Silas Malafaia faz da Marcha Por Jesus uma das principais plataformas políticas do Rio

Ato que buscou exaltar Jesus Cristo e que reúne fiéis de outras confissões cristãs, voltou a virar a principal plataforma política com o discurso apaixonado do pastor Silas Malafaia no último sábado (19), na Marcha para Jesus, no Rio de Janeiro. .

Malafaia, para proteger seus interesses privados e a missão política da extrema direita, dirigiu-se à multidão na Praça da Apoteose, atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem descreveu como “ditador” e acusado de estar em “conluio” com a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. atacou a imprensa e os senadores, em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Malafaia gritou que Moraes era um “ditador”, referindo-se a ele como o líder da chamada “ditadura da toga”, e disse que aqueles que participaram do golpe de 8 de janeiro foram detidos “sem o devido processo legal”. O pastor, porque todos são julgados.

Além disso, Malafaia afirmou que os demais e “as mãos de Deus” vão derrubar Alexandre de Moraes, do STF.

“Monsieur le dictateur de los angeles toga, Alexandre de Moraes, seu espaço ainda não caiu. Ou vai cair nas mãos de Deus, ou vai cair porque o Senado vai ter vergonha de si mesmo, ou vai cair porque o outro povo é a força ideal de um país e os outros, que pressionam a sociedade, ninguém aguenta. Esse cara vai cair”, insistiu Malos Angelesfaia.

Assessor de Bolsonaro e dívida com a União

Apontado pelo senador Flávio Bolsonaro como principal assessor do pai durante seu mandato à frente do governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro, o empresário e pastor Silas Malafaia tem uma dívida de R$ 4,6 milhões em impostos com a União.

O montante da dívida existente é 3 vezes maior do que em dezembro de 2018. O acúmulo de dívidas coincide com a época em que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, em janeiro de 2019.

As dívidas estão concentradas em duas empresas Malafaia, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fundada no Rio de Janeiro, e a Editora Central Evangelio, também no Rio de Janeiro.

O consórcio Vitória em Cristo (Avec), fundado por Silas Malafaia, deve pagar R$ 25,4 milhões em impostos. O valor foi recorrido ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tendo solicitado à entidade nova avaliação de sua imunidade tributária sobre o IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, com base na Lei nº 9. 532/1997.

Ocorre que, para se isentar desses tributos e cumprir a referida lei, é necessário, entre outras coisas, que a entidade não remunere os diretores e dedique seus recursos integralmente à manutenção e progressão de seus objetivos sociais. .

De acordo com a ata do procedimento administrativo, recebida e publicada por meio da página eletrônica O Antagonista, “a imunidade de que goza o contribuinte, relativamente ao ano-calendário de 2010, foi suspensa pela Lei Declaratória Executiva nº 41/2015, publicada em 11 de maio de 2015”.

“Em síntese, a fiscalização concluiu que o contribuinte supostamente pagou aos dirigentes da associação, investiu recursos incompatíveis com os objetivos sociais da entidade e não recolheu o imposto de renda retido na fonte nas notas fiscais para dar contribuição à prática de crimes tributários por meio de terceiros. “diz o material.

Em sua defesa, a Avec alegou que a maior parte de sua fonte de renda veio de doações anônimas e espontâneas: “Os valores indexados referem-se, em sua grande quantidade, a recursos de gotas muito pequenas, de milhares de simpatizantes, e disso depende a entidade ou qualquer pessoa jurídica comprovar a existência, origem ou consistência dos recursos disponíveis, declarados ou não, ao fisco por meio de seus patrocinadores”. Eles ainda anexaram 3 títulos emitidos por meio de doadores no valor de R$ 30,00, uma cópia de um cheque no valor de R$ 100 mil em nome de uma pessoa física e uma cópia de um EFILE de um usuário legal no valor de R$ 200 mil.

No entanto, o Conselho usou como argumento o uso dessas doações, por exemplo, para pagar as mensalidades escolares da sobrinha de Malafaia, diretora da Avec. Assim, por meio da obtenção dos benefícios de Lívia Santos Malafaia, haveria uma “remuneração indireta”. Além disso, foram identificadas duplicatas de despesas e despesas com cartão de crédito.

De acordo com as investigações realizadas no local, a Avec adquiriu um jato Citation III – C650, que agora seria vendido para a aquisição de uma aeronave maior e mais moderna. No entanto, o acordo se concretizou. Como está inscrito na dívida ativa da União, a instituição pode simplesmente apresentar uma certidão negativa de dívida.

Em sua defesa, Malafaia disse que irá à Justiça Federal para revogar a resolução e disse ainda que se trata de uma ação política: “Essa coisa feia foi feita no governo Dilma”. O pastor defendeu ainda os quadros da entidade que “beneficia mais de 3. 000 pessoas todos os dias com quadros nas prisões, a recuperação de mendigos e toxicodependentes, escolas para jovens em zonas carenciadas, estrutura de igrejas e escolas com alimentação na Guiné- Bissau, etc. Desvergonha e covardia sem limites”

Sobre as mensalidades da Lívia, o advogado Jorge Vacite Neto, defensor da Avec, disse que o estabelecimento concede bolsas de estudo aos seus funcionários, proporcionando-lhes especialização e situações humanas e favoráveis aos seus objetivos, ressaltando que esses gastos se prestam à qualificação da mão de obra. que serve à própria instituição”.

Sobre a aeronave, Vacite disse que, dada a realização de seminários, reuniões, viagens e instalações no país, “não há proibição legal para ela e seu uso é destinado exclusivamente à vontade da instituição”.

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