Mato Grosso do Sul registrou 28 suicídios entre indígenas em 2022 e ocupa o primeiro lugar nacional, apenas o Amazonas, com 44 casos, segundo o relatório de 2022 sobre violência contra os povos indígenas do Brasil, divulgado pelo Cimi (Conselho Indigenista Misionero) nesta quarta-feira (26). ).
Entre 2019 e 2022, o conhecimento atualizado desses mesmos recursos soma 535 mortes. Nesse período, os mesmos 3 estados registraram o maior número de casos: Amazonas (208), Mato Grosso do Sul (131) e Roraima (57), que juntos responderam por 74% dos suicídios indígenas nesses 4 anos.
Segundo o epidemiologista da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), Jesem Orellana, o maior percentual ocorre em espaços de conflitos territoriais e tensões com populações não indígenas.
“Amazonas e Mato Grosso do Sul são parecidos e também variam de acordo com o contexto. Temos uma ferramenta que faz o papel de prevenção nesses casos. Os Estados discutidos têm outros aspectos, conflitos territoriais, além de contextos socioculturais e desordens internas dos grupos. “
Segundo o epidemiologista, a psicologia indígena é uma grande incógnita. “Temos uma série de dificuldades em acompanhar as tribos, seja a barreira linguística ou as barreiras físicas. Temos uma política nacional de atenção psicossocial, por exemplo, que é expressa. ou apontou para as outras realidades que se vivem no país”, concluiu.
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De acordo com o levantamento, entre 2019 e 2022, houve 795 homicídios indígenas no Brasil, sendo que 3 estados respondem por cerca de 65% desses casos. Roraima lidera com 208 homicídios, seguido pelo Amazonas com 163 e, em terceiro lugar, MS com 146 assassinatos registrados.