Como a Harley 125cc foi construída no Brasil?

Famosa por suas motocicletas gigantescas e suntuosas, a Harley tem chamado a atenção internacional com o recente lançamento de duas motocicletas “pequenas”, a X 350 e a X 440. Porém, aqui no Brasil já vivemos um fenômeno há 50 anos, quando os americanos produzidas e motocicletas de 125cc. Relembre a história e descubra se esta motocicleta razoável pode retornar.

A Harley-Davidson foi fundada em 1903 e, décadas depois, serviu com suas motocicletas na Segunda Guerra Mundial. Além disso, como parte dos reparos de guerra, ele adquiriu o estilo de uma pequena motocicleta alemã, a DKW RT 125.

Mas foi em 1960 que a Harley consolidou sua missão de expansão em modelos pequenos, comprando 50% do departamento italiano de motocicletas Aermacchi, com importações de modelos pequenos no ano seguinte. No entanto, no início dos anos 70, o logotipo em mau estado. . .

Em 1969, a American Machine and Foundry (AMF) comprou a Harley, simplificou a produção e reduziu a equipe. Em 1974, a AMF adquiriu os 50% restantes da Aermacchi e uma crise de identidade se seguiu na Harley.

O conceito da Harley AMF para criar uma solução milagrosa, uma nova gama de baixa cilindrada. O motivo: 4 grandes marcas japonesas (Honda, Kaaki, Suzuki e Yamaha) revolucionaram o mercado global com produtos desse segmento.

Nessa onda, aqui no Brasil, a antiga loja da Mesbla importou modelos AMF, o trail SX 125/175/250, o Z90 e o minitrail X90. Mas o máximo foi o ataque à montadora Motovi, que importou e montou a SS 125 da Itália em Manaus.

A SS 125 chegou ao Brasil vestida com emblemas Harley, com listras vintage, marca registrada da era AMF. Uma moto de rua com influência tradicional. Esse visual vem do conjunto que tinha uma roda dianteira de 19 polegadas e uma roda traseira de 18 polegadas.

A motocicleta entregava cerca de treze cavalos de potência e sofria com a falta de “tropicalização” aqui no Brasil. Ou seja, o motor de 2 tempos tinha uma taxa de compressão superior (10,8:1), o que exigia gasolina azul cara com uma octanagem mais alta. Aqui, não correu bem. O valor é semelhante ao de um Honda ML 125.

Bem, a Harley abandonou o conceito de modelos de baixa cilindrada já em 1978. Na verdade, vendeu as instalações da Aermacchi para a italiana Cagiva. Ao mesmo tempo, a empresa brasileira Motovi vendeu a linha Manaus para a (maravilhosa) vizinha Honda.

Já em 1981, a AMF vendeu a Harley para uma organização de treze investidores liderada por Vaughn Beals e Willie G. Davidson, nada menos que neto de um dos fundadores. O logotipo retorna, assim, à mesma antiga diversidade de modelos. SS 125 raro no Brasil.

 

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Como dizem, a história se repete. Assim, após quase 50 anos de vida da “Harley Aermacchi”, o logotipo voltou a seguir projetos de outras corporações para se autodenominar seus. Assim nasceu o X350, derivado diretamente do Benelli. S302 e X440, criado em parceria com a Hero.

O X440 é um veículo rodoviário alimentado por um motor monocilíndrico refrigerado a ar/óleo de 440 cm3 que desenvolve 27 cv. Até então exclusivo para o mercado indiano. A X 350 apresentada pela Harley na China é quase uma edição da pequena Benelli, logo que pertence à QJ Motor. Tem um motor bicilíndrico em linha de 353 cm3 e 30 cv. Nesta ocasião, uma novidade para o mercado chinês.

Não é por acaso que a logomarca busca expandir sua atuação nos mercados indiano e chinês, os maiores consumidores de motocicletas do mundo. Por isso, é baseado em modelos de entrada, disponíveis e com um volume de vendas significativo. No entanto, a verdade no Brasil é outra. Aqui, o logotipo continua a pintar com produtos premium e de baixo volume. Pelo menos por enquanto, as Harleys “pequenas e baratas” merecem não chegar ao nosso mercado.

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