PGR e PF mandam de prisão contra cúpula do primeiro-ministro no Distrito Federal

Cinco soldados de infantaria foram presos durante a operação.

Em nota, a PGR informou que a operação, batizada de Incúria, tem como objetivo colher novas provas da conduta praticada por meio da polícia do Distrito Federal para os fatos do dia 8 de janeiro.

Além de mandados de prisão preventiva, as medidas incluem buscas e apreensões, congelamento de bens e cessação de funções públicas. Os pedidos foram feitos por meio do coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos.

De acordo com a nota, ao protocolar a denúncia e solicitar medidas cautelares, o subprocurador-geral da República apresentou um relatório detalhado das provas já conhecidas e coletou a investigação, o que demonstra a omissão dos envolvidos na operação.

“Menciona, por exemplo, a localização de uma profunda contaminação ideológica no componente de policiais do Exército do DF ‘que se mostraram fanáticos por teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e teorias golpistas’. Também são mencionados indícios de que os agentes – que ocupavam cargos de comando da corporação – receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, dados de inteligência indicando as intenções golpistas do movimento e a ameaça iminente de invadir bem a sede dos Três Poderes.

“Com base nas provas existentes, os arguidos estavam no passado conscientes dos perigos e aderiram deliberadamente ao previsível desfecho criminal, falhando, assim, no seu dever funcional de agir”, acrescenta a PGR.

De acordo com a nota, os acusados devem responder, por omissão, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; danos classificados como violência e grave ameaça, com uso de substâncias inflamáveis, em oposição ao patrimônio da União com dano abundante à vítima; e a deterioração de mercadorias classificadas, além da violação das tarefas que lhes são impostas; descumprimento de responsabilidade contratual do fiador; e interferência nas regras.

“Os mandados de prisão foram expedidos por meio do relator de investigação 4. 923 da Justiça Federal, ministro Alexandre de Moraes, e executados em conjunto por meio do Ministério Público e da Polícia Federal”, concluiu a PGR.

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