Diante da queda lenta no custo dos combustíveis, o Correio do Estado apurou que, nos últimos 12 meses, o tanque de combustível ficou mais barato por meio de R$ 144 em Mato Grosso do Sul.
O valor mínimo aparece quando aplicado em um tanque de combustível médio, com capacidade de 60 litros, já que os postos de Porto Grande têm combustível em torno de R$ 4,95/litro.
Com a gasolina em R$ 7,35 no mesmo período de 2022, os preços para encher um tanque ficaram em torno de R$ 441,57, enquanto neste ano os preços estão em torno de R$ 294. Em sua política de preços, a Petrobras anunciou um alívio de R$ 0,40 consistente com o litro da gasolina e R$ 0,44 consistente com o litro do diesel.
Da mesma forma, o controle do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de MS (Sinpetro-MS), informou que o litro da gasolina cai cerca de R$ 0,29 nas bombas, sendo R$ 0,39 compatível com o litro no diesel, fato que não havia sido demonstrado no fim da tarde desta quarta-feira (17).
Com a redução anunciada acima, os gastos com gasolina podem ultrapassar R$ 4,82, enquanto o diesel normal pode passar de R$ 5,52 para R$ 5,13.
Natural de Amambai e morador de Campo Grande desde 1988, o empresário Denilson Lima (51) disse ao Correio do Estado que quedas sequenciais nos custos com combustível o levaram a reiniciar carros e motos.
Dentro da cidade, ele mantinha a fonte aos poucos, deixava-a acabar e não tinha controle. Neste momento, a economia é muito grande.
“Durante a pandemia nem andei de Hilux, deixei em casa e usei meu Celta, além da moto. Com dois carros as despesas são muito pesadas, face ao ano passado, utilizo todas as viaturas, vou buscar os jovens à escola com a carrinha», disse.
Dono de uma loja de filhotes, ele observou que o alívio nas despesas, acentuado pela pandemia de Covid-19, só diminuiu no início deste ano.
“Minha economia consistente por litro em relação ao período consistente anterior é de quase R$ 2 por litro, acho que encher um tanque de 80 litros, a capacidade da Hilux, economia visual”, concluiu.
O motorista do aplicativo, Samuel Campos (41), disse que gastou cerca de R$ 1. 100 só para abastecer o carro que dirige. Muito vital para economizar cada centavo.
“Para mim, a diferença de centavos é muito importante, e aqui uma diferença de R$ 0,10, R$ 0,20 centavos é muito importante. Para os motoristas de aplicativos, as perdas tendem a aumentar muito porque, como eu disse, nosso faturamento é muito maior e quanto menos caro, melhor”, disse.
A fala do piloto do aplicativo é baseada nas declarações do técnico em informática, Alex Sander (41 anos). O proprietário da motocicleta, Alex Sander, disse que, embora traga pequenas quantias, os centavos desempenham um grande papel em suas economias, que ele usa para investir na compra de estoque da bolsa de valores.
“Essa busca por custos baixos e balanceamento de centavos é muito importante. Em pouco tempo, consegui economizar cerca de R$ 1. 000, não só em combustível, mas comparando custos em todos os lugares, mercados, o que está me ajudando a comprar estoques em estoque. troca, meu negócio paralelo”, disse.
Entre 2021 e 2022, o gás subiu cerca de R$ 104 em Mato Grosso do Sul, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para o período.
Segundo a empresa responsável pelo mapeamento dos valores dos combustíveis no país, em abril de 2021, os cidadãos de Mato Grosso do Sul pagavam em média cerca de R$ 5,61 por litro de gasolina normal; em 2022, a carga aditiva foi em média de R$ 7,35, um acúmulo de R$ 1,74 por litro de combustível.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, um tanque de gasolina médio tem cerca de 60 litros de combustível, por isso encher o tanque em 2021 cobra em média R$ 336,75, no ano passado o tanque cheio da gasolina normal em Mato Grosso do Sul cobra em média R$ 441,57, um acúmulo de 30% em relação ao último período.
No período, as investigações publicaram por meio do cadastro os custos de 87 postos de combustíveis distribuídos em Campo Grande (42), Três Lagoas (12), Dourados (10), Corumbá (8), Coxim e Nova Andradina (6), Ponta Porã (3).
O conhecimento de abril de 2021 levou em conta o de 184 postos de combustíveis, sendo 145 em Campo Grande e 39 em Corumbá.
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LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO
A expansão da economia brasileira acima das expectativas no primeiro trimestre de 2023 veio do dinamismo da agricultura, que acabou mascarando o menor consumo e a fraqueza do investimento produtivo em um contexto de juros muito altos.
De janeiro a março deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto) do país subiu 1,9% no quarto trimestre de 2022, segundo dados publicados nesta quinta-feira (1) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado surpreendeu analistas ao ficar acima da mediana das projeções, que indicava um acúmulo de 1,3%, segundo a Bloomberg.
O crescimento nos 3 primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também tem uma onda de revisões para cima das estimativas do PIB acumulado em 2023.
Agora, as projeções apontam para um acúmulo próximo ou superior a 2% até dezembro, algo que passou despercebido até pouco tempo atrás. Em 2022, o PIB cresceu 2,9%.
Apesar da surpresa positiva, a expansão da economia no primeiro trimestre de 2023 deve ser vista com cautela, dizem analistas.
Isso porque, segundo dados do IBGE, a funcionalidade está mais relacionada à agricultura, cujos efeitos se concentram no início do ano e tendem a se esgotar ao longo dos meses.
Com projeção de safra recorde do cereal, a agropecuária teve alta de 21,6% no PIB de janeiro a março. Esse é o maior acúmulo no setor desde o quarto trimestre de 1996, informou o IBGE.
