A paixão pela aventura e pela natureza oferece oportunidades para pequenos negócios que se beneficiam da economia e do ecoturismo.

O som de folhas e pássaros chilreando são um lembrete de que o espaço entre as árvores é quase virgem, longe do barulho dos carros e do caos urbano em que outras pessoas estão imersas há meses pela pandemia.

Assim, o ser humano se reencontra com o ser humano através da caminhada ao longo do caminho e aguardando o desafio de descer de rapel por uma cachoeira. A adrenalina desperta e o centro pulsa rapidamente a aventura na natureza selvagem.

Essa é a situação que Mato Grosso do Sul proporciona para quem precisa misturar atividade física e belezas fitoterápicas. O turismo movimenta cerca de R$ 6 bilhões anualmente no estado e no país, um dos principais culpados pela expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O interesse pelo segmento também aumentou entre os brasileiros. A última edição do Boletim Brasileiro de Turismo Interno 2021 destacou que o ecoturismo e o turismo de aventura motivam 25,6% das viagens de lazer no Brasil, apenas a praia.

O resultado é superior ao de 2020, quando 20,6% foram para o mesmo tipo de destino e coloca o ecoturismo como a motivação que mais avançou no período.

Com perspectivas econômicas favoráveis, microempreendedores apaixonados por esportes apostaram na terra e criaram corporações que promovem o ecoturismo em Campo Grande e no interior de Mato Grosso do Sul com trilhas, ciclismo, rapel, canyoning e outras atividades.

Moisés Pinasso, Cristevan Veloso e Gilberto Gomes são pequenos comerciantes de Campo Grande que, desde muito jovens, exercem atividades estatais. Eles se beneficiaram de sua sabedoria na caixa e têm comerciantes, cada um iniciando seu próprio negócio no segmento que explora o turismo de forma sustentável (veja mais destaques abaixo).

As dezenas de destinos para os interessados surgem da capital para quem só precisa levar um dia para uma das mais de 50 cachoeiras da região, passando pelas belezas de Bonito e chegando aos confins do Pantanal, que foram palco da famosa novela que carrega o chamado do bioma.

Moises Pinasso e outros 4 amigos criaram a empresa “262 Aventuras” há 4 anos, em homenagem ao BR que os levou aos destinos preferidos para a prática do esporte. Inicialmente eles não planejavam adotar na área, mas viram que a chamada para o serviço parou quando os passeios do grupo atraíram os curiosos.

Eles compraram gadgets e começaram com pequenas equipes de clientes. Durante a pandemia, o serviço experimentou um boom de atendimento, já que as atividades subsequentes foram as primeiras a serem lançadas, antes mesmo das academias.

Portanto, o que os amigos viam como uma fonte adicional de renda passou a ter potencial para se tornar a profissão principal.

“Não havia baladas, não havia festas, não havia nada e naquele momento tudo estava se expandindo para nós. Os cursos que fizemos com cinco, fizemos com vinte clientes. Por causa da Covid-19 tivemos que dividir as equipes, levei dez e fulano levou dez. Uma vez eu saí em uma trilha com 3 equipes separadas para evitar desordem. Na época, foi uma grande expansão para a empresa”, lembra Moisés.

Os amigos aproveitaram a expansão da empresa durante a pandemia para investir permanentemente no negócio e compraram mais equipamentos de rapel. Eles também buscaram cursos de capacitação na área de gestão empresarial, marketing e segurança empresarial.

Além de Campo Grande, roteiros próximos mostram que Mato Grosso do Sul tem muitos lugares para explorar, como Jaraguari, Rio Negro, São Gabriel D’Oeste e Piraputanga, distrito de Aquidauana.

Segundo Moisés, os perfis dos visitantes variam, de jovens a idosos, de compatriotas a estrangeiros. Cada direção tem graus de dificuldade e os visitantes recebem dicas para tornar a aventura segura.

O trajeto mais barato, que custa R$ 80, leva às trilhas da Cachoeira do Céuzinho ou Inferninho e cobre seguro, almoço, passeio, fotografias e acompanhamento de um guia.

“Temos clientes que vêm uma vez por ano porque não têm tempo para sair do local de trabalho e há clientes que estão connosco quase todos os fins-de-semana. natureza”, diz o pequeno empresário.

A 262 Aventuras opera ultimamente com Moisés, sua esposa e outros dois clientes que se associam depois que seus amigos gostavam de seguir outras áreas. 80% das vendas.

“Dessa forma aprendemos a nos incentivar e fazer vendas por lá, então atendemos pelo site, WhatsApp, Facebook, mas o máximo de vendas está concentrado no Instagram”, explica.

