Mesmo diante das adversidades climáticas enfrentadas pelos produtores rurais, Mato Grosso do Sul registrou safra recorde de soja em 2022/2023. Foram colhidas 13,378 milhões de toneladas de oleaginosas, crescimento de 53,9% em relação às 8,691 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2021/2022.
De acordo com o levantamento por meio da equipe técnica do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), essa é a maior safra de soja da história do estado, superando o recorde passado do ciclo 2020/2021, quando se desfizeram da cultura. em Mato Grosso do Sul, 13,305 milhões de toneladas de oleaginosas.
A colheita terminou 3 semanas mais tarde do que as cinco safras anteriores. A situação de atraso observada neste ciclo deveu-se, primeiramente, à diminuição das temperaturas nos meses de novembro e dezembro de 2022, alongando o ciclo da cultura em mais de 10 dias.
Além disso, a partir da parte momentânea de janeiro, o índice máximo de chuvas coincidiu com o período de enchimento de grãos, o que provocou um alongamento do ciclo, impossibilitando a dessecação, dilatando a umidade do grão e atrasando o acesso do maquinário à lavoura.
Mesmo com produtividade recorde, a qualidade dos grãos foi comprometida em decorrência das fortes chuvas.
“A alta umidade, as temperaturas máximas e a ação de microrganismos no último nível de cultivo contribuíram para melhorar a qualidade dos grãos nas regiões mais chuvosas”, afirma André Dobashi, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Sul de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-EM).
A estimativa indica um acúmulo de 2,5% na área cultivada, chegando a 3,8 milhões de hectares, com produtividade média de 58 sacas consistentes por hectare e produção de 13,378 milhões de toneladas.
O último conhecimento do ciclo está sendo calculado e será publicado hoje parte deste mês por meio da equipe técnica da Siga MS.
Conforme revelado em fevereiro por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o domínio das lavouras de soja cresceu em Mato Grosso do Sul nos últimos anos.
Na safra 2018/2019, foram cultivados 2,9 milhões de hectares com oleaginosas, totalizando 3,8 milhões de hectares para a campanha atual, um acúmulo de 31%. De acordo com o titular da Semadesc, Jaime Verruck, o conhecimento foi obtido graças a um estudo realizado por meio da secretaria.
“Essa expansão é contínua e acelerada e, acima de tudo, está impregnada de geração e inovação”, disse o secretário, acrescentando que a previsão é que nos próximos 3 anos esse processo se acelere e a colheita ocupe 4,5 milhões de hectares.
O atraso na retirada da safra de soja interferiu no plantio da safra de milho do momento, como noticiou o Correio do Estado no passado.
Como resultado desse atraso, 54% da área plantada ao ar livre é a janela de plantio mais produtiva, o que significa que as lavouras correm risco de intempéries, como seca, geada e granizo.
“Uma parte gigante das lavouras ainda está na estação vegetativa e, hoje, temos 95% das superfícies em estado de progressão e 5% em condições normais. “
“A região Sul tem o ponto de áreas normais, com 19%. No entanto, dado o ponto fenológico das plantas e as condições climáticas, o final da colheita ainda é incerto”, diz Dobashi.
Pela média antiga dos últimos cinco anos, a expectativa inicial é de que a colheita do cereal tenha sucesso em um domínio de 2,3 milhões de hectares, 5,39% a mais que no ciclo passado, com produtividade de 80,33 sacas por hectare e uma produção de 11,206 milhões de toneladas.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios referente ao primeiro trimestre de 2023 (PNADC/T) indica que a taxa de desemprego no estado desacelerou, chegando à quarta menor taxa do país.
O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata de dados sobre o mercado de trabalho e as características da população.
Segundo dados do primeiro trimestre de 2023, Mato Grosso do Sul tinha 2,18 milhões de pessoas em idade de correr, 20 mil pessoas a mais (0,9%) do que no mesmo período do ano passado.
