SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo francês vai proibir estudantes de escolas do país de usarem o abaya, vestimenta comum em países árabes e no norte da África que cobre quase todo o corpo, até o rosto e as mãos.
O anúncio foi feito por meio do ministro da Educação Nacional francês, Gabriel Attal. Ele justificou a medida dizendo que o manto não atende aos padrões escolares seculares do país. “Não seria imaginável identificar a fé de um aluno quando ele entra em uma sala de aula. “, disse ele.
A proibição ocorre após o uso popular da moeda entre adolescentes. Ativistas de direita, como Eric Ciotti, líder do partido conservador Les Républicains, saudaram a decisão.
Embora o Conselho Francês da Fé Muçulmana leve em conta que a vestimenta não constitui um símbolo islâmico, o Ministério da Educação do país europeu já havia emitido uma ordem no ano passado autorizando as escolas a proibir o abaya, bem como bandanas e saias “muito longas”. No entanto, os especialistas observam que o regulamento era ambíguo e não havia entrado em vigor na prática.
“As ordens eram claras. Agora são e nós as acolhemos”, disse Bruno Bobkiewicz, secretário-geral do sindicato dos diretores escolares, à AFP.
Ativistas de direitos humanos e parlamentares de esquerda criticaram o anúncio. A deputada progressista Clementine Autain chamou a medida de inconstitucional e criticou o que chamou de “política de vestir”. Ela e outras partes em conflito sobre a lei argumentam que ela reforça uma atitude anti-imigração já endêmica. discurso.
O governo Macron pretende atrair um profissional para a França e, ao mesmo tempo, lutar contra a imigração ilegal. A proposta prevê a criação de uma autorização de residência para estrangeiros que trabalhem em setores onde há escassez de profissionais, como civis. Estrutura e saúde. Por outro lado, acelera a deportação de migrantes anormais que não trabalham nesses setores.
Em 2020, após o esfaqueamento de um jovem paquistanês que feriu duas pessoas, Macron pediu ao país que “combata o separatismo islâmico”, que, segundo ele, buscaria “criar uma ordem paralela”. com o que chamou de crescente radicalização da religião.
O líder francês também anunciou uma série de medidas destinadas a reduzir a influência das religiões nas instituições em geral na época. Entre elas, forçar associações financiadas com recursos públicos a enviar cartas de laicidade, expandir a fiscalização de escolas privadas e restringir o homeschooling.
Os comentários do presidente foram criticados por estudiosos islâmicos baseados na Europa, que disseram que seus comentários também podem ser simplesmente sentimentos antimuçulmanos. Em 2004, a França proibiu nas escolas qualquer símbolo devoto descrito como “ostensivo”, acrescentando o véu islâmico. Possivelmente, eles também não usam esta sala em seus respectivos ambientes de pintura.
Pesquisas sugerem que a população em geral apoia a proibição de roupas relacionadas à religião nas instituições de ensino. Assim, em uma pesquisa do IFOP (Instituto Francês de Opinião Pública) realizada em junho passado, 23% dos entrevistados se disseram favoráveis à autorização do uso dessas roupas nas escolas.
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Artigo extraído de Notícias Ao Minuto