Ouro Preto, Tiradentes, São João Del Rei, Congonhas. . . quando pensamos nas cidades históricas de Minas Gerais, pensamos sem demora naqueles lugares com arquitetura barroca que revelam parte do que foi o Brasil.
O fato é que a cidade tem sua história, mas estas, em especial, mantêm elementos vitais do patrimônio mundial e brasileiro, tangíveis e itangíveis, além de serem fortes atrativos turísticos para Minas Gerais.
Segundo o historiador do Iepha (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Minas Gerais), Luis Molini, quando falamos das chamadas “cidades históricas” nos referimos aos centros urbanos formados a partir do ano de 1700.
Assim, Ouro Preto, São João Del Rei, Mariana e muitos outros são oriundos do processo de formação do Estado de Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII.
A busca por riquezas, como ouro, prata e diamantes, e o aprisionamento de índios por escravidão foram as principais motivações para a apropriação dos territórios que conhecemos como cidades históricas de Minas Gerais.
Exploradores do Rio de Janeiro, de São Paulo e do nordeste começaram a aderir às estradas traçadas no passado pelos índios até chegarem às aldeias que continham o mineral. Nesse movimento, a pecuária e as plantações começaram como uma forma de provisão para outros. Gente que veio para cá.
“Essa dinâmica de entrar no território, de fazer uma varredura, de impedir por um momento, de abastecer e depois continuar, marca uma territorialidade. Lá são criados os centros urbanos e também onde você o mineral, que é o ponto onde o urbano está localizado. Houve explosões. “
Nessa dinâmica, alguns municípios evoluíram com foco na exploração mineral, como Ouro Preto, Mariana e Sabará, e outros, como São João Del Rei e Tiradentes, evoluíram para abastecer os centros urbanos. Nesses locais, a ênfase na pecuária e na agricultura.
As chamadas aldeias históricas são bem conhecidas pelo turismo, no entanto, esses lugares não nasceram turísticos. O procedimento de preservação desses locais iniciou-se apenas no século XX, com o conceito de constituição do patrimônio cultural brasileiro.
“A partir da preservação dessas cidades, há o que chamamos de um processo de conhecimento e exploração delas pela sociedade como um todo. Então, outras pessoas se aproximam desses espaços, e a exploração turística desses lugares começa a acontecer. “
Antes desse processo, houve um declínio da exploração mineral nas cidades mineiras, no final do século XVIII. Como resultado, muitas outras pessoas que viviam nos locais de exploração começaram a deixar esses lugares.
Naquela época, as regiões de origem cresciam em importância, fazendas gigantes que geravam queijo, cachaça, farinha, farinha de milho, entre outros alimentos.
Patrimônio cultural brasileiro e mundial, as cidades históricas de Minas Gerais são muito bons cartões postais do nosso estado. Resta a reminiscência da exploração do território, dos indígenas e dos negros, e da estrutura da identidade mineira como a conhecemos hoje. .
Hoje, Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Sabará e muitas outras cidades históricas de Minas Gerais são bem-vindas em cada esquina. Gastronomia e história são as joias desses lugares. A seguir, veja as principais atrações turísticas das cidades fundadoras do estado. de Minas Gerais.
Localizada em meio a montanhas de minas, Ouro Preto foi declarada monumento nacional em 1933. A cidade histórica denominada “Vila Rica”, além de ser a capital da província de Minas Gerais, criada através da Coroa Portuguesa para administrar esta região. .
Ouro Preto abriga muitos movimentos pela cultura brasileira, sendo um dos mais importantes a Inconfidência Mineira, em 1789. Edifícios do século XVIII feitos de espiga e espiga e adobe compõem as vielas e encostas da cidade.
O barroco mineiro realizado através do escultor Aleijadinho e do pintor Mestre Athaíde é a identidade de casas, prédios e igrejas. Praça Tiradentes, Escola de Minas, Museu da Inconfidência, Casa dos Contos e Igreja de São Francisco de Assis são os pontos turísticos.
“Ouro Preto talvez seja a cidade mais icônica de todas em termos de patrimônio cultural. É a primeira cidade preservada do Brasil, todo o seu centro histórico. Assim, os visitantes de Ouro Preto têm um conceito de como era a vida naquela época”, diz Luis. .
Entre os bens da cidade, o historiador destaca a igreja de São Francisco de Assis, cuja estrutura foi concluída no final do século XVIII, com elementos de gosto barroco e rococó do mestre Ataíde.
Outra posição que Luis Molini destaca é o Colégio Dom Bosco, antigo quartel de cavalaria. A festa de aniversário de Páscoa, com tapetes de serragem feitos nas ruas da cidade, e os chocolates de São Bartolomeu, no bairro de Ouro Preto, são outras atrações da região.
Igreja de São Francisco de Assis: bairro Antônio Dias, Ouro Preto. Visitas: terça a domingo, das 8h30 às 12h00 e das 13h30 às cinco horas | Sábado às 19:30 | Missas: domingo, às 19h Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ cinco (meia)
Escola Dom Bosco: Rodovia dos Inconfidentes, BR-356 – Cachoeira do Campo
Fundada para ser a capital da capitania de Minas Gerais, Mariana serviu por muito tempo como sede do governo estadual, segundo o historiador Luis Molini. Rainha Maria em Portugal.
