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De coração acreense, Guilherme Miguel mora no Acre há 20 anos. O dirigente, formado em letras e pós-graduado em gestão pública, abriu na manhã desta quarta-feira sua íntima troca verbal com a coluna Douglas Richer, do portal ContilNet (28), dia em que se celebra o Orgulho LGBTQIAPN. O dirigente de 38 anos é casado há nove anos com Rodrigo Oliveira Sena, de 34, e eles moram na comunidade Calafate, em Rio Branco, no Acre. Guilherme é pai de nove filhos de Esther Brandão Texeira, de 19 anos, e hoje divide a guarda com a ex-mulher e conquistou todos os seus cônjuges desde o nascimento da filha, quando também assumiram o relacionamento.
Miguel expôs suas fraquezas em uma troca verbal emocionada com esse cronista e mostra que o reprimiu por acreditar e seguir a recomendação da fé que frequentava. No processo, o funcionário teve uma relação direta, que resultou no nascimento de sua filha. Em conversa verbal com este colunista, Guilherme Miguel confidenciou sua carreira:
“Bem, eu sou de São Paulo e moro no Acre há 20 anos. Vim morar aqui em 2003, e sou evangélica, vinda de uma instituição muito rígida. Eu conhecia minha sexualidade, mas com os ensinamentos da igreja, passei a acreditar que como a igreja pregava que emoções dessa natureza eram coisas ruins, isso aconteceria com o tempo e até com o casamento, contemplando que eu nunca tinha tido um encontro com nenhum menino e nem com um Woguy. (rsrs).
Enfim, em 2006 me deram para casar com uma mulher da igreja aqui em Rio Branco, todo o círculo de parentes dela mora lá. Moramos lá por 6 anos, havia uma rede da mesma igreja e lá eu ajudava outras pessoas da igreja, oferecendo apoio, oferenda e tudo mais.
Em 2013, chegamos aqui em Rio Branco e passamos um ano em Sorocaba, minha cidade. Quando 2013 passou, ela engravidou e no início de 2014 voltamos para Rio Branco. Foi uma surpresa muito grande, porque já estávamos casados há 7 anos e tínhamos uma filha. Ele não planejou nada, foi uma surpresa. No entanto, muito satisfeito com o sentimento de ser pai, ele raramente está?!(MDR).
Minha filha nasceu em junho de 2104 e continuamos nossas vidas aqui em Rio Branco. Com altos e baixos no casamento, contemplando que todos esses anos de convivência não foram fáceis, sendo mais duas pessoas com absolutamente outra não-publicidade e tendo essa guerra interna nesse assunto não público. Mas lembre-se que eu nunca tinha me relacionado com ninguém do mesmo sexo ou o contrário. Ela foi meu primeiro relacionamento”, disse ele ao ContilNet.
Em uma nova etapa, após passar pela experiência do casamento e da paternidade, o funcionário encontrou uma nova paixão, em um ambiente enganoso e absolutamente confuso para espalhar o sentimento, devido aos “ensinamentos” ensinados pela referida doutrina. Guilherme descobriu que havia se apaixonado por um rapaz dentro da igreja que frequentava.
“Quando foi julho de 2014, viemos morar aqui na comunidade onde moro ultimamente e, na igreja daqui, conhecemos vários irmãos da igreja, acrescentando Rodrigo, que hoje é meu marido (rsrs). Todos nós nos tornamos amigos muito inteligentes, no entanto, sem qualquer intenção, reconheço que tal coisa nunca passou pela nossa cabeça, (rs). Com o passar dos dias, a amizade entre nós foi se tornando muito forte, conversamos mais e mais a cada dia e nos conhecíamos muito. Mas com amizade e respeito. “
“Tenho sido uma pessoa muito determinada e consciente. Enquanto eu estava na igreja, eu era igreja, não havia meio termo. Eu fui claro, os 20 anos que eu passei na igreja, eu me comprometi com isso, eu fiz a minha parte. Em nenhum momento me desviei. Porque muitas outras pessoas podem pensar: “Eu estava na igreja, mas estava enganando outras pessoas”. Mas nunca. Eu não tenho essa capacidade. Estou prestes a terminar (rsrs). “
“Depois, quando vimos que estava começando a ficar muito forte, conversamos e tentamos nos distanciar. No entanto, a sensação já estava lá e seria muito difícil. Até a gente conversar, eu falei: ‘Sem amarras, eu sou casado’, somos os 2 da igreja e não podemos ficar assim. “Tomei a decisão, está na hora de terminar meu casamento. É agora ou nunca (rsrs). Já fazia muito tempo que eu não ia bem, problema mesmo”.
