Arruda condenado a 12 anos de privação de direitos políticos e multa de 100 mil reais

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metropolismetropoles. com

18/08/2023 19:30, Atualizado em 19/08/2023 08:30

O desembargador presidente da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, condenou o ex-governador José Roberto Arruda ao pagamento de multa de 100 mil reais por irregularidade administrativa. A decisão, publicada nesta quarta-feira (16/8), coincide com a Operação Caixa de Pandora, que levou Arruda à prisão e expôs o maior esquema de corrupção da capital do país.

A denúncia afirma que o esquema consistia em direcionar e fraudar contratos públicos, para que as empresas do Grupo Vertax obtivessem vantagens de “grandes transferências de recursos públicos”. Após passar pelas contas das empresas da organização, esse dinheiro era distribuído entre os integrantes da organização criminosa. Vertax teria ganhado R$ 46. 513 22,55 para prestar serviços de telecomunicações ao governo distrital.

Segundo a decisão, havia registro dos valores e transações colocados em uma planilha para o pagamento de propina a Arruda. No documento, o juiz de paz especifica que “foram apresentadas provas suficientes para demonstrar o estilo de vida dos atos anormais”.

“Considerando que a indisponibilidade dos bens tem por objeto e finalidade servir de garantia para o ressarcimento dos mesmos ao Fisco, bem como para o pagamento de eventual multa civil, e que, no caso, como já disse, “Após exaustiva discussão, foram produzidas provas suficientes para demonstrar o modo de vida do ato de irregularidade em relação a determinado acusado, O que motivou o deferimento de parte do pedido, a manutenção da indisponibilidade, no caso, é uma medida”, disse. Escreveu.

Além de Arruda, o ex-secretário de Assuntos Institucionais do DF, Durval Barbosa, e seis réus foram condenados. Vítor Porto Brixi, André Porto Brixi e Vanessa Porto Brixi eram sócios da Vertax, empresa que teria se beneficiado de repasses fraudulentos de recursos públicos, segundo o Ministério Público. denúncia protocolada na Justiça.

As sanções consistem na reparação do dano; suspensão de direitos políticos; penalidade civil; e a proibição de celebrar contratos com o Governo ou de beneficiar de incentivos fiscais ou creditórios.

Saiba quem são os condenados e as penas para eles:

Na decisão, o juiz de paz explica que não há dúvidas de que o depoimento do reclamante, Durval Barbosa, deve ser admitido como prova. Focaliza o registro ambiental, que capta as vozes dos acusados e mostra o modo de ação, organização, articulação e distribuição de responsabilidades de todo o sistema penal. Ele cita irregularidades na funcionalidade dos contratos, como um procedimento de “reconhecimento de dívida” em favor da Vertax, sem previsão contratual das instalações contratadas.

A defesa do ex-governador Arruda recebeu a notícia com “resignação e descontentamento”. “A prova acolhida para a condenação é de uma nulidade intransponível decorrente do rompimento da cadeia de custódia por meio da polícia, o que permitiu demonstrar sua manipulação. A defesa informa que vai recorrer e acredita na próxima cassação ou na reforma da pena”, disse o advogado Paulo Emílio Catta Preta.

Pede-se a defesa dos demais condenados. A área permanece aberta a todos os eventos.

Em julho, como revelou a coluna Grande Angular, a mesma sentença condenou Arruda a pagar multa de R$ 10 milhões também por irregularidades administrativas.

Nesse caso, Arruda e outros seis réus foram condenados por um esquema de propina de pelo menos R$ 1,5 milhão em 2009, relacionado a um contrato de informática entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal e a empresa Info Educacional.

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