A estratégia de vendas de Campo Grande é compartilhada por outros comerciantes de Mato Grosso do Sul. A pesquisa Transformação Digital dos Pequenos Negócios 2022 do Sebrae destacou que 85% dos pequenos negócios no estado utilizam o virtual para realizar vendas.

Nacionalmente, 35% das pequenas empresas dizem que mais de 20% de seus lucros vêm de canais virtuais.

A preferência por se desconectar do regime é o que motiva o artesão e pintor José Lucas, 32, a buscar fazer companheiros de aventuras na natureza. Chegou a fazer uma peregrinação de 40 km. Este ano ele descobre as trilhas que pretende percorrer. Deixe-o ir.

Entre os roteiros concluídos está o Morro do Ernesto, em Campo Grande, e os planos para o Morro do Paxixi, em Aquidauana, em breve.

Uma publicação de José Lucas em uma organização de caminhadas no Facebook para empresas de passeios gerou dezenas de comentários de outras pessoas interessadas em fazer amigos para novas aventuras. “Até agora, outras 3 pessoas entraram em contato comigo. Gosto de caminhar porque me sinto mais próxima de Deus”, explica.

O jovem Igor Bucinsky, de 25 anos, compartilha do mesmo sentimento de José Lucas e vai em busca de fazer amigos nas trilhas. Começou a praticar esportes há cerca de 3 anos, mas antes disso já fazia corridas de rua. A posição mais marcante que já visitou a cachoeira dos Pagos, em São Gabriel do Oeste, a 145 km de Campo Grande.

“É difícil encontrar alguém que goste de caminhar porque outras pessoas gostam de fazer compras, no entanto, eu já conheci outras pessoas que caminham antes. Sou corredor desde os 12 anos, então sou muito apegado a esses rolês e tudo o que vem com isso”, descreve.

É através da união de aventura, amizade e negócios que a empresa Trilha Extrema nasceu há cerca de nove anos. Cristevan Veloso, de 43 anos, juntou-se a uma organização de estudantes de ginásio com amigos para fazer caminhadas.

As pessoas gostaram da experiência, ligaram para outras pessoas e viram uma oportunidade de negócio na área. Estima-se que até o momento tenham atendido cerca de 15 mil pessoas a mais.

“Eu disse: ‘Tem uma empresa lá, tem uma oportunidade’, e aí começamos a pesquisar como as pinturas eram pintadas com rapel e trilhas. Começamos a promover embalagens e montar a estrutura. Nisso, nos tornamos pró e formais, fazendo as coisas porque até então era bastante informal”, lembra.

Com isso, a empresa buscou abrir o Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos), vinculado ao Ministério do Turismo. O registro é obrigatório para que americanos e empresas que operam no domínio e provedor atuem legalmente, de acordo com a Lei de Turismo.

O levantamento do Ministério do Turismo – Cadastro de 2022, destacou que Mato Grosso do Sul possui 37 empresas de turismo, sendo 30 microempresas (ME) e 2 empresas de pequeno porte (EPP).

A lista de serviços prestados pela empresa, que ultimamente é de propriedade de Cristevan e sua esposa, inclui tirolesa, salto de corda (pêndulo humano), trilhas, rapel e canyoning, que chega a cruzar cânions e está sendo reforçada em Mato Grosso do Sul.

Assim, o pequeno empresário implementou certificações, cursos de primeiros socorros e seguros para cumprir a lei do turismo e atuar na região.

“O aparelho terá que ser qualificado e hoje no Brasil pintamos com aparelhos com 3 certificações, duas estrangeiras e uma nacional, além das certificações da ABNT”, explica Cristevan.

A coordenadora de competitividade empresarial do Sebrae Mato Grosso do Sul, Isabela Montello, reforça a importância da segurança nos serviços turísticos, até mesmo um charme especial no caso dos turistas estrangeiros.

“Pode ter certeza que os turistas estrangeiros, quando vão para um destino, querem ter certeza de sua proteção, afinal, eles vão para um lugar desconhecido. A certificação do turismo de aventura através dos critérios da ABNT é a proteção que os turistas estrangeiros desejam. Obtendo essa certificação, você tem alguma outra possibilidade de localizar mercados maiores”, explica.

A longa experiência e as certificações permitiram que a Trilha Extrema atendesse consumidores com outros perfis, como turistas estrangeiros, o que mostra que as microempresas do Estado têm possibilidades de sucesso no mercado externo.

Uma das últimas da empresa foi para uma organização de chineses que refletiu sobre as paisagens naturais de Mato Grosso do Sul.

Quanto ao público interno, Cristevan explica que há muitos outros gaúchos das cidades próximas à capital.

