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25/07/2023 15:36, atualizado em 25/07/2023 16:08
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Ministério Público do Tribunal do Júri do Gama, denunciou, nesta terça-feira (25/7), 3 suspeitos do homicídio de Rafael Sanromã Lauande (fotografado aos 35 anos).
Os 4 estavam detidos na unidade de tratamento psiquiátrico da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ao contrário do restante do presídio, que é reservado exclusivamente para mulheres, a ala psiquiátrica abriga presidiárias de ambos os sexos.
Se a denúncia for aceita, Carlos Henrique da Silva Mendes, David da Costa Borges e Henrique Melo Silva de Faria serão réus e serão indiciados por triplo homicídio. o uso de meios implacáveis e um remédio que dificultava a proteção da vítima.
O Ministério Público também pediu o status quo de um incidente de insanidade intelectual para David e Henrique, devido ao modo de vida dos documentos médicos que comprovam uma inadmissibilidade imaginável para ambos.
Eles serão submetidos a uma perícia para apurar se no momento do crime tiveram ação própria. cumprir medida de segurança em unidade psiquiátrica.
Rafael responde a um julgamento por roubo de mochila, cometido em 2018, na Universidade de Brasília (UnB). Na época, por ter laudo comprovando esquizofrenia, concedeu alta transitória por internação em clínica psiquiátrica.
Em maio passado, a Justiça do Distrito Federal absolveu Rafael, alegando que a doença o impediu de cometer o crime.
No entanto, a sentença do juiz Fernando Brandini Barbagalo determinou que os acusados mereçam ser internados em um hospital para internação e remédio psiquiátrico por pelo menos um ano, por suposta “periculosidade”.
“Embora o crime praticado pelo acusado tenha sido sem violência ou grave ameaça, verifica-se que o acusado é perigoso, pois, segundo os culpados qualificados pelo incidente de demência intelectual, recomenda-se remédio em internação psiquiátrica, pelo prazo mínimo de um ano, especialmente considerando que o acusado se recusa a [seguir] remédio e [tomar] remédios, [Ele] não tem ideia de sua doença intelectual”, disse o então juiz.
O assassinato ocorreu no dia 11 de julho de 2023, dentro do celular compartilhado pela organização. Os 3 acusados quebraram o vaso sanitário e, enquanto dois presos imobilizavam Rafael, Henrique usava louça para agredir a vítima. Outros detentos que compartilharam seus telefones com a organização começaram a pedir ajuda.
Rafael pode simplesmente não lidar com lesões. Henrique foi flagrado em flagrante no momento do ataque, embora já estivesse cumprindo medida de segurança. O Ministério Público do Trabalho também pediu a prisão preventiva de David e Carlos.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e mostrou a morte de Rafael. A Polícia Judiciária que perseguiu o homicídio disse em comunicado que a briga começou por volta das 19h, quando as luzes do celular estavam apagadas.
O policial e outros policiais penais abriram a porta da sala e foram até o celular onde ocorreu o homicídio. Rafael o encontrou ensanguentado no chão, enquanto Henrique estava perto do banheiro. Os outros criminosos estavam no canto oposto, assustados, e não é fácil sair de lá.
Perante a polícia, Henrique alegou ter cometido o crime por vingança. Rafael teria dito, algum tempo antes do desentendimento, que havia matado o irmão do detento em 2014. No entanto, não há confirmação dessa informação.
Ao saber da notícia, Henrique disse que mataria Rafael e quebrou o banheiro da cela. Os dois teriam levado pedaços de cerâmica e entrado em uma briga.
Rafael atirou primeiro no braço e na testa. Ele ficou ferido e sofreu mais 4 golpes no pescoço, além de seis no tórax.
O culpado foi então retirado da cela, algemado e levado ao hospital, onde seu braço foi suturado. Em seguida, o levaram para a delegacia.