Desmatamento cai 7%, tem pior resultado do momento em 6 anos no Brasil

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) observaram o desmatamento de 20. 075 hectares do bioma tropical entre outubro de 2021 e 2022. O resultado representa um relevo de 7% em relação ao que foi detectado no mesmo período de 2020 a 2021 (21. 642 mil hectares), no entanto, o domínio desmatado é o maior momento dos últimos seis anos e é 76% maior do que o menor registro já registrado na série antiga, que foi de 11. 399 mil hectares. entre 2017 e 2018.

O domínio desmatado corresponde a cerca de 20 mil campos de futebol. Como resultado, 9,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente foram lançadas na atmosfera, segundo dados do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado pela base e pelo Inpe desde 1989, com a técnica do software de inteligência de negócios Arcplan.

O diretor-executivo da SOS Mata Atlântica e coordenador do Atlas, Luís Fernando Guedes Pinto, disse em nota que “temos uma imagem sólida de desmatamento, mas inaceitável para um bioma altamente ameaçado e básico para garantir os serviços ecossistêmicos”.

A Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população nacional e representa cerca de 80% da economia brasileira, além de gerar 50% dos alimentos que alimentam o país. Cinco estados do bioma concentram 91% do desmatamento: Minas Gerais (7. 456 ha), Bahia (5. 719 ha), Paraná (2. 883 ha), Mato Grosso do Sul (1. 115 ha) e Santa Catarina (1. 041 ha). Enquanto 8 registraram uma construção (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe), nove registraram mínimo (Ceará, Goiânia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo).

Quanto aos municípios, dez representam 30% do desmatamento total do período. Destes, cinco estão em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e 4 na Bahia.

Os dados mostram que 73% das reclamações ocorreram em terrenos pessoais. De acordo com o relatório, o conhecimento confirma que as florestas foram destruídas principalmente para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas. “A especulação imobiliária, especialmente nas periferias de cidades gigantes e no litoral, também é conhecida como outra grande causa”, diz o Atlas.

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