“Por incrível que pareça, nosso maior público durante a pandemia foram médicos, enfermeiros e profissionais de saúde. Eles passaram momentos muito tensos dentro dos hospitais e depois na natureza se reconectaram”, diz Cristevan sobre seus clientes.

A enfermeira e instrutora de esportes de aventura Luciana Teixeira Braga, 27 anos, é uma das profissionais do fitness que gosta de estar em meio à natureza com regime agitado e horários escalonados.

Já fez mountain bike, trilhas de montanha e até voos de parapente e paramotor. O gosto da enfermeira pelo brincar remonta à infância.

“Desde que me lembro, faço caminhadas e esportes de aventura. Meu pai e eu temos uma conexão muito forte e bonita com a natureza, então ele tem sido meu apoio em todos os momentos. para me levar pelas trilhas, nadar nas cachoeiras e tudo que se possa imaginar de acordo com a idade”, lembra Luciana.

A mulher conta que tem gostado de atividades ao ar livre por causa da sensação de liberdade que lhe dá o envolvimento que a natureza proporciona. “Já moramos muito dentro de prédios, então, quando podemos, temos que ter esse jogo com a natureza”, diz.

Mato Grosso do Sul oferece outras oportunidades de turismo de natureza que podem se alinhar à inclusão, ao etnoturismo e à cultura.

A coordenadora de competitividade empresarial do Sebrae, Isabella Montello, acredita que o Estado tem uma coerência de mercados que consegue estimular o turismo. O especialista ilustra a aliança entre o Sebrae e os empresários, o corredor da cidade e as lideranças indígenas de Nioaque, a 183 km de Campo Grande, que criaram um roteiro para os 4 povos indígenas da cidade.

As pinturas do Sebrae no município são feitas como um componente do programa Cidade Empreendedora, iniciado por meio da Câmara Municipal para a economia local.

O projeto, que está em fase de consolidação, coloca à venda um percurso de 26 km que foi chamado de “Ciclocidades Étnicas” e uma mostra cultural, contação de histórias e exposição de artesanato.

Uma das intenções é dar ao convidado a oportunidade de conhecer a cultura indígena e impulsionar a economia e a fonte de renda dessas comunidades.

“Quando a gente comunica sobre ecoturismo, tem uma abrangência ampla, temos turismo, turismo étnico, turismo cultural, as chances para o estado são imensas”, disse.

Além de explorar a cultura e os costumes, o turismo também pode ser uma oportunidade de inclusão para outras pessoas com deficiência. O microempreendedor Gilberto Gomes, da Vertical Aventura, criou e executa o projeto de pintura voluntária para levar outras pessoas com mobilidade reduzida ao Morro do Ernesto, em Campo Grande.

A ação é uma parceria entre o microempreendedor e o dono do imóvel, que comprou a cadeira Julietti. O objeto, que custa cerca de 7 mil reais, é indicado para outras pessoas com deficiência e dá a elas a oportunidade de viver aventuras.

“O usuário se cadastra e fazemos um toque para levá-lo até a subida. Temos nossos voluntários. É ótimo porque existe uma cadeira Julietti em Mato Grosso do Sul e estamos fazendo a obra em colaboração com o proprietário do Morro do Ernesto”. Diz Gilberto.

Além do trabalho voluntário, a Vertical Aventura mostra que os pequenos negócios de Mato Grosso do Sul também estão explorando destinos fora do estado, impulsionando a economia de outras regiões e oferecendo aos cidadãos de Mato Grosso do Sul oportunidades de se divertir com novas culturas.

“Fazemos Serra da Canastra [MG], Paraguai, Bolívia, Rio de Janeiro. Agora vamos passar o Réveillon no deserto de sal da Bolívia. Em 2024, ele tem a tarefa de levar outras pessoas para a Chapada dos Veadeiros [GO] Recentemente fui lá conhecer e colaborar com os guias”, conta.

Em Mato Grosso do Sul, as pinturas em Campo Grande têm pacotes com valores iniciais de R$ 60. O roteiro inclui a fábrica deserta e uma antiga revisão de como os eletrodomésticos pesados ali colocados no meio da natureza e como essas roupas usadas se deterioraram através de pichações e da passagem do tempo.

A prática de atividades na natureza pode trazer benefícios para a preservação do meio ambiente e, no caso do ser humano, ajuda na aptidão intelectual e na sensação de bem-estar.

O estudo “A prática de atividades físicas na natureza em trilhas: efeitos positivos para os praticantes e o meio ambiente”, realizado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), mostra que vai além da caminhada: permite uma aproximação com a natureza e com os outros, encaixando um aprendizado social sobre o meio ambiente e o próprio enquadramento.

