O Diário Oficial do Estado publicou decreto assinado pelo governador Eduardo Riedel e pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) que indica estado de emergência sanitária em Mato Grosso do Sul. O mesmo Decreto institui o Sistema de Vigilância, Alerta e Ação para prevenir a ocorrência da gripe aviária H5N1 em aves silvestres.
Não há indícios de contaminação de aves silvestres com gripe aviária no estado. De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Alimentação), a gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, porcos, além de humanos.
Mato Grosso do Sul já tinha um decreto de alerta de aptidão animal, “mas o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu que fosse transformado em estado de emergência porque está muito preocupado com os grandes danos que pode causar ao país se essa doença atingir uma granja avícola”, disse nesta quinta-feira Jaime Verruck, que está em um projeto do setor para Europa e Ásia. Os Estados-Membros recebem R$ 2 ou 3 milhões para construir estruturas de barreiras, pagar diárias e aumentar a prevenção.
A avicultura é um segmento pecuário vital para as economias dos Estados-Membros. O setor avícola no estado cresceu 46,32% nos últimos 10 anos (entre 2012 e 2022), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma expansão significativa que se deve basicamente à sua produção.
De acordo com o decreto, o papel do poder público na vigilância, investigação de ameaças e prevenção da gripe aviária H5N1, na região de Mato Grosso do Sul, será por meio da cooperação permanente entre os municípios.
A fórmula de vigilância, alertas e ações, com o objetivo de prevenir a gripe aviária H5N1 no estado, está no índice do GEASE/MS (Grupo Especial de Atenção a Suspeitas de Emergências ou Doenças Exóticas de Mato Grosso do Sul).