Um agricultor de 60 anos morava na cidade de Mantena e teve contato com um bezerro inflamado
Por Mariana Florián
18/04/2023 às 17h30 – Atualizado em 18/04/2023 às 19h27
Um homem de 60 anos, criador de animais de criação na cidade de Mantena, no leste de Minas Gerais, foi diagnosticado com raiva humana após ter contato com um bezerro inflamado com a doença. Ele está internado em estado grave em um hospital do Espírito Santo. Os dados foram revelados por meio da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES) após o resultado de análises clínicas por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
Por outro lado, a Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) trata o caso como suspeito e informou, em nota, que ele segue sob vigilância e investigação, “aguardando o processamento das amostras colhidas para exame pelo laboratório”. como referência nacional para a raiva (Institut Pasteur)”.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas), o caso já estava sendo investigado desde a última sexta-feira (14). O homem teria sido internado em um hospital da Barra de São Francisco no dia 7 de abril. , município do Espírito Santo a cerca de 11 quilômetros de Mantena, onde morava. Naquela época, sofria de confusão intelectual e, devido à piora clínica, precisou ser internado na unidade de terapia intensiva (UTI).
Familiares disseram que, antes de apresentar sintomas, o sujeito atendia a um bezerro que apresentava hábito e salivação excessiva. Sua mão na boca do animal para verificar se ele está aliviado de sufocamento.
Alguns dias depois, o quadro do bezerro se agravou e o fabricante tomou a decisão de abatê-lo e incinerá-lo para evitar que outros animais fossem afetados pela mesma doença. No entanto, o cara não pensou na opção de que era um estado de raiva. e, portanto, não consultou nenhuma aptidão antes.
Poucos dias depois, com o aparecimento dos primeiros sintomas, ele procurou uma unidade de fitness em Mantena. Devido à gravidade de seu estado, ele foi transferido para o hospital no Espírito Santo. De acordo com a última atualização do Sesa-ES, após as transferências, o paciente fica internado no Estado Dr. Jayme Santos Neves, no município da Serra.
Em nota, a Sesa havia denunciado o caso ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e à Secretaria Municipal de Saúde de Mantena.
Durante o ano de 2022, segundo o Ministério da Saúde, houve cinco casos de raiva humana no Brasil, somando quatro em Minas Gerais. Os casos foram notificados em uma aldeia indígena do município de Bertópolis, região do Vale do Mucuri, sendo dois 12 adolescentes de 12 anos e dois jovens de 4 e 5 anos. De acordo com a SES-MG, todos os quatro pacientes morreram. O outro caso ocorreu no Distrito Federal, com a infecção de um adolescente entre 15 e 19 anos.
Como mostram os números e o infectologista Marcos Moura, a raiva humana não é uma doença incomum e nos centros urbanos é controlada. O vírus da doença circula na natureza, sendo o principal vetor o morcego sangrento, ou seja, o sangue de outros animais. Os morcegos podem servir como transmissores do vírus para animais domésticos ou de fazenda. “Nas cidades, se o esquema vacinal for bem feito, a raiva tende a ser controlada. do destino ou se o esquema vacinal for descumprido.
O vírus é de ação lenta e pode incubar em animais até quarenta e cinco dias antes do início dos sintomas. Ele se espalha através de uma mordida ou arranhão de um animal inflamado. Segundo Moura, os primeiros sintomas da doença são agressões e convulsões. , que pode evoluir para paralisia total, culminando em morte. “Quanto maior a lesão e mais próxima do cérebro, mais rápida e grave é a progressão da doença. “O paciente está temporariamente à procura de uma unidade de fitness. “Após o acidente, é hora de aplicar soro hiperimune para bloquear a transmissão do vírus, ou iniciar a vacinação como forma profilática de tratar a doença. “
A principal forma de prevenção da raiva é a vacinação. Para os seres humanos, apenas são aconselhados profissionais vulneráveis, ou seja, que estão em contato direto com animais silvestres, como veterinários, criadores e profissionais de laboratório, por exemplo. A vacina também merece ser implementada como remédio após a exposição ao vírus. Além disso, outras pessoas que viajam para locais de alto risco também merecem ser vacinadas.
Por outro lado, no caso dos animais, domésticos ou de exploração, a vacinação antirrábica terá de ser efectuada periodicamente. É obrigatório para cães e gatos. Os filhotes recebem a primeira dose aos 6 meses ou conforme indicado pelo veterinário responsável. É administrado regularmente uma semana após a primeira dose do oito vezes e o reforço é tomado todos os anos.
Além disso, o contato com animais que se acredita estarem inflamados deve ser evitado. Como afirma Marcos Moura, se um animal apresentar um comportamento competitivo, mesmo que tenha sido vacinado, ele deve ser afastado e encaminhado a um veterinário para avaliá-lo. O mesmo terá de ser aplicado por ocasião de uma reviravolta do destino envolvendo um animal selvagem.
A ESES-MG informou que continua ampliando o programa de vigilância, profilaxia e controle da raiva em Minas Gerais. Entre as medidas indexadas no arquivo estão: