Menu
metropolismetropoles. com
04/07/2023 02:00, atualizado em 04/07/2023 02:00
O Brasil assume, nesta terça-feira (7/4), a direção semestral do Mercosul, com o compromisso com a integração regional e a proposta de um controle com “resultados concretos”, segundo o Itamaraty. A escala do bloco econômico tem tensionado as agendas monetárias, no entanto, uma das grandes apostas do governo brasileiro para os próximos meses é destravar o frouxo acordo industrial com a União Europeia, parado há duas décadas.
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, ainda há acordos de nível complexo que prometem assessorar as discussões do bloco econômico nos próximos meses.
Entre eles estão: um tratado com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), organização de países do continente que não fazem parte do bloco europeu – Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein; com um acordo industrial com Singapura e outro com o Canadá.
A lista também inclui negociações econômicas com a Indonésia e o Vietnã. No entanto, segundo o Itamaraty, elas são menos complexas que as anteriores.
Saiba mais sobre acordos em etapas complexas de negociações:
O frouxo acordo industrial entre os dois blocos é negociado desde 1999 e assinado 20 anos depois, no início do governo de Jair Bolsonaro (PL). Mas ainda não foi ratificado; e não entrou em vigor.
Para isso, o texto precisa ser aprovado por parlamentares de todos os países-membros dos dois blocos econômicos, além de passar por processos internos de ratificação.
Se concluído, o documento criará a maior área de livre indústria do mundo, englobando 32 países, sendo 27 da União Europeia e cinco do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, possivelmente, a suspensa Venezuela.
A proposta acrescenta mais 780 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) combinado de US$ 20 trilhões (R$ 100 bilhões).
O principal objectivo do acordo é a eliminação das barreiras industriais, pautais e não pautais entre os países em causa. O objetivo é desenvolver a indústria e estimular o crescimento econômico.
O documento também inclui questões semelhantes à propriedade intelectual, compras governamentais e expansão do investimento estrangeiro. Quanto ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão ganhos de quase US$ 100 bilhões até 2035, segundo a Apex-Brasil.
A complexidade econômica do fator e a imposição de restrições e obrigações por parte dos países europeus protecionistas têm dificultado o avanço do tratado. Em maio, o bloco enviou uma carta de acompanhamento impondo sanções econômicas imagináveis por descumprimento de medidas ambientais. A proposta tem causado mal-estar dentro do governo brasileiro, que contempla uma contraproposta.
O acordo entre Mercosul e Cingapura é negociado desde 2018 e foi concluído em julho de 2022, após seis rodadas de negociações iniciadas em 2019. Ambos os blocos, no entanto, ainda estão em processo de revisão jurídica do acordo, para que ele possa ser enviado para assinatura e eficácia.
De acordo com o site oficial do bloco sul-americano, o tratado é o primeiro a ser assinado com um país do Sudeste Asiático e permitirá ampliar os fluxos industriais, maior previsibilidade das disciplinas de moda e maiores situações para a consolidação de investimentos.
“Cingapura é um dos principais provedores de capital do mundo, com um potencial maravilhoso para investidores, cujo orçamento de riqueza soberana está entre os 10 mais sensatos do mundo”, disse o Mercosul em nota.
As negociações entre Mercosul e Canadá sobre um acordo industrial começaram em 2003 e, um ano depois, negociações reais. Após 3 rodadas, no entanto, as conversas foram paralisadas por divergências entre os envolvidos.
Anos depois, em 2012, a discussão foi retomada com a inclusão de novos temas, e em 2018 as conversas foram oficialmente retomadas. Além das questões relacionadas ao comércio, os blocos também colocaram temas como concorrência, práticas regulatórias, movimentações de pequenas e médias empresas. Médias empresas na ordem do dia.
Há também sistemas voltados para povos indígenas, meio ambiente, ativos intelectuais e compras governamentais (o Brasil entende que o governo estimula a indústria nacional por meio dessas compras.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo!Basta navegar até o canal: https://t. me/metropolesurgente.
Todos os direitos reservados
Quais assuntos você gostaria de receber?
Desbloquear notificações