Programa que isenta compras de até R$ 50 na Shein e Shoppe começa nesta terça-feira

O programa Conforming Mittance, que visa isentar de impostos compras no exterior de até US$ 50 (cerca de R$ 237 no câmbio atual) feitas online, entrará em vigor no Brasil a partir desta terça-feira (1).

A medida vale para sites de e-commerce como Shein, Shoppee e AliExpress, desde que essas empresas se inscrevam no programa.

O despacho do Ministério das Finanças foi publicado no DOU (Diário da República) a 30 de junho e prevê que a isenção se limite aos envios para pessoas singulares no estrangeiro, o que exclui os envios para empresas. Antes, a isenção fiscal afetava apenas os embarques entre pessoas físicas.

Isso significa que as empresas que não se inscreverem no programa de reembolso de depósito ainda estarão sujeitas ao imposto de importação. Shein e AliExpress anunciaram que terão que se inscrever no programa.

A regulamentação do programa ao qual as pessoas jurídicas devem aderir também foi publicada em instrução prescritiva expedida pela Secretaria Especial da Receita Federal. A medida cria uma série de critérios para as empresas de comércio eletrônico, como:

O Ministério da Fazenda também determinou que pessoas jurídicas recolhem 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para que compras de até US$ 50 não obtenham o imposto de importação.

A FCDL-MS (Federação das Câmaras de Comércio de Mato Grosso do Sul) prevê uma “onda de demissões e até fechamentos de lojas” devido ao despacho do Ministério da Fazenda que isenta do imposto sobre a tributação de compras no exterior, como os fatos da “querida” Shein e Shopee.

Para a FCDL-MS, a isenção é um temor de longo prazo e um golpe para o comércio. A isenção do imposto para compras de até 50 $US será concedida às empresas que participarem do programa de ganhos federais e recolherem impostos estaduais.

“Com esse tratamento tributário desigual, nossos investidores perderão competitividade e, inevitavelmente, haverá consequências em 2023 para a economia. Seja para grandes, médias ou pequenas empresas, o que agora gera considerações sobre demissões e fechamentos”, diz o presidente da FCDL-MS. Inès Santiago.

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