Nesta altura, no início do ano, o desemprego estava estimado em 4,8%, taxa que representa um aumento de 1,5 p. p. em relação ao trimestre anterior e -1,7 p. p. em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação é estimada em 64,4%.
Com esse resultado, o Estado perde uma posição no ranking da UFS. No mesmo de 2022, a SEP ocupou o 3º lugar no ranking de desemprego.
Agora, o estado é Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
Enquanto a mão-de-obra ao ar livre – que não estava nem empregada nem desempregada na semana de referência nos Estados-Membros – foi estimada em 717 000.
Segundo o IBGE, em um ano, houve um crescimento de 8,6% em outras pessoas sem quadros autorizados a ingressar no setor pessoal em MS.
Em números absolutos, são 1 milhão de trabalhadores no Estado, totalizando 715 mil no setor pessoal, 201 mil no setor público e 85 mil trabalhadores domésticos.
No caso dos trabalhadores do setor pessoal, o número varia negativamente para 53 mil pessoas, um mínimo de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de pessoas, ainda no setor pessoal, sem vínculo empregatício foi estimado em 168 mil, variando entre treze mil pessoas, o que corresponde a um acúmulo de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A taxa de informalidade nos Estados-Membros 34,3% da população contratou desta forma. Em números absolutos, há 491 mil servidores nessa situação, e no quarto trimestre de 2022 eram 471 mil.
Em nível nacional, a taxa de informalidade no Brasil é de 39%. Entre as unidades federativas, MS é o estado com a sexta menor taxa de informalidade.
As maiores taxas foram registradas no Pará (59,6% congruentes) e Amazonas (57,2% concordantes). As menores foram registradas em Santa Catarina (26,1%).
Segundo o IBGE, devem ser calculadas as seguintes populações para calcular a proxy da taxa de informalidade para a população contratada: contratados no setor pessoal sem carteira assinada; pintor doméstico sem alvará de pintura assinado; empregador não inscrito no CNPJ; pintor autônomo não inscrito no CNPJ; Assistente do círculo familiar.
O inquérito mostra ainda que a população empregada como empregador nos Estados-Membros aumentou até 25,8% até 2022.
Foram 87 mil empregadores, o que mostra uma expansão de 25,8% para o mesmo trimestre de 2022 (69 mil).
Já a população por conta própria é de 320 mil no início deste ano, o que significa uma expansão de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (292 mil).
Para o primeiro trimestre de 2023, a mesma antiga fonte genuína de renda teve média para todos os empregos R$ 3. 161,00.
O número é sólido em relação ao último trimestre (R$ 3. 289,00), sendo 10,5% maior em relação ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2. 862,00).
Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego do país no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%, 0,9 ponto percentual (p. p. ) acima do quarto trimestre de 2022 (7,9%) e 2,4 p. p. menor. em relação ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%).
Em relação ao último trimestre, a taxa de desemprego aumentou em todas as 27 unidades da Federação, mantendo-se sólida nas 11 restantes.
As taxas de desemprego foram na Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%), sendo as menores em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
Após o prefeito de Maracaju tentar colocar um ponto final no imbróglio que se arrasta desde 2015 e pedir a apreensão do domínio cedido à BBCA Brasil Industrial e Investimentos (Grupo BBCA), a organização chinesa olha para o chão.
Em agosto do ano passado, conforme previsto pelo Correio do Estado, a Câmara Municipal, por meio do Departamento Jurídico, iniciou o procedimento para cancelar a doação de 102. 2285 hectares por meio do Decreto Municipal 122/2022. O domínio dado à organização foi estimado em mais de 3 milhões de reais na época.
Segundo a prefeitura, a doação feita em 2015 tinha como objetivo divulgar a instalação da empresa e a geração de empregos, no entanto, vários prazos não foram cumpridos, como o que diante da pressão que a empresa beneficiária tinha que iniciar as pinturas em até 90 dias e concluí-las em até 24 meses.
