“Há muito o que fazer”, diz a professora Terena, da Educação Indígena do MS

No entanto, antes de se tornar instrutor, Kleber também foi aluno. Com experiência nas aldeias das regiões de Aquidauana e Dourados, o instrutor Terena traz consigo a experiência exclusiva de ser indígena urbano e ter convivido com Terena e Guaraní-Kaiowá. “Apesar de ter nascido em Campo Grande, mantive contato com as aldeias desde a infância. Estudei duas vezes nas escolas da aldeia. Também passei um ano em 1988 na Aldeia Ipegue, em Aquidauana, e outro ano em 1994 na Aldeia Jaguapiru. “

Além de formar o ensino fundamental, Kleber está fazendo mestrado em história na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), onde estudou a história oral dos povos indígenas urbanos, com o objetivo principal de gerar tecidos formativos para as escolas. comunidades indígenas”. Entrevistei caciques, crianças, adolescentes e idosos, buscando resgatar a cultura e o conhecimento oral. Eles têm muita porcentagem com a gente, coisas que ainda não foram registradas fisicamente”, explica.

Segundo ele, dentro das salas de aula, seu objetivo é disseminar a valorização da história oral das comunidades indígenas nas escolas de Campo Grande. O instrutor Terena relata que também já foi convidado para palestrar em outras instituições de ensino, compartilhando sua sabedoria com alunos não indígenas. “Ganhei outros convites e estamos fazendo planos para que mais locais façam essas palestras. O conceito surgiu basicamente no ano passado, motivado pela minha pesquisa. Esses cursos acabaram sendo uma motivação concreta para realizar esses movimentos que eu lidero. “

Motivado pelo mestrado e pelo desejo de ampliar a recuperação indígena, Kleber relata que está empenhado em gerar um documentário que retrate a vida dos povos indígenas que vivem em aldeias urbanas. em escolas e comunidades indígenas, para provê-lo aos povos indígenas que vivem em contextos urbanos. São cerca de 20 a 22 vilas urbanas em Campo Grande”, diz.

Os maiores números observados estão nos municípios de Aquidauana e Miranda. Juntos, os dois municípios têm mais de cem profissionais rodando na rede estadual, segundo a SED.

Dados do censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010 mostram que a região Centro-Oeste do Brasil é a terceira com concentração de indígenas. Entre os estados dessa região, destaca-se Mato Grosso do Sul, que abriga 56% da população indígena. Essa posição é superada apenas pelas regiões Norte e Nordeste do país.

De acordo com os registros do mesmo censo do IBGE, a população brasileira é de 190. 755. 799 milhões de pessoas, totalizando 817. 963. 000 indígenas, representando outras 305 etnias. No país, foram registradas 274 línguas indígenas.

Teodora e outros educadores, voluntários e marqueteiros se uniram a lideranças e membros da sociedade civil para dialogar e lutar pela implementação de políticas públicas que garantam esses direitos”. Edital para criação de cursos de formação de professores indígenas. Buscamos construir políticas públicas, com instituições municipais e estaduais, como garante a legislação brasileira”, explica.

Desde 2006, com a colaboração da UFGD (Universidade Federal de Gran Dourados), estava prevista a criação de um currículo de ensino superior para professores indígenas. A UFGD construiu a construção da Faculdade Intercultural Indígena e desde então organiza exames frontais anuais para ingresso nessa carreira”, conta Teodora.

A UEMS também tem se destacado na formação de estudiosos indígenas. Em 2022, um total de 34 acadêmicos concluíram seus estudos. Na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), 53 acadêmicos indígenas concluíram seus estudos em 2022.

Kleber destaca o desejo de tornar a política de ações afirmativas maior em concursos públicos e universidades. “Historicamente fomos marginalizados e isso se reflete até hoje. muitos mais desejos a fazer. “

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