247 – Em nota publicada neste sábado, assinada por Henrique Matos, diretor de alianças de dados na América Latina, o Google alerta para a ameaça de que o PL 2630, o das “fake news”, favoreça gigantes da mídia, em detrimento de sites menores. Na verdade, o projeto, que vem sendo flagrantemente defendido pela Globo, determina a criação de um fundo para financiar o chamado “jornalismo profissional” e também cria barreiras à publicidade virtual no Brasil, o que pode diminuir os recursos da fonte de renda da mídia independente. . Veja nota abaixo:
Por Henrique Matos, Diretor de Alianças, Google – Reconhecemos o propósito do governo no combate à desinformação e reconhecemos que fazer jornalismo de qualidade é um componente vital para alcançá-lo. Infelizmente, o Projeto de Lei 2630 da Câmara colocará em risco investimentos para combater a desinformação. e o jornalismo, ao criar obrigações sem precedentes para as plataformas de geração que “usam” informações. A proposta valoriza os links em buscadores e agregadores de notícias, impactando diretamente na capacidade de localizar e acessar livremente páginas na internet.
A capacidade de obter dados de forma livre e porcentagem na Internet aberta é básica para a Internet. Ao pesquisar e exibir conteúdo de notícias, você clica em um link para o site de um editor de notícias. O Google envia brasileiros para sites de notícias mais de dois bilhões de vezes por mês: de graça. Esse tráfego valioso é o que os editores de notícias usam para monetizar seu conteúdo com publicidade e assinaturas.
Além desse valioso tráfego, somos um dos maiores financiadores de jornalismo do mundo por meio de nossos programas, parcerias e produtos. Desde 2018, por meio da Google News Initiative, investimos milhões de reais em educação e parcerias, agregando organizações de checagem de fatos. e projetos de alfabetização midiática para jornalistas, associações e profissionais do setor. E, desde 2020, pagamos mais de 150 veículos de comunicação, em mais de 20 estados brasileiros, por meio do Google Highlights, um programa de licenciamento de conteúdo.
O PL 2630 merece reconhecer e inspirar tais investimentos, mas, ao contrário, ignora a troca de preços entre plataformas e carros de dados e cria um impedimento para novos investimentos. Acreditamos que essa discussão merece ser baseada em fatos e não favorecer determinados meios de comunicação. equipes em detrimento de outras. Portanto, temos uma ideia de respostas construtivas para fazer isso:
Propomos que um artigo sobre o pagamento de jornalistas reconheça o investimento existente no ecossistema noticioso brasileiro e inspire a progressão de modelos de inovação que o jornalismo através de recursos de produtos, programas de compartilhamento de receita, licenciamento de conteúdo ou outra burocracia de criação de notícias. organizações ou organismos representativos. Sem um reconhecimento especial, haverá pouco incentivo para prosseguir esses esforços de parceria.
Também inspiramos governo, mídia, associações, plataformas e outros a trabalharem juntos para buscar oportunidades para a proposta de pagamento de texto, adicionando a opção de um fundo de inovação jornalística controlado de forma independente que inclui contribuições tecnológicas. Um fundo como esse pode ajudar a garantir sustentabilidade e independência de estilo para vender jornalismo de qualidade no Brasil. Tal fundo pode oferecer investimentos de acordo com critérios mensuráveis e claramente explicados, obter vantagens para toda a indústria, do que alguns carros ou grupos expressos, e só pode estar sujeito a supervisão independente, dificultando a tomada de decisões políticas.
Fundos como este foram recentemente trazidos para outros países. Em Taiwan, no início deste ano, em parceria com o governo e a indústria de notícias local, anunciamos o Taiwan News Digital Co-prosperity Fund, uma iniciativa comprometida em apoiar a mídia virtual de longo prazo. Jornalismo na região. O fundo demonstra como, por meio da colaboração, plataformas virtuais e organizações de notícias podem se combinar para promover um longo prazo sustentável para as notícias.
No Brasil, temos conversado com legisladores, associações e organizações do setor jornalístico, em busca de respostas que deem uma contribuição para o longo prazo do jornalismo, e não o contrário. caminho para continuar apoiando a longa história do jornalismo no país.
Como o PL 2630 pode prejudicar o jornalismo se não for revisto – Estamos seriamente envolvidos que, se o PL 2630 for revisado, prejudicaria o jornalismo no Brasil como resultado acidental das disposições amplas e indistintas do artigo que tratam da remuneração das organizações de notícias. Especificamente:
Isso compromete os investimentos existentes e desestimula novos investimentos em organizações de notícias: o texto não reconhece o preço existente e que plataformas como o Google oferecem às organizações de notícias e ao ecossistema jornalístico. Pior, o projeto de lei desencoraja plataformas e meios de comunicação de inovar para ajudar mais pessoas a acessá-lo. conteúdo noticioso. Isso é exatamente o oposto do que o projeto de lei pretende.
Exige que as plataformas divulguem conteúdo potencialmente desinformativo e destrutivo: O projeto de lei limita a capacidade das plataformas de remover conteúdo publicado de qualquer suposta fonte jornalística que se enquadre na definição ampla de uma organização de notícias, mesmo quando o conteúdo é referido como desinformação. Com isso, pode prejudicar a qualidade do conteúdo jornalístico e, consequentemente, prejudicar o combate à desinformação.
Reduzir e lucrar com sites jornalísticos, principalmente os menores – Após os efeitos descritos acima, o resultado será um alívio no tráfego gerado -hoje, por solta- para carros de dados por meio de buscadores e agregadores de notícias, além de comprometer a capacidade das pessoas de perceber novos sites de notícias, com uma variedade de perspectivas e revisões no país.
Temos o dever compartilhado com a sociedade como um todo de construir oportunidades que contribuam para o jornalismo, a inovação e o combate à desinformação. Garantir um jornalismo de longo prazo maior e mais sustentável não pode contar com uma indústria solitária, nem com regulamentações transbordantes que estão oferecendo consequências e incertezas não intencionais ao ecossistema de notícias online.
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