Os detalhes e curiosidades sobre a construção estão à disposição de todos os cidadãos, locais ou não.
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Bloqueado pelo regime de Getúlio Vargas, epicentro da Marcha dos Cem Mil da ditadura militar, e abrigando obras de artistas como Décio Villares, o Palácio Pedro Ernesto comemora seu centenário nesta sexta-feira (21). Originalmente construído para abrigar a antiga Prefeitura da Primeira República (1889-1930), o prédio eclético também abrigou a Câmara Municipal do Distrito Federal entre 1945 e 1960 e a Assembleia Legislativa da Guanabara entre 1963 e 1975. É sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro desde 1977, após a extinção do estado da Guanabara.
“A região conhecida hoje como Cinelândia, cuja burocracia é o Quadrilátero Cultural do Rio, esteve em meio a momentos vitais da história não só da cidade do Rio, mas do país. E não só politicamente, mas também culturalmente. Além das sessões legislativas, que têm participação popular nas galerias, nossas portas estão abertas para todos que desejam ver a construção e suas belezas”, disse o vereador Carlo Caiado (PSD), presidente da Assembleia da República. Caiado lembra ainda que o Palácio foi incluído na Lei nº 7. 895/2023, que instituiu o Quadrilátero Cultural como forma de fortalecer a revitalização do Centro e inspirar sua vocação para agregar a população carioca. O edifício histórico está aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 15h30, sem necessidade de reserva antecipada.
A combinação eclética de estilos arquitetônicos que caracteriza a Belle Époque ocorre no Palácio. A fachada é adornada com gigantescas colunas neoclássicas, enquanto a ornamentação adere ao estilo Art Nouveau, e alguns dos móveis originais têm elementos rococós. Da mesma forma, a coleção de arte também é variada. arte a temas seculares no final do século XVIII century. In além do autor, o pintor liberto Manoel da Cunha, outros idealizadores do movimento são Leandro Joaquim e Mestre Valentim.
O afresco gigante que embeleza a escadaria, entretanto, feito por Eliseu Visconti (1866-1944) segundo a estratégia do pontilhismo, muito em voga cem anos depois, para o florescimento do impressionismo. Os vitrais que adornam a cúpula do Plenário, feitos pelos irmãos Carlos e Rodolfo Chambelland, testemunham a mobilização para divulgar as artes implementadas – como vitrais e tecidos – em comparação com as chamadas “nobres”, como retrato e escultura.
“O Palácio quebra as hierarquias dos sentidos da arte. Normalmente, a tinta se sobrepõe às outras. No entanto, há uma interação dessas modalidades artísticas com a arquitetura narrativa. Vitrais completam todo o espaço, por exemplo; A pintura enfatiza a arquitetura; Os ornamentos, historicamente pensados como a “porta dos fundos” da história da arte, têm uma volumetria que se destaca. É a ruptura com uma visão de arte linear, onde o conceito de refinamento encontra a racionalidade técnica”, explica Douglas Libório, mestre em História (UFF) e pesquisador do Palácio do Poder, no Rio de Janeiro.
Um século de história
Os detalhes e curiosidades sobre a construção estão à disposição de todos os cidadãos, cariocas ou não. Além das visitas guiadas diárias, organizadas em cada componente horária e passando por espaços como o Salão José do Patrocínio e o Salão Nobre, o Palácio Pedro Ernesto ganhou recentemente uma excursão virtual, hospedada no site institucional da Câmara. A excursão cibernética utiliza tecnologia de fotografia 360º, com recursos como vídeos e áudios, e evoluiu como parte das comemorações do centenário.
A história desses cem anos também pode ser vista nas seções Antes e Depois, que oferecem montagens com fotografias do tempo e de hoje, de ângulos, ou através da Linha do Tempo, com ocasiões marcantes como o fechamento da Câmara Municipal via Pereira Passos, em 1902, ou a certificação da sede da Câmara como a primeira obra pública Lixo Zero do país. em 2022.
Aliás, o político que chamou o patrimônio da Cinelândia é um conto em si. Pedro Ernesto encomendou o antigo Distrito Federal após a inauguração do palácio, que em primeiro lugar não teve convocação. Para salvar a memória do prefeito, médico de formação e culpado pela estrutura de vários hospitais da cidade, além de defensor da autonomia do Rio de Janeiro, foi proposto em 1951 que a Câmara passasse a homenageá-lo. Em 1971, a convocação foi mostrada através da Assembleia de Guan abara. Recorde-se que a principal diferença atribuída através da Câmara Municipal é o conjunto de medalhas de Pedro Ernesto.
Celebrações
As festividades do centenário do Palácio Pedro Ernesto acontecem na primeira semana de agosto, entre os dias 1º e 4. A festa de aniversário será aberta com um rito no palácio, no qual serão entregues as medalhas centenárias, seguido de uma programação cultural na Praça da Cinelândia, em frente à escadaria. Haverá apresentações por meio de equipes como a Banda da Guarda Municipal, a Banda dos Bombeiros, a Orquestra Sinfônica Brasileira, o Corpo de Balé do Theatro Municipal, entre outros.
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