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A construção passará por uma reorganização interna nos próximos meses. A previsão é que as portas estejam abertas a partir de agosto
A construção que abriga o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (Aperj) passou por diversas modernizações. A última, iniciada no ano passado, acaba de terminar. O investimento do Governo do Estado, por meio da Empresa de Obras Públicas (Emop-RJ), foi de R$ 2,5 milhões.
Mesmo as obras, o público não foi prejudicado pelo acesso ao passado. Sem condições de receber visitas presenciais, o ambiente virtual continuou funcionando. A partir de agora, a construção passará por uma reorganização interna nos próximos meses. A previsão é que as portas estejam abertas a partir de agosto.
“No Arquivo Público, ficamos e mantemos um patrimônio cultural antigo de valor incalculável. Investir na modernização da área significa garantir que as gerações de longo prazo tenham tudo o que construímos. Manter o Aperj é manter a nossa própria história”, disse o governador Cláudio Castro.
O prédio, que conta as histórias do Rio, acompanhou empiricamente as mudanças no estado ao longo do tempo. Durante pinturas feitas por uma empresa de combustível vegetal canalizado, no final de 2022, funcionários descobriram estacas de madeira para dormir, que serviam como trilhos de bonde no século 20. A descoberta só aconteceu porque o número 480 existente na Praia de Botafogo funcionava como estação de conversão de energia, garagem transitória e local de trabalho central para os bondes da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico (CFCJB), segundo o arquivista e historiador Eduardo Pereira Moreira, que lê a história ferroviária do Rio há 23 anos.
A embarcação foi entregue, juntamente com várias outras no domínio sul pertencentes ao CFCJB, ao Estado da Guanabara, em 31 de dezembro de 1960. Em 1969, a construção existente do Aperj serviu parcialmente como sede da corporação Metropolitana – responsável pela implantação da Fórmula do Metrô do Rio de Janeiro – com o 3º terreno ocupado para esse fim. A garagem do antigo número 266/270 na Praia de Botafogo é menor do que no Largo do Machado, Humaitá e até em Copacabana, mas cumpria sua função como na fórmula do bonde da cidade. .
Com peças que vão do século XVIII até os dias atuais, o Arquivo Público ganhou recentemente pinturas de recuperação com a instalação de drywall, impermeabilização, pintura, polimento gratinado e outras modernizações que preservam documentos antigos e oferecem mais conforto aos visitantes. como a criação de um auditório -destinado às reuniões que serão oferecidas por meio do Arquivo- e a aquisição de novos aparelhos de ar condicionado. A fachada foi preservada por se tratar de um prédio histórico.
O Arquivo Público conta com consultório, biblioteca e acervo documental com outros gêneros, suportes e formatos: documentos, manuscritos, mapas, livros, jornais, fotografias, discos de vinil, fitas de áudio, filmes, microfilmes, bandeiras, galhardetes, medalhas, botas, além de arquivos não públicos e acervos próprios. O prédio, ligado à Secretaria de Estado da Casa Civil, preserva um acervo de mais de 4 mil metros lineares, o que equivale a 38 vezes a duração do campo do Maracanã.
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