O sertanista paulista José Meireles, que durante anos coordenou uma frente de cobertura dos índios isolados no Acre, na fronteira do Brasil com o Peru e que hoje vive como pensionista interno na Bahia, acaba de tornar público, por meio de suas redes sociais, um alerta às lideranças indígenas que ocuparam cargos estratégicos no governo federal.
Com a autoridade daquele que, em 2004, chegou a receber uma flecha no rosto, perfurada por um homem distante e desconhecido, a quem o indigenista anunciou que perdoava a agressão, Meireles questionou o deslumbramento dos demais indígenas que ocupam posições, que usam os ornamentos usados por suas equipes étnicas muito mais para aparecer nas fotografias do que como política estratégica para o setor.
“É hora de os demais indígenas que assumiram o controle e outras posições tirarem o véu, evitarem tirar selfies e cuidarem deles no trabalho”, disse o indigenista. . Quando chega a hora de caçar, de ir para o campo, de cuidar da vida cotidiana, os ornamentos são preservados. Cuidado, donzela!”, avisou.