Minas Gerais ajuda a ficar de olho no promissor mercado de hidrogênio verde. O estado, um dos principais líderes em geração de energia solar do país, se destaca em investimentos no setor.
Em dezembro de 2021, a Eletrobras/Furnas inaugurou uma planta de estudos para a produção de hidrogênio verde na hidrelétrica de Itumbiara, na divisa entre Minas Gerais e Goiás. O projeto de estudos e progressão, com investimentos de cerca de R$ 45 milhões, já produziu 1,5 tonelada de hidrogênio verde. Esta é a primeira vez no país que uma planta de H2V atinge essa marca acumulada de produção desde o início de sua operação. A pesquisa é regulada por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Seu objetivo é verificar a energia sazonal ou intermitente. garagem e sua inserção no Sistema Interligado Nacional (SIN).
No sul do estado, o projeto H2Brasil, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), está realizando uma iniciativa para a aplicação de hidrogênio verde com empresas metalúrgicas localizadas em Minas Gerais. A inovação será consolidada com a estrutura da sede do Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), em Itajubá (MG). A proposta do projeto é verificar programas com maior perspectiva de mobilidade, produção forçada e uso comercial para forçar carros a partir de 2023.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (secretaria), também está implementando um plano estratégico para tornar Minas um ambiente propício para investimentos no setor. Em 2021, uma iniciativa do governo, com a da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), apresentou o programa Minas do Hidrogênio. O objetivo da destinação é estimular e projetar a produção de hidrogênio verde no estado e divulgar a cadeia produtiva do combustível.
Para o deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), que participa da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e Energia Sustentável, o Brasil tem uma oportunidade maravilhosa de reindustrialização no uso do hidrogênio verde.
“O hidrogênio verde, seja produzido por meio de recursos renováveis como a energia solar, a energia eólica, que está em alta no Brasil, até mesmo o combustível fitoterápico, já que no Brasil um componente gigante do combustível produzido é injetado pela metade. Então, na minha opinião, o hidrogênio verde muito temporariamente vai permitir que o Brasil se torne um grande distribuidor de hidrogênio para exportação, principalmente para a Europa, também para as questões da reindustrialização do país, da descarbonização de setores da economia brasileira”, disse.
Atualmente, o Brasil é o 3º maior produtor de energia renovável do mundo, Estados Unidos e China. Dados da Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) indicam que o Brasil bateu recorde de geração de eletricidade a partir de recursos renováveis em 2022. No ano passado, uma média de 62 mil megawatts de energia foi produzida de forma consistente com o mês. Como resultado, a produção de energia por meios renováveis atingiu 92%.
A principal fonte também coloca o país entre os mais competitivos em termos de preço. Dados de uma pesquisa realizada pela BloombergNEF (BNEF) projetam o Brasil como um dos países capazes de fornecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 até 2030.
De acordo com Lina Varon, professora de ciências têxteis e ambientais da ESEG – Faculdade do Grupo Passo, a cadeia H2V exigirá uma substituição na entrada da população e uma nova tomada de energia.
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