Em audiência pública, fabricantes pedem preservação, com atenção especial à pecuária do Pantanal

Nesta sexta-feira (1º), na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) aconteceu a audiência pública “O Pantanal é nosso”, onde foi discutida a preservação do bioma, mas também a atenção dada à economia local, com a pecuária e o agronegócio. No dia 16 de agosto, o governador Eduardo Riedel (PSDB) editou um decreto adiando os desmatamentos no Pantanal e prometeu analisar a lei de preservação do bioma Mato Grosso do Sul.

O debate foi promovido pelo deputado Rafael Tavares (PRTB) e ocorreu no plenário Nelito Câmara. Participaram do debate vereadores, membros da União Rural de Corumbá, Embrapa (Sociedade Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e produtores rurais da região do Pantanal.

De acordo com a proposta do deputado, o debate surgiu como resultado das discussões sobre o meio ambiente no Pantanal, com a adoção de medidas pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul em relação à suspensão ambiental e o compromisso dos alemães. criar uma lei regulamentando o bioma Pantanal, entendendo suas peculiaridades e sua ligação com o desenvolvimento sustentável.

O debate foi presidido por Tavares e a mesa composta por Luís Orcirio Fialho de Oliveira e Fernando Fernandes, da Embrapa, Lucas Galván, da Famasul e do vereador de Corumbá, Élio Moreira Junior.

Luís Orcílio, representante da Embrapa, falou sobre a progressão dos solos e pastagens do Pantanal, e mencionou, sem mais delongas, a estrutura das estradas, que, segundo ele, contribuem para o estado das propriedades.

Em nome da Famasul, Lucas Galván destacou a predominância do Pantanal no território de Mato Grosso do Sul e mostrou um estudo que indica o estilo de vida do gado há trezentos anos na região. Os dados apresentados indicam que 64,5% do Pantanal está em DM e corresponde a 27,3% do domínio total do DM. Além disso, 10% da população do estado vive no Pantanal.

“Falou-se muito da economia do Pantanal. Do PIB dos Estados-membros, de R$ 7,9 bilhões, R$ 1,7 bilhão vêm da agricultura. A criação do Pantanal é porque ele representa 23% do PIB do estado”, disse. ditado. .

No dia 16 de agosto, o governador Eduardo Riedel (PSDB) publicou no Diário Oficial do Estado o decreto que adia o desmatamento no Pantanal. O decreto está em vigor até que a lei estadual de licenciamento seja promulgada.

Segundo a publicação, o decreto envolve atividades ou empreendimentos de aplicação pública ou de interesse social. Também atividades de limpeza de pastagens locais e exóticas.

Para explicar esse ponto, a publicação indica quais plantas são consideradas locais e exóticas. Essas atividades legais devem ser apresentadas ao Imasul (Instituto Ambiental de Mato Grosso do Sul).

A publicação é assinada por meio do governador e secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Riedel já havia anunciado que suspenderia a legislação que permitia o desmatamento desenfreado no Pantanal. No entanto, será elaborada uma lei para a preservação do bioma Mato Grosso do Sul.

No dia 14, o governador convocou a imprensa para explicar o andamento das ações. O anúncio veio dias após o anúncio da suspensão da supressão de aluguéis no estado, que permitiu o desmatamento no Pantanal.

A suspensão permanece em vigor pelos próximos 180 dias. Na semana passada, o governador discutiu o cenário com os secretários executivo e ordinário de desmatamento e planos ambientais territoriais do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco e André de Lima.

Segundo o Jornal Midiamax com recursos ligados ao Ministério do Meio Ambiente, diante do compromisso do governo estadual de revogar licenças ambientais, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão ligado à pasta, suspendeu um edital que previa uma “revisão urgente” do decreto de 2015.

Um ofício será enviado por meio do Ministério ao Conama adiando a recomendação. O decreto de 2015 que devastou o Pantanal de Mato Grosso do Sul surgiu de um estudo encomendado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em colaboração com a Esalq-USP.

Até a própria instituição aprovou os dados usados para avaliar o desmatamento no Pantanal. O estudo é contestado pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado) e pela Embrapa Pantanal.

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