DF é a unidade da Federação com o menor quilombola do Brasil

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27/07/2023 16:16, atualizado em 27/07/2023 16:17

Dados do censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (27/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que o Distrito Federal tem 305 habitantes quilombolas. Com exceção de Roraima e Acre, que não registram população pertencente a esse grupo social, a capital do país aparece na última posição em termos de número de outras pessoas nessa população.

A organização reúne descendentes e remanescentes de comunidades escravas fugitivas que se refugiaram nos antigos quilombos, por meio da Constituição Federal de 1988. No Distrito Federal, 305 habitantes vivem fora dos territórios oficialmente demarcados.

O conhecimento do IBGE mostra ainda que a zona do DF abrange uma região quilombola desse tipo: o território de Mesquita, que também inclui o estado de Goiás.

Os territórios em estudo são aqueles que tiveram delimitação formal na arrecadação fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou órgãos com competência semelhante em estados e municípios, a partir de 31 de julho de 2022, data de referência do censo.

O Brasil tem 1. 696 municípios com presença de quilombolas. No entanto, desse total, 326 têm territórios oficialmente demarcados e reconhecidos por meio da União. O número corresponde a 19,2% dos municípios brasileiros.

Menos de 20% das aldeias com quilombolas têm territórios demarcados

Antes de abrigar os edifícios políticos mais vitais do Brasil, a Esplanada dos Ministérios era uma caixa aberta no Cerrado, onde descendentes de escravos passeavam bois.

O território que hoje é o componente do Distrito Federal de uma comunidade quilombola, que resistiu ao ciclo do ouro, mas não à verdadeira expansão latifúndica do Planalto Central. Com a chegada das máquinas para construir a nova capital, aos poucos, o Quilombo Mesquita perdeu espaço e se afastou do polígono que constitui a zona do DF.

Brasília: a capital que, anos atrás, forçou a existência de um quilombo

Construíram o Catetinho – o primeiro oficial da capital do país, projetado para que Juscelino Kubitschek pudesse aderir fortemente às obras. Eles também foram culpados pela alimentação inicial de candangos.

Os dados são da série documental Quilombolas de Mesquita, os brasileiros que constroem a capital brasileira, produzida por meio da organização não governamental (ONG) Transforme, em parceria com o Ministério do Turismo.

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