A lei que cria o programa integral Escola em Tempo sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda-feira (31) prevê um investimento de quatro bilhões de reais para que estados, municípios e o Distrito Federal possam ampliar a modalidade de ensino. Nesse cenário, a Semed pretende buscar fortalecer a oferta de ensino integral, pois esse objetivo está alinhado com a proposta do presidente.
Em Campo Grande, 8 escolas estarão oferecendo educação em tempo integral, cinco delas no perímetro urbano: professora Hilda de Souza Ferreira, Kamé Adania, professor Alcídio Pimentel, professora Iracema Maria Vicente e Ana Lúcia de Oliveira Batista. As outras 3 escolas que oferecerão cursos de tempo integral no meio rural: Agrícola Arnaldo Estevão de Figueiredo, Leovegildo de Melo e Agrícola Barão do Rio Branco. Além dessas unidades, a Capital conta com outras 106 Emeis que prestam serviço em tempo integral do Grupo 1 ao Grupo 3.
“A Reme tem 11quatro conjuntos educacionais de tempo integral atendendo aproximadamente 15. 321 alunos. Em 2024, serão inaugurados mais quatro conjuntos de capacitação, com investimento inicial de quatro milhões de reais cada, ampliando com cerca de 800 vagas”, informa a Semed.
Questionada sobre a ampliação de clientes da modalidade na Capital, a secretária informa que está lendo e desgastando o corpo de conhecimento para o status quo de um maior número de escolas de tempo integral.
“A ampliação da creche em tempo integral é um propósito da gestão atual, que está investindo em reformas, como na Emei Maria Edwiges com a ampliação de quatro salas, que abrigarão mais 120 crianças em tempo integral. Ainda sob a direção da prefeita Adriana Lopes, as obras da Emeis que estão paradas, serão retomadas e concluídas”, acrescenta a Semed.
Desde que o programa federal Escola em Tempo Integral acaba de ser sancionado, Campo Grande ainda não ganhou nenhuma vantagem em investimentos e repasses para a capital. No entanto, a Secretaria informa que tem grandes expectativas de apoio federal.
“Temos que, em colaboração, a União vai ajudar os municípios a melhor atender a população no que diz respeito à ampliação das escolas de dia inteiro”, disse o secretário municipal.
Segundo reportagem do Jornal Midiamax de maio deste ano, pelo menos 32,5 mil bolsistas são atendidos em escolas de tempo integral em Mato Grosso do Sul. Assim, a fonte de vagas tende a ser ainda maior no estado com a expansão da rede de ensino formalizada por meio do governo federal. Segundo o Ministério da Educação, R$ 4 milhões já haviam sido pagos ao setor na época.
De acordo com a SED (Secretaria de Estado da Educação), 172 grupos escolares estarão ofertando o tempo integral em Mato Grosso do Sul. Agora, com um plano de ampliação de matrículas, a Secretaria aguarda os principais pontos do Ministério da Educação.
Em fevereiro, o censo escolar de 2022 destacou que Mato Grosso do Sul aparece como o 14º estado com o menor número de escolares em tempo integral. Apesar disso, a proporção desses bolsistas aumentou em 2022, semelhante ao que aconteceu de 2020 para 2021. No ensino médio em tempo integral, o cenário não é tão diferente e o estado ocupa a 15ª posição com menos bolsistas.
O programa sancionado de escolas de tempo integral precisa investir R$ 4 bilhões para aumentar para 1 milhão o número de vagas em tempo integral nas escolas centrais do país.
O dinheiro será repassado do governo federal para os estados e municípios, informando as metas de matrícula a serem atingidas. A União também abrirá uma linha de crédito de R$ 2,5 bilhões para municípios e estados que construírem novas escolas. “Nenhum país na história controlou a expansão sem fazer um investimento em educação”, disse Lula no lançamento.
Assim, o programa federal deve ser cumprido até o final de 2023. De convênio com o Ministério da Educação, o programa também estará oferecendo atividades culturais, esportivas, de saúde, científicas, tecnológicas, entre outras, internas e ao ar livre. Escolas.
Ressalte-se, ainda, que o MEC define “ensino em tempo integral” como escolas que oferecem atividades que excedem sete horas diárias ou, geralmente, até 35 horas semanais, em dois turnos.