O Conselho Nacional de Autorregulamentação da Publicidade (Conar) pediu para esclarecer se o Governo do Distrito Federal (GDF) cometeu uma irregularidade ao divulgar uma propaganda na mídia que ligava os cabelos do “black power” aos incêndios. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) também investiga o caso.
A denúncia ao Conar foi protocolada por meio do deputado distrital Max Maciel (PSOL), membro da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo local. aceitos em espaços e alvos de discriminação”, escreveu o parlamentar nos documentos.
“Atrelá-lo a um grave desafio ambiental na capital federal tem uma leitura associativa positiva em uma sociedade que persiste em associar cabelos cacheados a cabelos queimados e desgrenhados”, acrescentou Max Maciel.
O anúncio, idealizado por meio da empresa Babel Publicidade e aprovado pela Secretaria de Comunicação do Distrito Federal, começou a ser publicado no dia 12 de julho. No entanto, diante das reclamações, foi retirado do ar.
No anúncio em questão, uma árvore com galhos incinerados pela chaminé é exibida na parte e, na parte inferior, o rosto de um homem negro com cabelos pretos de força para que as fotografias fiquem unidas, sugerindo, segundo Maciel, “que a árvore em chamas compõe a identidade étnica da modelo, cabelos cacheados aparecendo como cabelos queimados. “
Em nota, o GDF disse que “por se tratar de uma campanha educativa, que terá que influenciar a postura das pessoas, terá que ser impactante para chamar a atenção e motivar atitudes preventivas”.
Segundo o governo do DF, “o conceito visual mostra o símbolo de uma árvore em chamas que dá continuidade ao rosto de outras pessoas. Isso porque outras pessoas podem ser afetadas por danos ambientais.
À CNN, o Centro de Combate à Discriminação (NED) do MPDFT disse que continuaria o procedimento de investigação da cruzada depois que o secretário de Comunicação, Weligton Moraes, explicou o anúncio.
“O governo deve buscar a prestação do serviço público, agregando a divulgação de dados que, além do compromisso com a verdade, devem respeitar os direitos e anseios de toda a população, abrangendo toda a diversidade dos brasileiros. “gente”, disse a promotora Mariana Nunes.
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