A organização Trilheiros CG foi criada há sete anos através de alguns amigos e hoje já conta com mais de cem participantes. A organização se reúne para corridas no âmbito urbano e fora da cidade, como colinas e montanhas.

Lígia Deknes, que faz parte da organização desde o início, diz que outras pessoas gostam de se reunir para praticar esportes e se reunir, o que está ajudando na integração dos componentes.

A ajuda mútua entre os participantes é outra característica que vem sendo cultivada ao longo dos anos, seja para ajudar um colega em um problema econômico, para ter sucesso em viagens ou para descobrir novos destinos.

“Tem outras pessoas que dizem que foram para Bonito correr, o jogo traz essa oportunidade para outras cidades. A gente forma um grupo, um começa a torcer pelo outro e quando você vê, já correu em vários outros lugares. “, descreve.

Além de unir brincadeira e amizade, a Trilheiros CG também conta com uma área para atrair consumidores dos integrantes da organização. Ely Magalhães começou a promover viseiras de corrida depois de se adaptar aos desempregados. Viu que funcionava e variou o estoque de produtos na pequena empresa que criou, a FR Deportes.

Corretora há nove anos, Ely tem o direito de decidir sobre produtos porque sabe o que é inteligente ou o que há de novo no mercado de Campo Grande.

“Comecei a procurar tudo o que os ciclistas gostavam ou não tinham aqui. Vi que só conseguia certos produtos em feiras em outros lugares quando viajava para correr e, naquela época, eu era o único que tinha produtos aqui. em Campo Grande”, lembra.

Ely estava andando em meio à tensão e acelerou quando viu outras pessoas correndo. “No começo tudo dói e depois vem a sensação de bem-estar”, descreve.

Assim como seu colega, o nutricionista Dylan Ayala prospecta os consumidores do grupo de caminhadas. Correu há dez anos depois de sofrer no final de um festival e continua a praticar atividade física até hoje.

“Faço netpaintings e encontro outras pessoas para prospectar através do esporte. Sou nutricionista clínico-esportiva e trabalho na caixa com uma visão sobre emagrecimento, funcionalidade e longevidade. Vida social e melhorar a aptidão física ou aspectos estéticos”, explica. . .

Cristevan e Gilberto procuraram os do Sistema S, como Sebrae e Senac, para se profissionalizarem e verem qual seria a tática para regularizar o trabalho.

Gilberto, por exemplo, pede educação ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

No caso de Cristevan, quando ele estava há quase dez anos, havia poucas corporações e elas não contavam suas experiências. Com o tempo, o perfil das corporações foi sendo substituído e novos interessados na caixa chegaram.

“Tiramos muitas coisas internas do Sebrae e foi isso que nos ajudou a formalizar o trabalho. E os outros foram procurá-lo, sabe, de negócio em trabalho”, lembra.

Cristevan lembra que, no início, havia poucos concorrentes, o que ele achava ruim para a empresa, já que começou a ter má imprensa, pois nunca houve vácuo devido à alta demanda. Foi assim que ajudou os colegas a investir na região. como foi o caso dos demais integrantes da 262 Aventuras que ganharam a recomendação da Trilha Extrema.

“Percebo que outras pessoas estão se desenvolvendo ao seu lado, não tem como você não crescer. Tento ajudar onde posso, sem perguntar nada, dizendo a ele como fazer, porque se ele fizer algo errado, eu farei, então prefiro que ele faça a coisa certa. “Explica.

Com experiência no mercado e a vontade da Array, Cristevan se tornou um representante do Sebrae para quem está começando no ramo.

“Acabei tendo que mudar para o Sistema S exatamente para fazer mais porque é complicado de fora. Como ele sabe que você é um competidor, ele acaba dizendo ‘ah, eu passo no concorrente e pergunto como eu faço'”. E você?’ No entanto, estando no Sistema S, ele não tem para onde correr e então podemos fazê-lo.

O Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul mostra que 2022 registrou o número de agências de turismo com cadastro ativo nos últimos 14 anos. No ano passado, o estado tinha 469 empresas, enquanto em 2019, no pré-pandemia, eram 387. Em 2007, início da série antiga, eram 411.

A coordenadora do Sebrae, Isabella Montello, explica que outros tipos de coisas são apresentadas aos comerciantes de Mato Grosso do Sul que precisam investir no segmento de turismo com assessorias, conferências, rodadas de negócios, treinamentos e até um método de acompanhamento rápido para alguns. mês.

“Temos uma parceria com a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, existe uma organização de mercado em que gastamos o máximo dessas respostas e há ofertas expressas”, disse.

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