Em uma conversa verbal com este colunista, Miguel disse que acrescentou aos paroquianos e sua esposa o carinho que sentia por Rodrigo, seu atual companheiro, que frequentava a mesma doutrina.
“Liguei para os irmãos da igreja, liguei para minha esposa e disse: ‘Vou me separar da minha esposa’. Os brothers relataram que ele não deveria, de qualquer forma, essa história total. Até que eu expliquei para eles que ele é um menino e não um woguy, porque na cabeça dele, eu deixo minha esposa para outro woguy e não um menino. Até que desistem. (MDR)”.
“Eles aprenderam que eu não estava abandonando minha filha, eu estava apenas me separando da minha esposa, porque ela também tinha o direito de ser feliz. Me separei em novembro de 2014, quando minha filha tinha cinco meses. Foi fácil? Muitas provações pela igreja. Como esperado! Não deixei minha filha em nenhum momento, mesmo sendo um banho nos braços, viemos aqui buscá-la, dando toda a ajuda para ela”.
Guilherme contou ao ContilNet sobre seu regime com a filha e o marido em uma entrevista. Questionada por meio da colunista sobre como trata o marido, a funcionária respondeu: “Uma vez que ele deitou entre nós, ele colocou uma mão em mim e outra no Rodrigo e disse: ‘Dois pais’. É demais”, disse animado.
“Estivemos lá desde o dia em que saí de casa até hoje. Ela cresceu e tem se afeiçoado cada vez mais a gente (rsrs). Ele teve a nossa ajuda em tudo. Ele tem um peso sobre o tio Rodrigo. Ele é um garoto glorioso, nunca tivemos problemas. Todos os anos, no aniversário dela, ela precisa comemorar conosco. Estamos fazendo isso desde o primeiro ano. Então, para ela, é a família dela. “
“Ela é a nossa alegria. Ambos são companheiros muito inteligentes em tudo. Tudo o que ela gosta de fazer com ele, ajudá-lo a fazer as coisas. Eles brincam como crianças (rsrs). E ele é inteligente em coisas, como, eles fazem coisas para fazer seu cabelo, maquiagem, tirar fotos, fazer vídeos. Tudo que ele gosta (rsrs). Ela adora fotos, então ela é do estilo (rsrs). E ela adora.
Também perguntei ao funcionário público como foi a troca verbal sobre ter um parceiro homossexual como pais e se a mulher estava sendo agredida por ter pais homossexuais, e Guilherme revelou que a mulher já havia vivido a situação: “Ela nunca perguntou, uma vez lá atrás ela disse que uma amiga tinha contado para ela sobre dois homens em combinação e ela simplesmente disse que estava tudo bem, Porque ele tinha dois pais. Ele nunca se perguntou por que nada. Claro, agora que ela tem nove anos, ela está começando a perceber melhor, ela raramente é muito ela?!”Mas, até agora, ele nunca questionou e o tratou bem. “
“Em casa ele já sabe que eu sou culpado de algumas coisas e Rodripass de outras (risos). Quando a gente desmaia, ele já sabe que o cabelo, a maquiagem, a roupa contam só para ele. Eu já estou correndo em outro lugar. Ele diz: “Que roupa você vai usar?”, e ela responde: “Vou consultar o tio”. Segundo a funcionária, eles nunca sofreram preconceito nas ruas do Acre ou por meio de suas famílias: juntos, com ela, e nunca sentimos nenhum tipo de vergonha. Não tive nenhum desafio com minha família, eles adoram o Rodripass. Meus pais e todos. Eu até pensei que seria mais difícil, mas acabei inesperadamente (risos). “
Encerrando a troca verbal com nossa coluna, Guilherme Miguel também comentou sobre o projeto de guarda conjunta de sua filha Esther Brandão, junto com seu companheiro, Rodrigo Oliveira: “Nossa guarda é compartilhada, eu e minha ex-mulher, mas nunca tivemos nenhum problema. Eu pago uma pensão todos os meses, no entanto, nós fornecemos todos os apoios obrigatórios. E especificando que hoje mora com a mãe. Foi um caminho muito complicado para chegar até aqui. Mas hoje posso dizer que somos uma família satisfeita. “
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