Juiz rejeita pedido de advogado para cancelar ordem de funcionamento do Gaeco

Um advogado de Sidrolândia teve negado um pedido de medidas cautelares, a fim de anular o mandado de busca e apreensão cumprido no local de trabalho da Operação Engano. para ganhar licitações da Câmara Municipal.

Na decisão, o juiz José Ale Ahmad Netto insistiu que, neste caso, a medida cautelar deve ser indeferida. Isso porque as investigações do advogado se concentrariam em seu namoro com as empresas investigadas, e não no advogado.

Além disso, teria sido uma coincidência, de modo que não seria necessário que uma disposição da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) fosse fornecida no local de execução do mandato.

Em despacho, os delatores decidem sobre relatos vencidos de que o réu se conhecia como advogado de acordo com o mandado, mas isso não é decisivo para a busca e apreensão.

O mandado foi executado para apurar os crimes de fraude nos processos licitatórios, “não havendo relação com o momento em que a carreira de advogado foi exercida por meio do paciente, exceto, ainda, a imaginante coincidência do uso dos endereços fornecidos para também exercer a função”.

A sentença é aguardada, com os votos dos demais desembargadores da 2ª Câmara Criminal, para julgar o pedido. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) emitiu nota, afirmando que o acusado se identificou como advogado até o fim da investigação.

Também que a carreira de advogado não influencia nas investigações, já que ele designou como “laranja” no esquema de fraudes em licitações que envolve as empresas de Sidrolândia.

O anexo indica que o advogado informou que o local de trabalho estava lá e solicitou a presença de um representante da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Filial Mato Grosso do Sul), mas que ele havia sido ignorado.

Um computador, dois celulares, documentos e R$ 7 mil em dinheiro foram apreendidos no local. Em seguida, é pedida medida cautelar sob o argumento de que o advogado “padece de vergonha ilegítima, tendo em vista que seu direito foi violado”.

A denúncia também contém dados de que o local de trabalho fica nos fundos da empresa, alvo de mandados de busca. No relatório do Gaeco, informou que o réu se apresentou como advogado, mas não mostrou o cartão da OAB.

“No local, não há nenhum documento que comprove a atividade legal”, diz o documento.

O esquema de propina nas entregas do município de Sidrolândia atinge empresários da cidade, que falsificavam documentos de empresas concorrentes, para garantir que fossem contratados. Mesmo assim, sem estrutura, essas corporações terceirizaram o valor pelo qual ganharam milhões de reais de dinheiro público.

Uma investigação por meio do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) também aponta a participação de pelo menos 4 no esquema fraudulento. Um deles, inclusive, ganhou um pedido de prisão preventiva.

No entanto, os pedidos de prisão não foram atendidos. De acordo com o documento em que se basearam os pedidos de prisão e busca e apreensão, a Operação Engano, o esquema de propina começou em 2017.

Dessa forma, as empreiteiras se apropriaram do mérito do CNPJ para participar das licitações, mesmo sem qualquer experiência, disposição ou capacidade de executar ou fornecer os contratos firmados.

Ainda de acordo com o documento ao qual a Midiamax teve acesso, na fase de investigação foi solicitada a supressão do sigilo telemático e da nuvem de dados do pesquisador. Em consequência, foram identificadas irregularidades em determinados concursos.

Por exemplo, em um leilão presencial para contratar uma empresa de materiais de construção, elétrica e hidráulica, foram descobertos erros ortográficos em documentos enviados por outras empresas. São palavras como “filmar e tomar banho”.

Para a acusação, isso se refere à montagem do procedimento. Também foi constatada a ausência de assinaturas na ata da reunião por meio de empresas não premiadas. A empresa Rocamora participou deste leilão, apesar de ter sido inaugurado um mês antes. .

Em outro caso, uma carta-convite para contratar podas de árvores no município contou com o envolvimento de uma empresa de lava-jato, que pode nem mesmo fornecê-las por falta de estrutura.

