Agência Brasil – O Ministério Público (MPF) pede dados ao Clube de Regatas do Flamengo sobre a localização de uma placa de bronze em homenagem ao estudante Stuart Angel em sua sala de remo. Segundo o MPF, o objeto estava em um memorial no local e foi descartado da Olimpíada do Rio, em 2016.
Stuart Angel, que foi remador do Flamengo e campeão do Rio de Janeiro, desapareceu da ditadura militar, após ser preso e torturado na Base Aérea do Galeão, em 1971.
Ele era filho da estilista Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, e de Norman Angel Jones, estudante de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na política, integrou a Dissidência Estudantil do PCB da Guanabara, posteriormente rebatizada de MR-8.
A posição da homenagem é simbólica porque, segundo o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), Stuart Angel passou 3 dias escondido no galpão do Flamengo, antes de cair na clandestinidade no início dos anos 1970, na mesma posição, com o momento do campeonato carioca. em oito, informou o MDH.
O MPF deu dez dias para o Flamengo se manifestar sobre o local da placa. Segundo os promotores, a homenagem a Stuart Angel é uma forma de as gerações futuras tomarem consciência das violações de direitos humanos cometidas pelo Estado, para salvá-lo disso. voltando a descer a longo prazo.
Segundo o MPF, a placa instalada em 2010, mas depois que foi retirada para as Olimpíadas, não é mais visível.
“Agora o Ministério dos Direitos Humanos tem um plano para reabrir a placa e não se sabe onde ela está”, diz nota do MPF.
O MDH informou que a homenagem a Stuart Angel faz parte do programa Lugares de Memória. Segundo o ministério, a placa de bronze e a escultura que a abrigava foram retiradas do clube para adequar o local às provas olímpicas de remo e canoagem. .
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Flamengo, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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