Enquanto Detran-MS mergulha em escândalos, presidente nacional fala em prevenção a fraudes

Mesmo para uma organização “complexa e propensa a fraudes”, evitar golpes do Detran “não é impossível”. É o que garante o presidente da AND (Associação Nacional de Detrans), Jonielson Pereira Oliveira, em entrevista exclusiva para o jornal Midiamax.

O presidente do acordo participa nesta semana do Encontro Nacional de Detrans, que acontece este ano em Campo Grande e começa nesta quarta-feira (30). Ele conversou com o Jornal Midiamax sobre escândalos e fraudes no Detran de Mato Grosso do Sul, disse Jonielson. Ele ressalta que há irregularidades em vários estados e que é difícil localizar casos de fraudes em outros departamentos de trânsito.

“Comunicamos muito sobre o fator geração de segurança, para ter um sistema auditável e rastreável, em caso de indícios de fraude, que possa localizar quem está praticando esse ato”, diz o presidente.

Jonielson admite que “o Detran é complexo e fraudulento”. Mas afirma que “cabe ao gestor e sua equipe técnica identificar quem comete a fraude e aplicar a lei”.

Ele também ressalta que “cada caso é um caso, mas não podemos parar de investigar e fazer cumprir a lei”.

Ciente da história da subsidiária de Mato Grosso do Sul, o presidente disse que o desmonte dos lotes deve ser um dos objetivos dos responsáveis pela subsidiária. “É uma busca constante, porque tem várias outras pessoas buscando serviços, vários prestadores de serviços e todo o Detran está lutando para combater essas irregularidades”, disse.

Por isso, insistiu que quer “implementar procedimentos administrativos sempre que necessário”. Por fim, ele confiou que a fraude “é um cenário que todos os Estados superam no momento certo, outros detectam organizações criminosas, que queremos da população”. forças de segurança, e terceiros, comissários e até funcionários de carreira”.

O presidente da DNA conclui que eliminar a fraude “não é impossível, mas terá de ser combatida com a maior força da lei”.

Às vésperas da assembleia que reúne executivos da Detrans de todo o Brasil, a Midiamax relatou os principais pontos de um novo caso de corrupção dentro da organização.

Servidores nomeados politicamente que teriam se juntado aos despachantes e criado uma verdadeira quadrilha para lucrar com uma grande operação de fraude no Detran-MS.

Em Mato Grosso do Sul, o Detran-MS é suspeito de ser alvo de trabalhos para políticos. No entanto, o presidente da DNA alegou que a fraude estaria relacionada aos servidores colocados em operação.

“Isso não pode ser feito, porque nós imporíamos e presumiríamos que quem vier pintar em uma acusação comissionada já tem a natureza do crime, teremos que assumi-lo com fé inteligente”, frisou.

Ele acredita que isso deve ser analisado de acordo com os anseios de cada Secretaria de Estado. “O festival deve ser organizado quando necessário, de acordo com o cenário de cada estado. “

Por outro lado, ele insiste que a educação pode ser uma opção para a Detrans. “Vejo que muitos Detrans investem no ensino técnico, então é preciso investir em educação e investir na geração”, disse.

A “quadrilha” de servidores patrocinados inseriu informações falsas no sistema de registro de veículos. Embora todos os participantes das investigações tenham ligações públicas com políticos, as investigações não encontraram nenhum dos “padrinhos” que posicionaram os integrantes da quadrilha em Mato Grosso. Órgão público do Sul. Ainda há procedimentos que são realizados em sigilo.

No entanto, conforme noticiado pelo Jornal Midiamax, os patrocinadores teriam conseguido “driblar” até mesmo mandados de prisão que sequer foram cumpridos.

Em alguns casos, a chamada “proteção” do clientelismo político teria extrapolado a nomeação para cargos no Detran-MS, onde comandavam mais, exerciam menos e ganhavam o mesmo salário dos servidores de carreira.

Não é novidade que o mais alto órgão executivo marítimo de Mato Grosso do Sul, ligado à Sejusp (Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública), particularmente culpado de controlar o registro de carros e motoristas em MS, convive com o que alguns servidores de carreira chamam de “corrupção sistêmica”.

Por isso, mesmo após serem flagrados em esquemas fraudulentos no Detran-MS, espera-se que alguns atuem para minimizar as “implicações do escândalo”. Há quase três anos, o Jornal Midiamax detalhou o suposto esquema de corrupção do Detran-MS que teve como alvo a Operação Gravame da Polícia Civil, em julho deste ano.

Mudanças nas características e fraudes na documentação de carros que nunca estiveram em Mato Grosso do Sul levaram a uma investigação por meio dos servidores. A matéria do Jornal Midiamax, de outubro de 2020, noticiou que despachantes teriam pago propina a funcionários do Detran-MS.

No entanto, a corrupção impediu o interior do Detran-MS. Mudanças nas características e fraudes na documentação de carros que nunca estiveram em Mato Grosso do Sul levaram a uma investigação por meio dos servidores.

Em novembro de 2022, foi deflagrada a Operação Refrigeração por meio do Dracco . Durante a investigação, a polícia encontrou a organização que captava clientes, proprietários de veículos anormais, para regularizá-los, mas de forma inadequada.

Após captar os consumidores e pagar pelo serviço, a transportadora enviou os documentos para a organização formada por dois servidores de Juti, que então inseriram o falso conhecimento no sistema do Detran-MS.

Além das faturas diretas entre a organização distribuidora e a organização política, no valor de um milhão de reais, também foram realizadas movimentações monetárias. Com a participação de operadores monetários, mais de R$ 17 milhões foram processados por meio da organização.

No dia 14 de junho deste ano, foi deflagrada a Operação Gravame, tendo como alvo um trabalhador e despachantes do Detran-MS. As ordens foram cumpridas em Campo Grande e Bela Vista.

Da mesma forma, a organização respondente inseriu informações falsas no sistema do Detran-MS. Carros e caminhões eram enviados dos estados para serem transferidos para uma unidade federada ou propriedade por meio do órgão Bela Vista.

Em seguida, com a participação do servidor, os registros foram modificados, mesmo que os carros nunca tivessem sido conduzidos e não tivessem sido apresentados para inspeção.

Outra fraude descoberta foi a transferência de reboques para a inclusão fraudulenta do 4º eixo no caderno de encargos do veículo. Esse procedimento, inclusive, depende de um engenheiro e da aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Como integrante da Operação Miriad, foram cumpridos mandados de prisão em Rio Negro, Campo Grande, Sidrolândia e Miranda. Foi identificado o ex-funcionário do Detran que, mesmo exonerado dos quadros da instituição, atuou junto à organização e foi culpado por atrair e incitar outros trabalhadores a se envolverem em atividades criminosas.

Esse ex-trabalhador seria Genis, exonerado anos antes do cargo de comissário. Só em Rio Negro, outras 8 pessoas foram denunciadas por participação em operações fraudulentas realizadas por meio do órgão.

Por fim, na Operação 4º Eixo, os depoentes são novamente acusados de fraude, por terem introduzido falsos conhecimentos nos sistemas. O ex-diretor da Ponta Porã teria introduzido o conhecimento, transformando as características dos veículos.

A ação conjunta entre servidores do Detran-MS e despachantes foi detalhada. Um desses policiais já é acusado de roubo de veículo, roubo de propina, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *