O ex-prefeito da cidade de Catuji, Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, 44, preso neste sábado (2), suspeito de matar a esposa, a médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, 39, em um quarto de hotel em Colatina, norte do Espírito Santo. A polícia investiga homicídio e homicídio culposo. Os dados são de Viviane Lopes, g1 ES
O motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, estava no quarto ao lado e também foi preso no local.
A Rede Gazeta tentou contato com a defesa de Fuvio, mas não obteve reação até a última atualização da reportagem. Nenhum funcionário do hotel tentou falar com a equipe de repórteres.
Veja o que é e o que falta esclarecer sobre a morte do médico:
Como o casal estava junto?
Fuvio e Juliana estavam casados há cinco anos — Foto: Reprodução
Juliana era casada com Fuvio há cinco anos. Os dois moravam na cidade mineira de Teófilo Otoni. O pai de Juliana disse que a filha estava em um relacionamento complicado há algum tempo.
Nas redes sociais, o ex-prefeito comemorou a data do casamento com o médico em 17 de novembro de 2018. Parentes do médico disseram acreditar que Fuvio planejou o crime.
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Juliana é médica em Teófilo Otoni e seu pai, Samir El-Aouar, é ex-prefeito da cidade e trabalha como cirurgião.
O que o círculo de parentes diz sobre o relacionamento da filha?
Noite de Juliana na Capela do Vale das Flores, em Teófilo Otoni, onde o pai deu uma entrevista à equipe da Inter TV dos Vales. Samir disse que o círculo familiar ficou arrasado e a mulher foi torturada.
a médica de MG, Juliana Pimenta Ruas El Aouar, encontrada morta em hotel do ES; O marido e o motorista do casal foram presos – Foto: Reprodução/Redes Sociais
“Estamos arrasados ao pensar que uma psiquiatra de 39 anos, com todo o seu longo caminho pela frente, uma menina gloriosa, uma pessoa muito doce, é subitamente submetida a tortura, porque o que aconteceu com ela é simplesmente tortura. “Noite. Há taumaticismo cranioencefálico em dois lugares na cabeça, danifica o estômago, a traqueia e o esôfago, enfim, minha filha torturada até a morte. Mais um feminicídio nesse país, que eu espero, se Deus quiser, não ficar impune”, disse o médico.
Onde estava o casal no dia do crime?
O casal está hospedado em um hotel em Colatina, norte do Espírito Santo. Juliana Pimenta Ruas El Aouar foi encontrada morta na manhã deste sábado (2).
O que você descobriu no quarto de hotel?
De acordo com o boletim de ocorrência, no local foi observado através dos peritos a sala absolutamente revirada, sangue nos lençóis e o médico todo ferido.
O documento também diz que os peritos descobriram frascos danificados de medicamentos e a janela do quarto onde o casal se abriu, levando os profissionais a verificar se ela havia sido jogada para fora do espaço.
VEJA TAMBÉM:
Fuvio Luziano Serafim, 44, prefeito de Catuji, Minas Gerais, e está detido por suspeita do assassinato de sua esposa, a médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, 39.
Os peritos então descobriram no estacionamento do hotel, logo abaixo do quarto do casal, um medicamento de uso controlado, indicado como único agente anestésico para procedimentos cirúrgicos e diagnósticos que exigem repouso da musculatura esquelética.
No atestado de óbito do médico, os motivos do óbito indicados são:
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe foi enviada para verificar se um homicídio havia ocorrido nas dependências do hotel.
De acordo com o relato à polícia, o gerente do hotel disse que naquela noite outros visitantes reclamaram de barulho e desordem no quarto do casal.
Pela manhã, Fuvio chegou à recepção do estabelecimento muito transtornado, sem condições de pagar a conta, alegando que sua esposa estava com a saúde debilitada e havia desmaiado. Na ocasião, houve contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apresentou óbito no local.
O que o marido e o motorista dizem sobre o crime?
Segundo o boletim, o marido do médico e o motorista do casal deram outras versões sobre a morte de Juliana.
O atestado de óbito do médico de MG que morreu no ES indica asfixia e trauma — Foto: PC/Divulgação
O documento indica que um agente da Delegacia de Homicídios e Proteção Individual (DHPP) da Polícia de Colatina foi ao local para realizar a investigação. Ao questionar Fúlvio sobre o que teria acontecido dentro do quarto, o marido disse que o médico foi operado em um hospital particular da cidade na sexta-feira (1), e depois os dois foram para uma churrasqueira. Segundo o marido de Juliana, ela ficou satisfeita e os dois foram dormir às 20h.
O marido do médico disse ainda que, quando acordou, por volta das 8h de sábado, descobriu a esposa desmaiada na cama, provavelmente já morta, e que o Samu pediu que ele a deixasse no chão do quarto para verificá-la e reanimá-la.
Por outro lado, de acordo com o boletim de ocorrência, o motorista do casal deu outra versão, na qual ligou através do marido de Juliana para ir até o quarto onde eles estavam hospedados, pois o médium havia caído no banheiro e precisava de ajuda.
De acordo com a Polícia Militar, o marido da mulher e o motorista do casal foram levados para a delegacia regional de Colatina.
Qual seria a motivação do crime?
A Polícia Civil ainda não deu mais detalhes sobre as possíveis motivações do crime. Em entrevista, familiares de Juliana disseram que o casal passava por um momento difícil e que a filha estava sendo agredida e ameaçada.
Os familiares da vítima também disseram que Juliana estava querendo se separar, mas Fuvio não aceitou o final.
O marido e a companheira do médico de MG são presos pela morte de um profissional em um hotel no ES — Foto: PC/Divulgação
Como funciona a pesquisa?
A Polícia Civil informou que os dois homens foram presos em flagrante delito. O marido de Juliana, Fúlvio Luziano Serafim, foi indiciado por homicídio culposo por meios que dificultam ou facilitam a defesa da vítima, cometido contra a mulher em razão de seu sexo feminino. (feminicídio).
O motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, foi indiciado por homicídio culposo por motivo culposo, por meio de ligação que dificulta ou dificulta a defesa da vítima.
Ambos foram encaminhados para a Corregedoria do Espírito Santo. Segundo a empresa, o caso seguirá sob investigação.
A Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) entrou em contato por meio do g1 sobre o acesso de presos às unidades penitenciárias estaduais, mas a secretaria não respondeu ao questionamento até a publicação desta reportagem. Uma audiência de custódia policial está marcada para as 10h. Segunda-feira (4).