Com déficit de 750 investigadores, Sejusp confirma concorrência da Polícia Civil de MS

A possível realização de um novo festival de investigadores da Polícia Civil já está na pauta do governo de Mato Grosso do Sul. Assim, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que já iniciou o procedimento de exame que será apresentado ao Executivo para avaliação. Hoje, a corporação tem um déficit de 750 pesquisadores e esse poderia ser um número de vagas, pelo menos solicitadas pela segurança, a serem preenchidas. No entanto, tudo depende do efeito monetário em examinar e aprovar o valor que pode ser aprovado.

O assunto voltou à tona após o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) apresentar um ofício solicitando a abertura de um novo concurso. O sindicato carece de investigadores num cenário “caótico”.

Em conversa verbal com a reportagem, o líder da Sejusp, Antônio Carlos Videira, disse que já foi solicitado um estudo para investigar a falta de policiais em serviço, mas não há prazo para finalizá-lo. Assim, quem precisa se inscrever para as carreiras policiais merece aguardar, já que ainda não é imaginável marcar uma data para a publicação do edital.

No relatório, o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, disse que a corporação gostaria de 750 novos policiais para compensar o déficit existente.

“Fizemos esse pedido [para investigar o número de investigadores necessários]. Agora, por questões de lei de deveres fiscais e limites prudenciais de gastos, isso quer ser analisado para que o governador [Eduardo Riedel] possa determinar a fonte e o valor”, explicou Gurgel. .

Segundo Videira, após o levantamento, é obrigatório analisar qual empresa será contratada para realizar a licitação e os custos, calcular o impacto na educação e na folha de pagamento.

Apesar do andamento e dos estudos para um novo concurso, ainda não há data ou previsão para a apresentação das vagas por meio do governo de Mato Grosso do Sul.

Segundo o chefe da Sejusp, ainda não é imaginável marcar uma data ou mesmo verificar a realização de uma consulta pública para os investigadores da Polícia Civil do Estado.

Videira explica que o Estado continua atualizando os cargos que exigem um corpo de servidores dentro da segurança pública. Ele citou a posse do tabelião realizada nesta segunda-feira (22).

“[O governo] tem uma política de priorização, o próximo passo é pintar esse número. O sindicato sabe que há carência em outros cargos, que já corrigidos vamos resolver para o pesquisador”, concluiu o secretário.

O Sinpol encaminhou ofício solicitando a abertura de concurso público para o cargo de investigador da Polícia Judiciária, da Polícia Civil.

De fato, segundo o Sinpol, a empresa enfrenta um “cenário caótico”.

“[. . . ] A jornada de trabalho dos investigadores nas delegacias do interior é que um único policial atenda ocorrências, monitore e fiscalize, e isso anda de mãos dadas com o dever de vigiar os presos”, diz nota do sindicato.

“O excesso e o acúmulo de serviços geram desgaste emocional e físico”, diz Sinpol.

O último festival aberto em 2017 com 80 vagas, subiu para 95, o que através do sindicato é considerado insuficiente, já que o número de policiais que “demitiu superou os que entraram na prova em 2021”.

Além disso, o Sinpol cita o que aconteceu em Camucim, no Ceará, onde um policial civil assassinou 4 companheiras – o agressor estava ausente há algum tempo devido a problemas mentais.

“O Sinpol, com o objetivo de resguardar os interesses, a integridade e a idoneidade da Polícia Civil, deste poder, enviou ofício ao governador Eduardo Riedel, solicitando uma nova oportunidade de integrar o quadro de investigadores da Polícia Judiciária”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *