primeiro por Antônio Gonçalves Barbosa em 1835.

Sob o comando da coroa portuguesa, a progressão política e administrativa progrediu lentamente no domínio onde hoje se localiza o estado de Mato Grosso do Sul. Até porque só depois do Império do Brasil é que a região que ultimamente corresponde ao SEP deixa de ser mais atrasada em relação ao processo de evolução do resto do país.

“Nióaco, Porto Murtinho, Coxim e Corumbá já estavam emancipados como cidades, havia também um conjunto de regiões que começavam a se preparar para as cidades, é o caso de Aquidauana e Três Lagoas, por exemplo”, disse ao Jornal Midiamax o historiador Eronildo Barbosa da Silva.

Segundo ele, por volta de 1822, ano da proclamação da independência, as cidades sobreviveram graças à pecuária e aos pequenos negócios do entorno – com exceção de Corumbá, que já se apresentava como uma importante direção de importação e exportação de mercadorias. que abasteceu o sul do estado e a região do Pantanal.

“A população composta por um componente significativo de paraguaios que chegaram após a guerra e imigrantes de Goiás e Minas Gerais, atraídos pelas terras férteis e pela facilidade de ocupá-las. Essas outras pessoas começaram a criar fazendas e cidades”, diz ele.

Ao longo dos anos, houve avanços na região que anos mais tarde se tornaria o estado de Mato Grosso do Sul. Nos rios começaram a surgir navegações que integram uma região a outra, bem como a progressão de vários espaços militares e a estrutura de quartéis em alguns lugares.

Em um resumo imaginável, entre os grandes marcos da progressão da EM existente, marcos ocorreram muito antes, já na República do Brasil: em 1909, quando a Agência dos Correios e Telégrafos foi instalada no estado. Cinco anos depois, ocorreu a chegada da ferrovia. Em 1916, Campo Grande ganhou a pacífica e, posteriormente, a ligação das estradas para Corumbá, Ponta Porã e Cuiabá.

“Juntos, o processo de intensificação das mudanças nas relações começou. Empresas americanas e britânicas vieram aqui para comprar terras para criar gado. Durante este período, eles deveriam estabelecer a primeira alocação de criação de animais de fazenda com cruzamentos comerciais. As fazendas foram organizadas e o progresso foi gradual”, conclui.

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