Mariana tornou-se a médium devota das Minas Gerais do período colonial. Foi a primeira cidade planejada do estado e uma das primeiras do Brasil. O local preserva o casario colonial desse período, além de ter sido berço do pintor sacro. Manuel da Costa Ataíde.
É possível sair de Ouro Preto e Mariana no mesmo trajeto, já que a distância entre as duas localidades é de apenas 14 quilômetros. A Estação Mariana, a Praça Claudio Manuel e o Museu de Arte Sacra Mariana são algumas das atrações desta cidade histórica.
Os atrativos naturais também são o bastião de Mariana, como as cachoeiras Brumado, Serrinha, Cristal e Prainha. Os arredores da cidade abrigam cavernas e cavernas de grama, além de uma montanha para paraquedismo, o Pico da Cartuxa.
“Recomendo conhecer toda a cidade, é muito importante, mas destaco a igreja de Nossa Senhora do Carmo, que fica bem no meio da cidade e tem um tamanho muito gigante. É uma construção muito, muito bonita, feita na época parte do século XVIII”, explica Luís.
Igreja Nossa Senhora do Carmo: Praça São Francisco, Mariana. Horário de funcionamento: Terça a domingo: 9h às 12h e 13h30 às 17h00 Entrada gratuita
Fundada por volta de 1702, Tiradentes foi o povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes, Arraial Velho, Vila São José e, em 1860, tornou-se cidade. Em 1889, com a proclamação da república, o cargo passou a se chamar Tiradentes, em homenagem ao herói da inconfidência.
Em 1938, o Sphan (Serviço Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico) classificou o conjunto arquitetônico de Tiradentes. Construções como o Sobrado Ramalho, o Sobrado dos Aimorés Futebol Clube e a construção do corredor da cidade mantêm a arquitetura civil do século XVIII.
“Tiradentes, além de ter o Centro absolutamente preservado, a Igreja Matriz de Santo Antônio é uma coisa muito bacana que destaco de lá”, diz o historiador. “A própria Serra de São José, que é muito próxima e também é muito”, acrescenta.
A gastronomia, os monumentos, o artesanato, as casas, as atrações fitoterápicas, o calçadão Maria Fumaça e o festival de cinema de Tiradentes são as maravilhosas atrações desta cidade histórica de Minas Gerais. Trilhas e cachoeiras aguardam os turistas na Serra de São José.
Igreja Matriz de Santo Antônio: Rua Padre Toledo, 2 – Centro. Horário: Todos os dias, das nove às cinco da tarde. Entrada franca
Serra de São José: Antigo a Tiradentes, Santa Cruz de Minas
Fundada há mais de 3 séculos, Diamantina é também uma das cidades históricas de Minas Gerais que nasceu como uma pequena cidade até ser urbanizada e desenvolvida. Como o nome sugere, o local é uma fonte de exploração de diamantes, além do ouro.
Em 1938, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) classificou o conjunto arquitetônico do centro histórico da cidade. Organização Cultural).
“Separo o Passadiço da Glória, é um desenho azul que liga um espaço a outro na cidade, é muito característico. Fica na rua e se conecta com outra Array. Es uma porta muito atraente que atrai muitos escaladores, diz Luis sobre as questões para parar em Diamantina.
Outro patrimônio imaterial que o historiador destaca nesta cidade histórica de Minas Gerais é a profissão de Colecionador Semper-Viva. As flores colhidas são vendidas no Mercado Velho, no centro histórico de Diamantina.
Museus, cachoeiras, casarios, prédios históricos e igrejas com atmosfera interior são os que compõem Diamantina. O centro histórico de Diamantina, a Igreja São Francisco de Assis e o Beco da Tecla são os pontos turísticos imperdíveis da cidade.
“Ainda acho essencial, fora do centro urbano, se deslocar para Biribiri, fica a cerca de 15 quilômetros de Diamantina”, diz Luis. A vila abriga uma fábrica de tecidos, que funcionou entre 1877 e 1973.
“Tem igreja, cachoeiras, é um passeio muito agradável de se fazer e que vai trazer uma história dos primeiros momentos da industrialização, ainda no século XIX, das fábricas”, completa o historiador Iepha.
Passarela da Glória: Rua da Glória, 297/29, Centro – Diamantina. Visitas: Todos os dias, das 17:00 às 17:30 Entrada franca
Mercado do Velho: Praça Barão do Guaicuí, 171, Diamantina. Horário de funcionamento: Sexta-feira à noite venda de pratos | Feira de sábado de manhã
Habitada por volta de 1700, Serro, cidade histórica de Minas Gerais, foi explorada pela primeira vez para ouro e diamantes. Do Grande Serro do Frio, a posição passou a se chamar Arraial das Lavras Velhas do Hivituruí, depois Vila do Príncipe e, atualmente, apenas serro
A cidade abriga rios, córregos e cachoeiras, tendo como destaque o Rio Jequitinhonha. Serro tem uma herança antiga que reflete a principal fé da cidade: o catolicismo. Igrejas, capelas e casarões dos séculos XVII e XVIII constituem o cenário do local.
