Narcotráfico, destruição ambiental e violação de direitos

O tráfico internacional de drogas e algumas de suas consequências, como conflitos armados, violações de direitos humanos e deslocamentos forçados, tendem a contribuir para a destruição do meio ambiente, afetando principalmente os grupos populacionais mais vulneráveis. A conclusão está refletida no Relatório Mundial sobre Drogas 2023. , publicado através do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) na segunda-feira, 26, Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas.

De acordo com os editores, o desenvolvimento de drogas ilícitas está exacerbando crises globais convergentes, desafiando governos em todo o mundo. O relatório também destaca o cenário na Amazônia, onde, segundo especialistas, o tráfico de drogas é combinado com outras atividades ilícitas que destroem o meio ambiente. como grilagem, extração ilegal de madeira, garimpo em unidades de conservação e outros crimes ambientais.

“Na bacia amazônica, a economia [atividade relacionada à produção e venda] de drogas ilícitas na região está expandindo suas atividades criminosas para outros segmentos, como extração ilegal de madeira, garimpo ilegal, ocupação ilegal de terras, tráfico, entre outros — que prejudicam o entorno da maior floresta tropical do mundo”, dizem os especialistas.

Ainda na falência sobre a investigação da ligação entre tráfico de drogas e crimes ambientais na Amazônia, especialistas do UNODC apontam que os quadros de organizações submetem povos indígenas e outras comunidades clássicas amazônicas, como as ribeirinhas, a deslocamentos forçados e maior exposição. à violência, além de outras circunstâncias destrutivas, como, por exemplo, o aumento da ameaça de envenenamento por mercúrio, substância usada incontrolavelmente no garimpo ilegal. Além disso, na região, “os defensores do meio ambiente são alvos expressos de traficantes de drogas e grupos armados”.

“Queremos intensificar as respostas às redes de narcotráfico que se aproveitam dos conflitos e crises globais para expandir o cultivo e a produção de drogas ilícitas, especialmente as produzidas pelo homem, alimentando os mercados ilícitos e causando mais danos aos americanos e às comunidades”, disse. A diretora executiva do UNODC, Ghada Waly, em nota publicada por meio da entidade.

Após analisar estatísticas globais, especialistas do UNODC estimam que mais de 296 milhões de pessoas foram alimentadas com algum tipo de substância ilícita em 2021. Se confirmado, o resultado representa um aumento de 23% em dez anos. Ao mesmo tempo, o escritório da ONU estima que cerca de 39,5 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de transtorno por uso de drogas, um aumento de 45% em dez anos. Destes, apenas um em cada cinco obteve tratamento suficientemente bom, evidenciando lacunas e disparidades no acesso ao tratamento e a medicamentos controlados.

“A disparidade é especialmente significativa entre o norte e o sul do mundo e entre áreas urbanas e rurais, com algumas outras pessoas sofrendo mais do que outras com os efeitos negativos das drogas”, argumentam os especialistas, que defendem a precedência do fortalecimento das redes públicas de ginástica. Eles apontam que, sem estruturas bem desenhadas, o acesso a ingredientes psicoativos expressos para tratar doenças intelectuais e transtornos por uso de drogas “pode ser muito limitado para aqueles que não têm cuidados, levando pacientes a hotéis para mercados ilegais ou, inversamente, ingredientes psicoativos podem ser desviados para fins não médicos”.

O texto completo do Relatório Mundial sobre Drogas 2023 está disponível no site do UNODC. Alguns capítulos já estão disponíveis em outros idiomas, como o espanhol.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *