Após acelerar no México, Smart Fit volta ao ritmo no Brasil

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A queda nas contratações é um sinal de que a empresa espera retomar sua expansão no país.

Depois de acelerar sua expansão no México na primeira parte do ano, a Smart Fit (SMFT3) precisa aumentar as entregas para o Brasil nos próximos trimestres, de acordo com Edgard Corona, diretor-geral da rede de academias. O momento da queda dos aluguéis, diz ele, torna o ambiente mais favorável para a retomada da expansão no território nacional.

No segundo trimestre do ano, o crescimento no número de academias no México foi de 27% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando 276 academias no país – no Brasil, a expansão chegou a 4% na mesma comparação, para 639 conjuntos, representando 51% do total de academias da rede. O que decidiu a escolha do México, diz ele, foram as condições macroeconômicas, que abriram espaço para investimentos.

“Tínhamos liquidez, mas os juros [no Brasil] encareceram essa expansão. Onde tivemos uma taxa de juros baixa e uma renda estabilizada?Foi o que fizemos [a expansão], mas agora o investimento está chegando e vamos impulsionar no Brasil”, diz o líder da IM Business.

O sinal de recuperação vem da taxa de contratações no país. Nos 12 meses até agosto, o M-IGP, indicador amplamente utilizado em arrendamentos, caiu 7,2% após atingir máximas de 17% e 23% entre 2020 e 2021 – no ano passado, o índice subiu 5,4%. “Esperámos que o mercado de arrendamento voltasse a ser uma realidade, podemos não perder a sede de contratar pelo preço. Agora esse mercado inverteu, os juros começaram a cair e vamos continuar voltando ao ponto histórico de aberturas no Brasil na segunda parte do ano”, diz Corona. Ele estima que parte dos conjuntos inaugurados neste ano será no Brasil.

O CEO da Smart Fit diz que a rede passa a ter um modelo de implantação de unidades mais assertivo, reduzindo os preços de implementação com um retorno monetário mais rápido. “Avançamos muito em nossa variedade de locais. Mapeamos todos os dados sobre uma propriedade: a região, se há uma mudança no destino geográfico ou ferroviário que possa alterar a vida dos estudiosos, por exemplo”, diz.

Essa base de dados permite que a empresa tenha uma estimativa mais precisa do número potencial de estagiários e, portanto, do seu porte. “Não adianta construir uma unidade de 2 mil metros se o número de bolsistas é baixo. Também somos mais disciplinados em termos do valor que podemos pagar por metro. Dentro desse modelo, sutil ao longo de 14 anos de história, a distribuição geográfica dos pavilhões esportivos também é investigada. Na prática, a empresa avalia a densidade populacional entre dois conjuntos para a abertura de uma terceira academia entre eles, por exemplo.

Enquanto Brasil e México, as maiores economias da América Latina, têm sido o motor da expansão da Smart Fit na região, a Argentina também tem sido uma operação positiva, disse Corona. Segundo ele, apesar da crise econômica no país vizinho, as academias argentinas são lucrativas. No entanto, diante da forte desvalorização do câmbio, a empresa aproveitou esse lucro para reinvestir em novas unidades. “A perda cambial seria muito significativa, por isso investimos organicamente neles até que voltem ao normal. “

Crescimento de conjuntos próprios na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Paraguai, Peru, Panamá, El Salvador, Equador, Guatemala e Honduras 19% no segundo trimestre, atingindo 344 ginásios.

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Para a pesquisa da XP, o Smart Fit está bem posicionado como um consolidador do mercado fitness na América Latina, onde a penetração de alunos matriculados em academias ainda é baixa (entre 2% e 5%) em comparação com países evoluídos (entre 12% e 20%). %). Outra qualidade, apontam analistas, está no modelo High Value Low Price, considerado o “vencedor” da tese da academia.

“Ainda há muita lacuna a ser preenchida por meio do SMFT, e nossa própria pesquisa estima um potencial de mais de 1. 200 academias só no Brasil, que já é o país com maior capilaridade. Outros países da América Latina têm menor penetração de academias e a presença do SMFT é menor do que a observada no Brasil”, escreveram os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday, Thiago Suedt e Marcella Ungaretti.

Edgard Corona, fundador e CEO da Smart Fit: Aluguéis mais baixos permitem retomar expansão no Brasil (Divulgação)

Em outras frentes, a Smart Fit amplia sua oferta de serviços para além da musculação, em uma lógica de promoção cruzada. Nos últimos anos, promoveu treinamentos mais personalizados e nutricionista. Um exemplo é o serviço Smart Fit Nutri, com mensalidade. de R$ 9,95, que atingiu 135 mil assinantes ativos no segundo trimestre, a maior alta do serviço. Apesar da evolução, as receitas dessas verticais não são tão aplicáveis quanto as mensalidades.

O Total Pass, concorrente do Gympass, continua se consolidando, diz o CEO. “É vital ter um festival neste segmento e estamos a progredir”, disse. A XP observa que há perspectivas de geração de preços no TotalPass, inclusive na vertical de estúdios, por meio das marcas Race Bootcamp, Vidya Studio, Tonus Gym e Jab House. Analistas estimam que o número desses conjuntos pode chegar a 250 no país, ante os atuais 15 pontos de venda.

Outro ponto observado recentemente no mercado foi o início da saída do Pátria Investimentos da Smart Fit. O espaço reduziu sua posição de 40,4% para 32,7% em uma transação em bloco em março e uma próxima oferta percentual de follow-on, que, no total, o fundo levantou cerca de R$ 800 milhões.

“Precisávamos dar liquidez às ações, muitos orçamentos ainda não têm mandato para comprar ações porque industrializamos menos de R$ 50 milhões por dia. Alguém teria que começar a promover e o Pátria tem até 2027 para desinvestir. Então eu vejo que se todo mundo ganha, a liquidez gera mais preços e atrai mais gente forte. Além do Pátria e da família Corona, a Smart Fit tem entre seus acionistas afetados o fundo de pensão canadense CPPIB e o fundo soberano de Cingapura (GIC).

A empresa fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 284 milhões e aumento de 54% nas vendas líquidas, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,04 bilhão – a primeira vez que o faturamento atinge essa marca. Primeira parte com 1. 259 academias (12%) e 4,27 milhões de clientes, um crescimento anual de 24%.

O Itaú BBA destacou que os números do último trimestre foram sólidos, com margens e ticket médio crescentes. “A rentabilidade permaneceu como um ponto forte, atingindo margem bruta de 50,2% graças ao esforço de controle de carga, que, combinado com a alavancagem operacional, elevou a margem Ebitda ajustada para 32,5%, acima de nossas expectativas”, escreveu o analista Thiago Macruz. XP e Itaú BBA têm um conselho de compra para a ação.

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