Ao mesmo tempo, também do lado da fonte do PIB, o setor cresceu 0,6% e a indústria quase estagnação, com uma ligeira reposição negativa de 0,1% face ao quarto trimestre de 2022.
Por viés, o PIB impulsionado pelo comércio exterior, com concentração nas exportações de petróleo, minérios e alimentos, e por maiores estoques pelo componente da safra agrícola que ainda não foi exportada.
O consumo das famílias, por sua vez, desacelerou para 0,2% no primeiro trimestre, e o investimento produtivo na economia brasileira caiu para 3,4%.
“Um ponto de atenção é a taxa de investimento no PIB, que voltou a cair, para 17,7%, e possivelmente diminuiria as perspectivas para a economia de longo prazo”, diz Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter.
O ponto de interesse é apontado por analistas como um dos motivos para a desaceleração da demanda. Atualmente, a taxa Selic é de 13,75% ao ano, encarecendo o crédito a empresas e consumidores. De acordo com a avaliação do IBGE, houve um descolamento no comportamento do PIB geral e do consumo no trimestre.
“Esse é um PIB que conta a história de dois Brasis. Um é mais afetado pelo petróleo, apenas agrícola, mas também extrativo, e o outro é mais irritado com os juros”, disse Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
Após os resultados do primeiro trimestre, a MB elevou sua projeção acumulada do PIB para 2023. O acumulado projetado caiu de 1,3% para 2,1%. Existe a possibilidade de novas revisões para cima.
“O PIB do primeiro trimestre é uma exceção. Trata-se de uma forte expansão que deve se repetir nos demais trimestres deste ano”, disse a Vale.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE, cerca de 80% do 1,9% acumulado veio da agropecuária.
“As questões climáticas tiveram um efeito negativo na agricultura no ano passado e este ano esperamos uma safra recorde de soja, respondendo por cerca de 70% da safra do trimestre, com expansão da produção de mais de 24%”, disse Palis.
“A safra de soja está concentrada no primeiro semestre. Quando comparamos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre, vemos essa expansão expressiva da agropecuária”, acrescentou.
A pesquisadora Juliana Trece, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), acredita que os juros máximos têm pesado sobre a funcionalidade do PIB do ponto de vista da demanda e da indústria.
A funcionalidade robusta da agricultura, diz ele, se espalhou para setores como o Array. O aumento de 0,6% deveu-se ao aumento de 1,2% nas atividades de transporte monetário e marítimo.
“A safra afeta o transporte e o crédito rural influencia as atividades monetárias”, disse Treze.
“Os números acabam escondendo um pouco nossas fraquezas”, disse o economista.
A alta de 1,9% do PIB no primeiro trimestre veio após leve queda de 0,1% no quarto trimestre de 2022, segundo dados revisados pelo IBGE. Inicialmente, a atualização publicada pelo instituto para esse período era de retração de 0,2%. .
Além da retomada da agricultura, a era janeiro-março também viu a volta do Bolsa Família. O programa social substituiu o Auxílio Brasil, abrindo a opção de mais projetos de lei ao governo Lula.
“O consumo agora está mais relacionado ao consumo, em que os juros não afetam muito. Quando olhamos para esse consumo de valor agregado superior, ele não é tão bom. O interesse acaba tendo impacto”, diz Trece.
A economista do Itaú Unibanco, Natalia Cotarelli, diz que a entrada e o investimento têm sido menores do que as previsões da instituição, mas os números estão em linha com as expectativas, dado o atual ponto de ajuste.
“Temos um ambiente de desaceleração dos créditos, famílias comprometidas e atrasos elevados. Tudo isso corrobora uma desaceleração no consumo”, diz Cotarelli.
Com um PIB acima do esperado no primeiro trimestre, o Itaú Unibanco espera cumprir sua previsão para o ano até agora, mais recentemente em 1,4%.
O C6 Bank, por sua vez, disse que a estimativa de expansão econômica em 2023 passaria de 1,5% para apenas cerca de 2%, segundo relatório da economista Claudia Moreno.
O BC espera uma expansão de 1,2%, número que deve ser revisado ainda este mês.
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O plano de reativar a produção de carros populares ganhou nesta quinta-feira (1) o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele apresentou a última edição do programa no Palácio do Planalto, que será analisada por meio da Casa Civil.
O ministro revelou a data de lançamento. Segundo ele, a data contará com a agenda do presidente Lula e a superação de entraves burocráticos, como revisões do governo fiscal federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. No entanto, ele indicou que espera que a Casa Civil conclua o inquérito. da medida provisória nesta segunda-feira (5).
Haddad se limitou a dizer que o programa durará “cerca de 4 meses” e explicou que a redução da taxa de transitoriedade não terá efeito nos cofres públicos porque a fonte de investimento está definida.
“Chegamos a um acordo. É um projeto inteligente para o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], inteligente para a Fazenda. Os dois ministérios são muito bem vistos”, disse Haddad sobre o retorno do Planalto. Segundo ele, o pacote permanecerá em vigor até que os juros comecem a cair no Brasil.
“Este é um desafio limitado aos próximos meses para que não haja demissões. Acima de tudo há um temor maravilhoso pelo emprego na indústria automobilística e na cadeia [produtiva]. É uma coisa transitória, com preço explicado e tempo explicado”, explicou o ministro.
Segundo Haddad, Lula validou a fonte de recursos para financiar o programa. Segundo ele, o efeito final da desoneração será menor do que os R$ 2 bilhões anunciados inicialmente e será totalmente compensado. só tem efeito de não chegar a R$ 2 bilhões, mas também é compensado pelas medidas que tomei com o presidente da República”, disse.
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