Finca MS pode estar com créditos de carbono em leilão

Em uma situação de crescente temor da substituição climática e da necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, um fato inédito está prestes a ocorrer em Mato Grosso do Sul. Uma fazenda em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, poderá ser vendida em leilão promovido pelo Banco do Brasil com o uso de créditos de carbono.

O patrimônio rural tem um vasto domínio de 1. 849. 253,5 metros quadrados e fica na propriedade de São Domingos. A oferta inicial mínima para o ativo, que tem sede, armazém e portão, é de R$ 6. 295. 000,00. As licitações seguem abertas até o dia 7 de junho deste ano. .

Deve-se notar que o valor médio do carbono varia particularmente dependendo do mercado e do tipo de transação de carbono considerada. Existem dois mercados principais de carbono: o mercado voluntário e o mercado regulado.

No mercado voluntário, as transações de carbono são iniciadas através de corporações e organizações, os custos podem variar muito. Devido à falta de regulamentação e padronização, os custos são decididos por meio de fonte e demanda, além de pontos como a credibilidade e a qualidade dos projetos de compensação de carbono.

No mercado regulado, os custos de carbono são estabelecidos por meio de um leilão ou processo de alocação. Esses sistemas estabelecem limites para as emissões de carbono de determinados setores da economia e permitem a negociação de licenças de emissão entre empresas. Os custos do carbono nesses mercados são influenciados pela fonte. e demanda, bem como a política climática do governo.

Para serem liquidados no pagamento do leilão do Banco do Brasil, os créditos da licitante devem ser gerados de acordo com critérios e situações identificadas no mercado regulado ou no mercado voluntário, como o “Verified Carbon Standard”. No entanto, o banco estatal não aceitará empréstimos semelhantes a projetos que emitem CO² por meio do processo de combustão, como energia a partir de biomassa, por exemplo.

“Fomos os primeiros a investir em uma parceria com uma startup do segmento e oferecer uma experiência totalmente virtual aos compradores”, disse Gustavo Lellis, diretor de aquisições, infraestrutura e ativos do Banco do Brasil, em nota. “A partir de agora, estamos alinhando o aspecto ambiental com essas vendas, o que reforça o compromisso assumido por meio do banco por meio de sua Agenda 30 para o desenvolvimento sustentável”, disse.

Após a oferta, o Banco do Brasil terá 10 dias corridos para validar e reivindicar a aceitabilidade do certificado de crédito de carbono apresentado por meio do licitante em pagamento pela aquisição do imóvel. Ao aceitar o Certificado de Crédito de Carbono, o vencedor do concurso poderá apresentar, no prazo de 10 dias, comprovante de transferência de domínio ao banco do valor a ser pago pelo imóvel.

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