Conselho questiona resolução da Aneel para reajustar energia de Mato Grosso do Sul em 9,28%

O Consen (Conselho de Consumidores da área de concessão da Energisa MS) entrou com recurso administrativo questionando o reajuste médio de 9,28% para a revisão periódica das tabelas de preços (RTP), aprovada por meio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no início de abril, que tornou os gastos com energia mais caros em Mato Grosso do Sul.

A resolução da Aneel levou em conta a previsão de perda de lugar com a geração distribuída, mas, por sua vez, a Concen informa que os critérios utilizados por meio da empresa estão em desacordo com o Proret (Procedimento de Regulação Tarifária), que determina o uso da média dos últimos cinco anos, ano anterior à revisão tarifária de cada período. enquanto o regulador o substituiu, acrescentando também os últimos 12 meses.

Segundo a presidente do Conselho de Administração, Rosimeire Costa, a RTP (Revisão Tarifária Periódica) analisa todos os fatores, como investimentos e diversificação de mercado para a área de concessão, que afetam a tarifa para os próximos cinco anos. Anos.

“Nossa chamada questiona o aumento adicional, convertendo o prazo dentro do qual o mercado terá que ser estudado e ainda inclui uma projeção, relacionada à perda de mercado devido à expansão da Micro e Mini Geração Distribuída – MMGD. O que estamos argumentando é que, se essa perda se manifestar e o corretor for exposto involuntariamente, há uma previsão regulatória para registrar um pedido de revisão tarifária ordinária”, disse.

Rosimeire observa ainda que Mato Grosso do Sul tem a particularidade de ter uma área muito grande, com poucos consumidores dividindo os preços da copropriedade.

O recurso também destaca os efeitos da utilização do IGPM para correção que, no último ciclo (2018 a 2022) acumulou 76,48%, bem acima dos custos da concessionária.

O Conselho de Administração da Aneel realizou reunião no dia 4 de abril de 2023 em que aprovou o aumento anual da energia elétrica de 9,28%, ocorrido no dia 8 de abril.

Como o programa de notícias Midiamax apontou na época, o preço não foi aplicado da mesma forma a todos os consumidores. Os consumidores de alta tensão sofreram reajuste de 6,28% e os de baixa tensão passaram a pagar 10,48% a mais em linha com o kWh. Para residencial, a taxa de construção chega a 9,58%.

Ao mesmo tempo, o Concen se opôs à decisão. “Para nós é fundamental pensar na capacidade económica dos clientes para fazer face a estas faturas”, defendeu o presidente do conselho de administração, lembrando que o cliente teve um forte impacto.

A primeira estimativa da Aneel era de um efeito médio de 11,36% para baixa tensão e, na audiência pública, o presidente da Autoridade Palestina e diretor da Aneel, Ricardo Tili, apresentou uma perspectiva para um índice geral de 8,9% (Grupo A B), que pode suceder em 6,5% (média alta tensão), levando em conta as diversificações nas partes relacionadas à energia das usinas nucleares binacionais de Itaipu e Angra.

Um dos pedidos aceitos na era da consulta pública por meio da Aneel foi feito por meio da Energisa MS, referente a perdas não técnicas, ou seja, a diferença entre o preço medido e o preço da fatura, em razão da geração distribuída, o que fez com que as expectativas de um alívio nos índices se perdessem.

“Esperávamos ratificar uma tarifa que levasse em conta as considerações do Concen. Tudo o que conseguimos para diminuir os custos de energia em Itaipu foi perdido no espaço”, disse Rosimeire Costa na ocasião.

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