O parecer judicial afirma que: “Há indícios de que tanto a aquisição do domínio de 102 ha quanto os espaços que foram desapropriados foram adquiridos para o status quo de uma indústria. Essa indústria, de acordo com os dados em carros, não foi implementada. “
Além da doação de 102 hectares, a Câmara Municipal também desapropriou outros terrenos: um de 24 hectares, de 29 hectares e um terço de 30 hectares, também com o objetivo de doá-los ao BBCA, cujo patrimônio já pertence à empresa. “No entanto, a conclusão do procedimento de desapropriação já se posicionou sobre a administração existente, e esses espaços não serão mais doados”, informa o controle do município.
Além do que foi apresentado por meio da gestão municipal, os empresários asiáticos adquiriram 170 hectares de terras no mesmo local. Com o pedido de tomada de posse da propriedade de 102 hectares, a entidade ajuizou, no mesmo mês, uma ação anulatória contra o município de Maracaju.
O BBCA alega que o município desapropriou o terreno que lhe pertencia por componentes e não cumpriu com o seu componente do acordo.
“Embora a autora tenha implementado parcialmente o que constava do projeto original, o município requerido, de fato, falhou integralmente com sua obrigação, ao não conseguir conquistar um pequeno mas componente do domínio que por si só já seria suficiente para a execução de todo o projeto”, explica a BBCA na ação.
“A autora [BBCA] retirou totalmente o projeto original, mas o fez por várias razões justificáveis. Além disso, impulsionou investimentos gigantescos no local, bem como emprego e continua empregando várias pessoas”, defende o grupo. . .
Entre as denúncias de descumprimento no componente de gestão do município, a organização asiática alega a falta de infraestrutura logística, componente fundiária e até que houve um pagamento inicial de mais de R$ 2 milhões no Imposto Sobre Serviços (ISS) e investimento de mais de R$ 90 milhões nas estruturas já instaladas no local.
“Não há justa causa para que o município exija do BBCA o cumprimento integral do projeto, quando sequer cumpriu integralmente com seu componente, tendo também auferido uma quantia significativa a título de adiantamento de impostos a serem deduzidos quando o setor estiver em pleno funcionamento para ser implantado no local”, indica o BBCA em sua defesa.
Consultado, o prefeito de Maracaju, Marcos Calderan (PSDB), diz que ainda não há definição do caso. “Não houve nada sobre o que será done. It levará tempo. Ainda não temos um plano para este domínio”, disse ao Correio do Estado.
A Câmara Municipal de Maracaju questionou as denúncias de organização de empresas, levantando basicamente o descumprimento de cláusulas contratuais.
“Os pedidos para esta ação terão que ser indeferidos, mantendo intacto o decreto municipal que cancelou a doação descrita, por falta do ator ter cumprido suas obrigações”, defende a prefeitura.
A organização havia anunciado um investimento de US$ 1,21 bilhão (convertido em R$ 5,9 bilhões) e a criação de 1. 000 empregos diretos e oblíquos.
Dos 272 hectares, 170 foram adquiridos por meio da empresa BBCA e 102 hectares doados pelo município. Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, dos 170 hectares, 50 foram vendidos por meio dos chineses para outra população de Maracaju, segundo informações locais. Fontes.
A BBCA chegou a construir, nos 170 hectares comprados pelo grupo, dois armazéns de grãos, galpões e um secador que é usado para secar grãos após a colheita. .
De acordo com o projeto inicial, a usina de Maracaju seria uma unidade química comercial para processamento de milho e cogeração de energia. Conforme divulgado em 2019, a primeira unidade consumiria US$ 100 milhões em investimentos.
Os investimentos restantes, superiores a US$ 1. 000 milhões, seriam destinados à fabricação de produtos químicos para alimentos e embalagens plásticas. (Colaborou Bárbara Cavalcanti)