O ex-bolsonarista campeão mundial de jiu-jitsu Francisco Santoro, o Kiko, foi preso no Distrito Federal suspeito de desviar R$ 137,4 milhões do Ministério do Esporte. Ele, um laranja e um arranjo sem sede física são investigados por meio do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) por fraudes imagináveis no repasse de arquivos para eventos esportivos.
O bolsonarista é alvo da Operação Armlock, iniciada em 2021, que já executou 30 mandados de busca e apreensão em outras localidades, agregando a Secretaria de Esportes e Comandos em Águas Claras (DF) e Goiânia (GO). A investigação se concentra em um esquema que simula eventos esportivos fictícios para desviar recursos públicos.
Kiko, que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro desde 2018, é o principal alvo da operação, já que é funcionário comissionado da Secretaria de Economia do Distrito Federal e presidente da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu (FBJJD). É também membro do Conselho de Administração da Caisse de soutien au game (Confae).
De acordo com a pesquisa, a Associação Centro-Oeste de Jiu-Jitsu (Cojj), com sede em Goiânia, é conhecida como uma frente para desviar recursos aos entrevistados para organizar eventos pessoais promovidos por meio da FBJDD.
O veterano teria se aproveitado de sua posição na Confae para forjar alianças entre o registro e o Cojj. No entanto, descobriu que o arranjo não tem desenho físico e não mostrou a execução dos projetos acordados.