A imigração italiana para o Rio Grande do Sul é um procedimento da população indígena da Itália para o estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
A imigração iniciou-se timidamente e espontaneamente entre o final do século XVIII e início do século XIX, e intensificou-se na época de 1875 a 1914, quando, graças a um programa de colonização do governo brasileiro, ingressaram no estado do Rio Grande do Sul a partir da década de oitenta. a cem mil imigrantes italianos. A maioria havia fugido da fome, epidemias e guerras na Itália e vivia como agricultores. O programa visava atender às necessidades da época: preencher as lacunas demográficas, lavar a população e construir uma fórmula produtiva baseada em pequenas propriedades, com uma força de trabalho solta que é proprietária da terra, que pode abastecer o mercado interno com produtos agrícolas.
A missão enfrentou muitas situações exigentes e períodos de tensão e agitação social, mas foi amplamente bem-sucedida. Os imigrantes fundaram várias aldeias e aumentaram muito a produção rural, tornando a zona colonial italiana o momento economicamente mais vital do estado no início da década de 1920. Enquanto isso, eles estavam criando uma nova cultura, adaptando suas tradições centenárias a um novo ambiente. Nas aldeias, a economia diversificou-se consideravelmente. Surgiram grandes empresas que transformaram a fisionomia dos povos antigos e também as relações sociais e trabalhistas, formando uma elite rica que promoveu uma cultura culta, fundou associações e clubes e viveu em complicados palácios urbanos, sustentados por uma massa de proletários marginalizados, muitos deles do campo.
Apesar das desigualdades que se manifestaram temporariamente na sociedade colonial, desde o início do século XX surgiram sintomas de progresso, articulou-se uma “ética do trabalho” dos costumes e articulou-se um discurso apologético em torno das supostas qualidades do italiano, apresentando-o como herói civilizador, autor incansável de riquezas, pedra de religião e estilo de virtudes. Esse entusiasmo, em todos apoiado e incentivado pela administração indígena, foi interrompido na era Vargas, pelo programa nacionalizante do governo e também pelo estado de guerra. com a Itália, condições que lançam um manto de repressão contrário à língua e à cultura italianas na região. Nesse período, os sotaques produtivos também mudaram, a indústria e o comércio prevaleceram, e os que permaneceram no campo sofreram as consequências do declínio do setor agrícola, iniciando um maravilhoso êxodo para a cidade, para outras colônias e outros estados.
Na década de 1950, após a repressão, iniciou-se um processo de reconciliação entre os italianos e seus descendentes com os brasileiros, e o sinal visual máximo disso foi a inauguração do Monumento Nacional ao Imigrante em 1954 em Caxias do Sul. o imigrante italiano, além de herói, santo e profeta, foi retomado, enquanto a região fazia uma ampla transição não só para um novo modelo econômico, mas também iniciava uma revolução nos costumes. Array Iniciava-se uma fase de perdas imediatas das tradições e degradação ou destruição sistemática de testemunhos do passado, como documentos, monumentos, arquitetura vernacular e obras de arte sacra. Se, até a década de 1940, os italianos raramente se consideravam brasileiros e tudo o que se referia às suas raízes rurais e à antiga pátria remota era motivo de orgulho, agora era preciso criar uma nova identidade, uma identidade totalmente incorporada ao Brasil. O Brasil oficial prescrito à região colonial era necessariamente lusófono, urbano, burguês e inovador, desde que a moral permanecesse inabalável. esquecerem-se de si próprios, tal como corroeram o ethos comunal típico da primeira sociedade colonial, ainda atado à terra. “, que no passado mitificou o imigrante, torna-se, para as novas gerações, um porquê de vergonha, enquanto o discurso oficial exalta a transformação do camponês deficiente em um industrial repugnantemente rico, mitificando-o de outra maneira.
O reflexo prático do programa de modernização tem sido a intensa expansão do setor comercial, com a progressão de um forte polo metalúrgico, concentrado em Caxias do Sul, cidade que, por sua localização privilegiada, tem estado na vanguarda do progresso máximo desde o século XIX, enquadrando-se no brilhante arroubo que tem mostrado a sabedoria dos projetos governamentais. Hoje, a antiga região colonial italiana é densamente povoada e é uma das mais ricas, dinâmicas e populosas do estado. Essa expansão acentuada e acelerada não foi alcançada sem reproduzir a longa lista de males da nova civilização, como a violência urbana, a desigualdade e exclusão dos pobres, a devastação ambiental, as políticas inúteis, a especulação econômica e imobiliária, a escassez de habitação popular, o saneamento, a cultura, a precariedade dos serviços fundamentais, Esses distúrbios têm significado nas últimas décadas, cuja intensidade varia de posição para posição.
Entre sucessos e insucessos, os italianos deixaram uma das marcas máximas aplicáveis no estado que os acolheu, e não se limitando às ex-colónias, alargaram o território. Influenciaram decisivamente a economia, a política, a sociedade, a arte e a cultura, fundaram jornais, teatros, cinemas, museus, clubes desportivos e recreativos, associações empresariais e filantrópicas, instituições de ensino, muitas das quais ainda hoje funcionam. Desde as primeiras Festas da Uva, a cultura italiana tornou-se tema do discurso político e fonte de renda como turismo e entretenimento. Sua história, costumes e tradições entraram na mente coletiva e são objeto de intenso estudo educacional. Seus principais pratos típicos, como a polenta e o frango assado, são apreciados por toda a população do Rio Grande; palavras e expressões tornaram-se constantes no vocabulário; a sua religiosidade deixou um legado que ainda hoje é visual na multiplicidade de igrejas e capelas que escaparam à onda da moda, assim como as suas antigas cantinas, geradores e palacetes são um legado exclusivo, que embora identificado como património, e apesar do registo oficial propaganda, eles ainda estão em risco e sofrem repetidas perdas. Esse conto está em todos os livros didáticos escolares, porém, ainda persistem muitos mitos e estereótipos no seio da população, que ainda tendem a posicionar o imigrante italiano nas alturas, mascarando suas contradições e a contribuição de outras etnias na evolução das ex-colônias. . De todo modo, a maravilhosa profusão de estudos críticos que o tema da imigração italiana para o sul já produziu evidencia a energia e a relevância da contribuição dos viajantes na demarcação e formação do Rio Grande. de moda do Sul. A maioria dos sobrenomes fornecidos no estado são italianos. A imigração é um processo antigo em curso. Ainda hoje os italianos chegam ao estado, ainda que em pequeno número.