Também na nomeação aparece uma empresa operando na caixa de fumigação. O que o MPMS apurou é que essa corporação foi consultada por meio de um dos outros depoentes para realizar a fumigação do cemitério.

Com base na proposta de preço, o documento teria sido fraudado e usado na cotação da oferta à prefeitura, por meio do grupo de criminosos. A funcionária da empresa disse que não participou deste evento.

Também no caso de um leilão presencial, foi aberto um edital para alugar uma empresa para lavar as pias. Uma das empresas também tinha um documento fraudulento, posteriormente identificado.

Para o MPMS, as corporações formaram uma organização para garantir que vencessem, mediante acordo prévio, o leilão em Sidrolândia. Assim, desviaram dinheiro público.

Mais do que fraudes, as corporações contaram com a participação de pelo menos 4 funcionários, conhecidos nas investigações. Assim, no passado ajustaram o interesse de baixar um contrato inteligente com o município.

Os documentos demonstram um vínculo entre os demais respondentes, por meio da troca de dados entre eles, que deve ser sigiloso. Estes vêm com propostas valiosas, documentos privados, selos corporativos e elementos envolvendo estilos de vida de “conspirações” e negócios ilegais. entre as pessoas envolvidas.

Os 4 servidores em questão são acusados de corrupção passiva. Um na época chefe do setor de execução e fiscalização da prefeitura, em 2020. Ele teria ganhado R$ 2 mil da empresa Rocamora no Pix.

O outro servidor, que havia sido alvo de um pedido de prisão preventiva, ganhou cerca de R$ 7. 500 da mesma empresa. Ele atuava como fiscal de contratos e também culpado de certificar notas fiscais.

Ele chegou a dizer que, em contrato com a empresa pesquisada para a origem dos sacos de lixo, assinou as notas fiscais apesar de 30 mil produtos não terem sido entregues.

Outro servidor ganhou outros R$ 4,6 mil de um empresário, também em 2020. Ele foi membro da comissão de licitação naquele ano. Por fim, um quarto trabalhador que trabalhava no setor de compras está sendo investigado por ter realizado pesquisas de valor entre as empresas pesquisadas.

Isso porque ele já fez as pesquisas sabendo que aquelas corporações sequer tinham capacidade técnica para serem contratadas. Segundo a prefeitura de Sidrolândia, os servidores foram afastados após a operação.

O Jornal Midiamax informou que em apenas 4 dias, somando no mesmo dia da ação do Gaeco, a empresa garantiu pelo menos R$ 900 mil em 3 minutos de registro de valor divulgado pela Câmara Municipal.

Isso significa que a empresa venceu o festival e se qualificou para estocar tecidos no valor de cerca de R$ 1 milhão. Além de garantir a bola, a Rocamora já faturou mais de R$ 2,3 milhões em valores pagos pelo corredor da cidade. a partir de 1º de janeiro de 2023.

Os valores estão incluídos nas despesas do corredor da cidade mostradas no portal de transparência do município. A reportagem apurou que, do início do ano até agora, muitas ordens de serviço de 8 contratos assinados com a empresa foram pagas.

Em apenas um dos contratos, a Rocamora já arrecadou R$ 1,5 milhão para a origem de tecidos e como instalação elétrica, despensa e produtos de higiene.

O que chama a atenção na datação do corredor da cidade com o que o Gaeco investigou é que o setor de atuação da empresa é diverso. A Rocamora fornece desde alimentos para alimentação escolar, materiais de serviços de serralheria, manutenção de ar-condicionado e até materiais de vidro para a Prefeitura de Sidrolândia.

Essa variedade no setor da empresa é um dos motivos que levaram os agentes da Gaeco a investigar muito bem as contratações da empresa.

Vale ressaltar que, de acordo com o relatório, todos os elementos desses avisos de registro de valor foram fornecidos por meio da empresa. O TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) também controla as licitações.

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