Colonização alemã no Rio Grande do Sul

A colonização alemã do Rio Grande do Sul foi uma missão de colonização em larga escala e de longo prazo do governo brasileiro, motivada, em primeiro lugar, pela preferência em povoar o sul do Brasil, assegurando a posse do território, ameaçado pelos vizinhos castelhanos. , algum outro objetivo dos estudos alemães era recrutar infantaria mercenária para o exército brasileiro. Os imigrantes também seriam vitais para melhorar a fonte doméstica de bens de primeira necessidade, pois esperava-se que eles se estabelecessem na terra como proprietários de pequenas propriedades produtivas, e também ajudariam a lavar a população brasileira. Um domínio de terra desocupada no vale do Rio dos Sinos foi selecionado para o início do povoamento. Ao longo do século XIX, até meados do século XX, chegaram mais dezenas de milhares, seja por iniciativa do governo, seja por meio de empresários pessoais.

Depois de um início às vezes complicado, estabelecendo-se em uma região de floresta densa, muitas colônias floresceram, várias permaneceram estagnadas por um longo tempo. Outros não se consolidaram e sua população se dispersou. Núcleos de urbanização foram formados temporariamente dentro de assentamentos rurais, acrescentando as primeiras escolas, igrejas, prédios administrativos, salões de dança e uma série de oficinas, lojas, pequenas indústrias e fábricas. No início do século XX, já havia se formado no estado uma gigantesca rede germânica, com significativa expressão política, cultural, econômica e social, mas esse mesmo empoderamento foi causa de atritos com a população luso-brasileira. O período entre guerras foi especialmente complicado para a preservação da identidade sociocultural dos descendentes de alemães, passando por uma era de repressão e perseguição resultante basicamente da cruzada nacionalista de Getúlio Vargas. As associações de muitos alemães com o nazismo e o integralismo complicaram ainda mais a discussão com o governo e o resto da sociedade. Após essa crise, novos transtornos surgem com o lento declínio da agricultura familiar, o êxodo rural e a expansão das cidades.

Em 1974, no componente comemorativo dos 150 anos do início da colonização alemã no estado, os grandes traumas da repressão varguista pareciam superados, com o surgimento em muitas cidades de movimentos de confirmação cultural baseados no patrimônio e na identidade do estado. e explodindo a bibliografia crítica sobre o tema da imigração, derrubando os velhos mitos que erguiam o imigrante como protótipo de herói e super-homem e o alemão como uma raça temível, e perdendo sutileza em até então desconhecido, difícil de entender compreender facetas ou contraditórias do processo de colonização. Muitos relatos memoriais e estudos genealógicos também deram a impressão desde então, e há um grande esforço por parte de órgãos oficiais, comunidades e universidades para salvar o patrimônio que o tempo apagou. Além das divergências e discursos divergentes, é aceito que os alemães deixaram uma marca marcante na história do Rio Grande do Sul. Eles são os fundadores de muitas cidades, algumas delas populosas, que hoje são notáveis ​​centros regionais. Trouxeram muitas tradições, comportamentos de vida, táticas de pensamento, táticas de convivência, que contribuíram para o enriquecimento do panorama sociocultural. Seus descendentes produziram políticos, artistas, cientistas e intelectuais famosos e fundaram associações, escolas, clubes sociais, esportivos e recreativos, empresas e jornais. Sua contribuição para o progresso econômico do estado desde o início foi significativa e sua linguagem ainda é ouvida no cotidiano de muitas comunidades do interior. Uma rica coleção de arquitetura, artes e ofícios dos primeiros dias sobreviveu, embora muito dela tenha perdido sua impressão pelo esquecimento ou pelos impulsos do progresso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *