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O mapa da violência contra a mulher no Acre continua apresentando números alarmantes. Em um estado de cerca de 900 mil habitantes, 9,3 mil casos de estelionatários contra mulheres e 57 casos de feminicídio aguardam julgamento na Justiça. Entre os processos, são 6,7 mil em Rio Branco e 1,1 mil em Cruzeiro do Sul.
O número mostra que o Acre ainda está acima da média nacional de estados onde a maioria das mulheres é morta apenas por serem mulheres, apenas Mato Grosso do Sul (3,5), Rondônia (3,1) e Mato Grosso (2,7) e se encaixa no momento máximo de violência na região Norte contra as mulheres.
O conhecimento vem do relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que constatou que mais de 50,9 mil mulheres sofreram violência em 2022 e foram divulgadas na semana passada por meio do Tribunal de Justiça do Acre. Entre os processos, são 6,7 mil só em Rio Branco e 1,1 mil em Cruzeiro. do Sul.
Outro conhecimento revelado é que a maioria das mulheres vítimas de violência doméstica é negra e que a área com maior número de crimes violentos ainda é o próprio apartamento e pela primeira vez o ex-companheiro aparece como o grande agressor com mais de 31 anos.
Entre os tipos de violência, segundo o relatório “Visível e invisível: a vitimização da mulher no Brasil. , 4ª edição – 2023”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, das mais de 50. 962 mulheres que sofreram violência de forma consistente em 2022: 28,9% sofreram algum tipo de violência ou agressão, o equivalente a 18,6 milhões de mulheres. somando 14,9 milhões por ofensas verbais; US$ 8,7 milhões por assédio a ladrões; 7,6 milhões por chutes e socos (14 mulheres agredidas por minuto); 3,5 milhões por espancamento ou tentativa de estrangulamento; e 3,3 milhões por ameaças com facas ou armas de fogo.
A juíza Eva Evangelista, coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Violência Doméstica e Intrafamiliar (Comsiv), responsável pela formulação e implementação de políticas judiciais de combate a esses crimes, diz que as atividades educativas são para fornecer dados para que outros jovens possam identificar a burocracia da violência e, assim, romper com a naturalização do machismo e do preconceito de gênero.
“É vital que outros jovens tenham consciência dos outros tipos de violência, alguns dos quais podem não ter consciência ou ter apenas uma sabedoria superficial e que eles tomam como garantidos. E não há normalidade na violência. Essa violência que começa nos lares e se espalha pela sociedade. Essa é uma oportunidade excepcional, porque concebemos em uma assembleia da Rede de Proteção querer não só tomar nota das sentenças dos julgamentos, mas também dessa conscientização”, diz o magistrado, que é o decano do tribunal.
Para a juíza titular da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, Shirlei Hage, há um desejo premente de ampliar as estratégias de prevenção. O feminicídio terá que ser uma ideia de prevenção, ou seja, por meio da educação. Infelizmente, existe muito esse fator machismo e isso faz com que essa cultura também infecte crianças, outras gerações. É difícil, porque pintamos muito e ainda, mas infelizmente ainda temos esses efeitos e o Acre é o estado com o maior número de feminicídios, proporcionalmente”, concluiu.
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