“A cidade do Serro tem todos os seus casarões monumentais muito bem preservados, igrejas, casarios, ruas, mas destaco o mais emblemático, que é a forma de fazer o queijo Serro, que é patrimônio imaterial das Minas e da Cultura do Brasil. , diz Luís.
Todos os anos, a vila celebra a “Festa do Queijo” para comemorar o queijo do Serro, na última semana de setembro. Sempre em homenagem à iguaria, a vila conta com o Salão do Queijo – Centro de Serviços Turísticos, no meio do Serro. A área é aberta à visitação
Trem – Ruá – Grife do Queijo: Adega de maturação de queijos. Endereço: Rua São José, 422A – Serro
Cooper Serro: Cooperativa dos Produtores Rurais do SerroEndereço: Praça Angelo Miranda, 26 – Centro, Serro
O domínio metropolitano de Belo Horizonte abriga uma das cidades antigas mais vitais de Minas Gerais: Sabará. O local foi um importante centro comercial na Estrada Real, por volta de 1700, e contribuiu economicamente para a luta pela independência, em 1822, e participou do ciclo do ferro.
O centro histórico de Sabará inclui igrejas do século XVIII, o Theatro Municipal (época mais antiga do Brasil), o Museu do Ouro, fontes e casarões de arquitetura colonial. A cidade é conhecida como a Terra da Jabuticada e da Ora-Pro-Nobis, uma planta típica de Minas Gerais.
“Todo o meio de Sabará está protegido, mas destaco a Igrejinha de Nossa Senhora do Ó, que é uma igreja muito pequena construída lá em 1717, coberta de ouro. É algo muito válido e bonito, e faz parte de uma hora de Belo Horizonte”, diz o historiador Luis.
Segundo Luis Molini, a cidade conta com restaurantes elegantes para apimentar a culinária mineira, além do festival da Jabuticaba, que acontece todos os anos para celebrar a fruta. Para saber quando será a próxima edição, fique ligado na página oficial do evento online.
Capela de Nossa Senhora do Ó: Largo do O – Nossa Sra. Visitas: quinta a domingo, das 8h às 17h. Ingresso: R$ cinco
“São João del-Rei é para mim um dos municípios mais charmosos em termos de conservação e adesão, porque outros dizem ‘ei, cadê o vizinho?E São João del-Rei é um município que consegue conciliar isso muito bem”. diz Luis
“Tem todo o seu patrimônio cultural e antigo preservado, mas é uma cidade que tem essa dinâmica de ter turistas e também sua população local”, completa o historiador do Iepha.
Em decorrência de conflitos e da passagem de navios na época da colonização, São João del-Rei foi vila em 1713, e logo depois foi elevada à categoria de cidade. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), outros recursos indicam que o município foi desmembrado de Ouro Preto.
O fato é que essa cidade histórica de Minas Gerais atrai, hoje, dezenas de turistas curiosos para perceber sua arquitetura barroca, sua infinidade de igrejas, o Memorial do Presidente Tancredo Neves, museus, cultura nas ruas, a estação de exercícios com festa de formatura Maria Fumaça e muito mais.
“Lá destaco a Igrejinha de São Francisco de Assis, que fica bem no meio e é uma igreja monumental. Acho que é conhecer o traçado do próprio Centro e as pontes que ele tem”, completa Luis Molini.
Igreja São Francisco de Assis: Praça Frei Orlando, 150 – Centro (entrada pelo portal lateral). Visitas: Segunda a sábado: das nove às cinco da tarde. | Domingo: 8h00 às 14h30 Ingresso: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (estudante ou acima de 60 anos)
E por último na lista de cidades históricas de Minas Gerais, mas não menos importante, Congonhas abriga um dos maiores acervos arquitetônicos e artísticos de arte civil e devota do estado de Minas Gerais, segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O chamado do povo vem da planta Congonha, presente nos campos locais, e da palavra Congõi, da etimologia tupi-guarani, que “quem sustenta, quem alimenta”. O Santuário do Sr. Bom Jesus de Matosinhos, Passos da Paixão e os profetas executados através de Aleijadinho são os destaques do concelho.
“Em Congonhas, destaco o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, acho que é o clássico máximo. Tem aquelas estátuas do Aleijadinho na praça pública ao redor da igreja, acho que esse é o monumento mais conhecido que também tem valor de visita”, diz Luis.
O historiador destaca ainda outros patrimónios para visitar, como o Centro Cultural de Romaria, que faz parte do complexo Bom Jesus do Matosinhos, e a capela de Nossa Senhora da Soledade, em Lobo Leite, distrito de Congonhas.
“Para outras pessoas que precisam explorar e se deleitar com o turismo, se entrarem na cidade, haverá várias igrejas, capelas, várias pérolas que valem a pena visitar”, diz Luis Molini.
Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos: Praça do Santuário, S/n – Centro. Visitas: terça a domingo, das 6h às 18h | Segunda-feira de manhã Entrada gratuita
Estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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