Agereg qualifica Consórcio Guaicurus mesmo com TAC assinado no TCE-MS, critica Luiza Ribeiro

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro (PT), disse que a Câmara acusa, mas que a Agereg (Agência Delegada de Regulação dos Serviços Públicos de Campo Grande) é culpada por garantir que o que está no contrato com o Consórcio Guaicurus seja respeitado, já que se trata de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul).

A lei sancionada nesta quarta-feira (26) autoriza as empresas de ônibus a obterem R$ 15,6 milhões em recursos. “Todos os prefeitos se qualificam, mas a Agência de Regularização tem que qualificar o que está no contrato. Fico surpreso que o Odilonzinho diga que assinou algo para trazer inovações se o Tribunal de Contas tem um TAC e sabe disso”, disse.

Para Luiza, o serviço do consórcio é uma vergonha. “O consórcio diz que não pode atender por falta de usuários, mas não traz inovações para atraí-los. Não moderniza e deixa os usuários abandonados. A partir do novo mandato, se vier do PT, precisamos colocar em prática um novo modelo de frete, a Alíquota Zero. O que o Consórcio está fazendo é absolutamente contraditório. “

O consórcio Guaicurus, que já é isento do ISS (imposto sobre qualquer espécie) em Campo Grande e também controlou o aumento do preço do passe de ônibus, apesar de manter a frota de sucata nas ruas e menos veículos, recebeu uma 3ª vantagem, sancionada nesta quarta-feira (26): um aporte de até R$ 15,6 milhões.

A lei que concede as novas vantagens foi aprovada pelos vereadores em assembleia nesta terça-feira (25) e sancionada menos de 24 horas depois. O projeto, que não estava na pauta, chegou à Câmara e foi colocado em votação. Votação urgente. Não há discussão entre os parlamentares.

Além disso, o Consórcio Guaicurus, que é alvo de ações judiciais da população diariamente, já escapou pelo menos 3 vezes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de Campo Grande. Até uma assembleia marcada para este mês para cobrar nova frota cancelada por meio dos vereadores.

A lei sancionada nesta quarta-feira (26) pela prefeita Adriane Lopes (Patriota) autoriza o executivo municipal a conceder subsídio econômico ao serviço normal de transporte coletivo de passageiros, realizado em regime de concessão no município de Campo Grande.

Na prática, a Prefeitura de Campo Grande terá que pagar até R$ 3,6 milhões a mais neste ano ao Consórcio Guaicurus na forma de repasses mensais para o transporte público municipal folgado para bolsistas da rede municipal, idosos, outras pessoas com deficiência e seus acompanhantes, além de outras pessoas que se beneficiam desse direito garantido pela legislação local.

De fato, o conselho aprovou a movimentação mensal de até R$ 1,3 milhão pelo município para o consórcio Guaicurus. Desde junho do ano passado, o corredor municipal movimentou até R$ 1 milhão por mês para “reter” o aumento da tarifa.

Dessa forma, apenas com repasses municipais, as empresas que operam o transporte coletivo em Campo Grande poderão obter até 15,6 milhões de reais em 2023. No ano passado, o subsídio municipal total injetou R$ 9,7 milhões nos cofres das empresas de ônibus. Ou seja, haverá um acúmulo de 60% no orçamento municipal.

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