06 Julho 2023
A Polícia Federal e o governo paraguaio realizaram uma primeira operação nesta sexta-feira, 30, para tentar capturar o megatraficante Antônio Joaquim Mota, conhecido como Motinha ou Dom, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, na checagem de campo vizinha. Poucos dias antes da operação, um vazamento de informações, aos olhos da PF, permitiu que Dom escapasse de helicóptero de sua fazenda no lado paraguaio. Apesar disso, seis integrantes da organização foram presos.
Segundo a PF, o traficante coordena uma organização paramilitar de criminosos a serviço do tráfico de drogas estrangeiras. A organização inclui paramilitares brasileiros e estrangeiros com experiência em conflitos no exterior, recrutados por sua experiência.
A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em operação policial simultânea em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Prisão de Dom, PF afirma ter conseguido desmanche
A operação foi batizada de Magnus Dominus (Todo-Poderoso, em latim), uma referência ao líder da organização criminosa que se autodenomina “Dom”, uma referência a Dom Corleone, do filme “O Poderoso Chefão”. “Para permitir a execução simultânea das medidas no Paraguai, foi estabelecida intensa cooperação policial direta com as autoridades paraguaias, inclusive com a participação do Ministério Público Federal”, disse a PF em nota.
O Estadão apurou que o governo brasileiro suspeitava de vazamentos de dados sobre o lado paraguaio da operação. No dia anterior, um helicóptero pousou na parte externa da fazenda e permitiu a fuga do traficante. Este é o momento que ele controla por escapar. la véspera de uma operação primária.
Antônio Joaquim Mota é o atual líder do chamado “clã Mota”, organização criminosa que no passado atuava no contrabando de cigarros, aparelhos eletrônicos e hoje é especializada no tráfico de drogas para o exterior. Conta-se que Motinha fazia negócios com grandes traficantes que atuavam no domínio e atualmente estão presos, como Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, conhecido como Minotauro.
Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que a organização tinha poder militar, com coletes à prova de balas, drones, óculos de visão noturna, granadas, além de armas de grosso calibre, como fuzis Array556, 762 e Array50, este último capaz de perfurar blindados e abater aviões.
Durante a operação, foram feitas duas prisões em Minas Gerais, uma em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul e duas no Mato Grosso do Sul. Além dos suspeitos presos, a PF apreendeu cerca de 14 armas, além de caixas de munição, seis granadas e um colete balístico.
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quarta-feira, 5, que Monique Medeiros terá que voltar à prisão. . . .
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Primeiro no GMC Online » Um megatraficante usa helicóptero para fugir da operação estrangeira da PF em Mato Grosso do Sul.
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