O censo de 2022, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (28), revelou que o Centro-Oeste é a região que registrou o maior acúmulo populacional do Brasil. Entre os 4 grupos federativos da região, Mato Grosso do Sul registrou o menor crescimento do momento.
O estado que mais avançou no país foi Roraima (41,3%), seguido por Santa Catarina (21,8%). É seguido por Mato Grosso (20,6%), liderando a lista de estados da região Centro-Oeste. Goiás (17,6%) aparece em seguida.
Antes de Mato Grosso do Sul, Acre (13,2%) e Amazonas (13,1%) tiveram melhor desempenho. O Distrito Federal (9,5% de acordo com o percentual) ficou em décimo lugar no ranking das unidades federativas, basicamente porque Brasília – onde vive a maior parte da população – cresceu para 9,6%, a quarta entre as 20 localidades com maior população do país.
A região continua sendo a menos populosa do país, com 16,3 milhões de habitantes, sua população cresceu mais que o Norte.
Cresceu 1,23%, enquanto a população brasileira cresceu 0,52% nos últimos 12 anos. A região com menor taxa de expansão é o Nordeste, com 0,24%.
Município com maior acúmulo populacional de todo Mato Grosso do Sul, Chapadão do Sul registrou a 54ª maior expansão populacional do país. Porto Murtinho, que registrou a maior queda populacional em Mato Grosso do Sul, o 184º município com o maior mínimo de todo o Brasil.
Em comparação, o município com maior construção no território nacional Canaã dos Carajás (PA), que passou de 26,7 mil habitantes para 77 mil. Ao lado dele, outros seis mais que dobraram sua população.
São elas: Abadía de Goiás (GO), que passou de 6,8 mil para 19,1 mil habitantes, Extremoz (RN), de 24,5 mil para 61,5 mil, Goianira (GO), de 34 mil para 71,9 mil, Itapoá (SC), de 14,7 mil para 30,7 mil, Querência (MT), de treze mil para 26 mil, e Barra Velha (SC), de 22,3 mil para 45,3 mil.
Terras férteis
De acordo com a última pesquisa trimestral da PNAD do IBGE, a taxa de desemprego no Centro-Oeste é de 7%, inferior à média nacional de 8,8%. Essa é a menor taxa do momento no país, logo à frente da região Sul, com 5%.
No levantamento, Mato Grosso do Sul tem taxa de desemprego de 4,8%, superada apenas por Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%). As taxas foram registradas na Bahia (14,4 consistente com percentual) e Pernambuco (14,1 consistente com percentual).
Apesar do forte crescimento, deve-se destacar que o estado de São Paulo ainda responde por cerca de um terço do PIB brasileiro, com 44,4 milhões de habitantes, ou cerca de um quinto da população do país.
Exportações
Uma das hipóteses de expansão é a integração externa do Brasil ao mercado de cereais nos anos 2000.
Segundo levantamento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), toda a região Centro-Oeste produz cerca de 50% de todos os grãos produzidos no país. Para a soja, em particular, o número também está em torno de 50%, sendo a China o principal cliente. .
Na safra passada, Mato Grosso do Sul atingiu 15 milhões de toneladas de cereais, com produtividade média de 62,44 sacas consistentes por hectare, em uma área de quatro milhões de hectares.
Registro
A crescente tentativa de verificar a expansão dessas produções e ampliar os registros de produção do agronegócio também acende um alerta sobre a expansão do desmatamento no Cerrado.
Segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre janeiro e maio deste ano mais de 3. 320 km² do bioma foram desmatados, um acúmulo de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para efeito de comparação, esse território desmatado nos primeiros cinco meses de 2023 é quase o dobro do domínio total da cidade de São Paulo. Em 2022, a ecorregião já havia registrado a maior taxa de desmatamento em sete anos: 10. 689 km², segundo dados oficiais. conhecimento publicado através do Prodes Cerrado, programa de acompanhamento do INPE.
No total, 110 milhões de hectares do bioma (49% do total) já foram destruídos. No máximo desses locais, foi implantado o cultivo extensivo de produtos agrícolas, basicamente soja, milho, cana-de-açúcar e algodão.
Essa foi a maior pontuação para os 4 primeiros meses do ano em toda a série antiga, iniciada em 2019 para o bioma. O registro ocorre tanto no estado quanto no Brasil.