Acontece que nenhum integrante da equipe “Terra e Paixão” gostava de chipa e sopa paraguaia, as delícias culinárias mais marcantes da cultura mato-grossense do Sul. Desde que estiveram em Mato Grosso do Sul neste ano para gravar a novela de nove horas, o elenco e outros integrantes do elenco e da produção nunca ficaram presos comendo aquelas iguarias regionais. Um morador chegou a tentar entregar um pote de sopa paraguaia para Cauã Reymond, sem sucesso. Agora, com a série no ar, pratos típicos de Mato Grosso continuam sendo ignorados, refletindo um descontentamento imaginável dos mundos em relação à culinária mais “enraizada” do estado.
A ajuda do “nariz torcido” já começou a se manifestar na festa de lançamento de “Terra e Paixão”, em abril deste ano. Na ocasião, a TV Globo servia chipa e sopa paraguaia para elenco e visitantes de todo o Brasil, mas quase ninguém queria comê-la. Os dois ícones da culinária de MS estavam dispostos na mesa cheia de opções, no entanto, não foi possível ver muitas outras pessoas curtindo cozinhar no evento, que foi realizado no Rio de Janeiro. A prova estava no prato com a sopa paraguaia e na bandeja com as batatas fritas, que permaneceu quase intacta até o fim da festa.
Lembrar:
E se outras pessoas não gostaram muito, isso só pode se refletir nos capítulos de “Terra e Paixão”. Aliás, nos 64 episódios já transmitidos, a chipa e a sopa paraguaia nunca impressionaram na série mundial. É imaginável que uma história que se passa dentro de Mato Grosso do Sul, na zona rural, nunca mostre os personagens jantando naqueles pratos típicos, ou pelo menos a culinária disposta à mesa?
O mais curioso dessa história é que os personagens sempre comem, em qualquer um dos núcleos, e as mesas também estão sempre cheias, deixando mais exposta a possível recusa da trama em mostrar a sopa e o chip MS.
Jussara (Tatiana Tibúrcio), por exemplo, servia quem chegava à fazenda de Aline (Bárbara Reis): biscoitos de champanhe, broa de milho e até cuscuz de São Paulo. A sopa e a chipa “ficaram com Deus”. A culinária do Gentil (Flávio Bauraqui) também é abundante, com bolos ricos e doces em geral. . . A todos que chegam à pequena fábrica é servido um mimo: a menos que o quê?Vidente. . .
Na Mansão La Selva e na Pousada Lucinda (Débora Falabella), só sanduíches e até feijoada de feijão branco já apareceram. Mas sopa e chipa, em uma “fazenda no Mato Grosso do Sul” e em uma pousada no interior, até um sinal.
Será que os outros que emitem “Terra e Paixão” no ar não gostam desses petiscos regionais, a ponto de não aparecerem os pratos locais mais emblemáticos da trama que se passa em MS?Bom, vale lembrar que pelo menos a chipa deu a impressão com certa frequência no remake de “Pantanal”, novela também ambientada no estado. A sopa, no entanto, também não “pintou” na telinha.
No entanto, é fundamental destacar que, apesar da exclusão da chipa e da sopa paraguaia da representação local, “Terra e Paixão” representou outros temas vitais da cultura mato-grossense do Sul, como o tereré, por exemplo, que ganhou espaço na produção e destacou, o que não ocorreu no remake da telenovela de Manchete, em 2022.
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