Por João Brognoli, CEO e fundador do Grupo Duo
Atualmente, os aplicativos de mensagens possuem equipamentos básicos para a sociedade como um todo. Até porque hoje é mais raro hospedar nossa base de comunicação e um componente de regime inteligente semelhante a essas plataformas. Querendo aproveitar a importância e a facilidade de uso desses canais no dia a dia, os comerciantes têm optado pelo chamado “comércio conversacional”.
Designado como a 3ª onda do setor -superando o monocanal, onde predominava a loja, e o bicanal, em que, além do comércio físico, há também a necessidade de uma página ou aplicativo online-, esse conceito permite que os usuários comprem por meio de aplicativos de comunicação, como Messenger, Telegram e, principalmente, WhatsApp.
Saiba Mais:
Com o objetivo de utilizar um contato automatizado e, ao mesmo tempo, personalizado com os clientes, as empresas os utilizam para atrair o público do cliente, principalmente aumentando suas vendas por meio dessa aventura e de uma experiência de compra de supermercado mais evoluída.
Por isso, a facilidade de navegação para produtos e ordens de posição acabam sendo atrativos para aumentar o número de transações. Mais do que isso, esse tipo de serviço também permite que as corporações ofereçam oportunidades de upsell e cross-sell, reengajando os consumidores após o abandono do carrinho. , além de fornecer pós-venda detalhado e preciso aos compradores.
Para se ter uma ideia da força dos aplicativos de mensagens, as projeções de mercado sugerem que as chances de converter vendas aumentam em até 80% ao usar o comércio conversacional. Dada essa porcentagem, é fácil entender por que o exame da Juniper Research implica que os gastos globais com comércio terão sucesso em US$ 135 bilhões até 2027; hoje, o montante é de US$ 39 bilhões.
Como se não bastassem essas expectativas positivas, o Brasil segue despontando como um dos mercados com maior perspectiva para o comércio conversacional. Uma pesquisa da Kantar divulgada no ano passado revelou que o país está entre os mais receptivos às mensagens corporativas enviadas para se comunicar com os consumidores.
Os números do estudo que:
Uma das corporações que liderou e se beneficiou desse movimento no país é o WhatsApp. Rede social favorita dos brasileiros com mais de 169 milhões de usuários, ou quase 94% dos brasileiros com acesso à internet, a ferramenta tem desempenhado um papel importante. no marketplace, permitindo que pequenas e micro empresas sejam pagas por suas vendas pelo próprio aplicativo, garantindo que o cliente faça a compra sem precisar sair da conversa. Com isso, números publicados por meio do aplicativo mostram que mais de 1,75 milhão de catálogos já estão na plataforma.
Refira-se ainda que a aplicação conta ainda com uma edição Business destinada exclusivamente a médias e gigantes empresas. Nesse serviço, a ferramenta disponibiliza uma API (Interface de Programação de Aplicativos) na nuvem, integrando o WhatsApp com os sistemas internos utilizados por meio do corporativo. Com isso, a empresa pode estar oferecendo relatórios personalizados a todos os clientes, como o envio de confirmações de pedidos e notificações de pagamento, além de manter os consumidores informados sobre o preparo e entrega dos produtos, entre outras funções.
Apesar da demanda latente por esse nicho, o comércio conversacional exige algumas recomendações para não gerar satisfação negativa do cliente. Por mais que o usuário dependa desse tipo de comunicação, ela não pode se tornar massiva, já que o uso desses programas é preferencialmente para manter contato com amigos e familiares.
Por isso, é imprescindível que a empresa atue apenas com os dados legalmente aplicáveis por meio dos usuários, garantindo que o canal de contato com os consumidores não seja fonte de desconforto.
Outra preocupação que as empresas querem ter em mente é a segurança dessas conversas. É imprescindível que as empresas atuem de acordo com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), até mesmo para que o visitante se sinta em um percentual privado. e documentos de pagamento nesses canais, garantindo que a compra seja feita sem maiores transtornos.
Esses cuidados são essenciais para que as lojas gerem vendas e identifiquem uma relação ainda mais próxima com seus consumidores. O fato é que os aplicativos de mensagens já possuem elementos indispensáveis no nosso dia a dia e, agora, também são sinônimo de novas oportunidades de negócios. É hora de os comerciantes tomarem crédito por isso.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em ciências sociais pela PUC-SP, com especialização em redes sociais e tecnologia.
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e ultimamente é editor-chefe do Olhar Digital.